Temerosos com avanço de erosão, moradores deixam condomínio
2 MAR 10 - 05h:49
Moradores do Residencial
Cachoeirinha II – que teve a
área de lazer destruída pelo
temporal que atingiu Campo
Grande no sábado –, começaram
a sair de casa temerosos
que os deslizamentos de
terra continuem e atinjam
os blocos de apartamentos.
O Corpo de Bombeiros vistoriou
o local e garante que,
por enquanto, não há risco
de que a erosão avance. Contudo,
a corporação pede que
as famílias fiquem alerta e
avisem caso percebam algum
risco.
Eri ka Jacobi, 30 a nos,
mora em um dos apartamentos
do Bloco J, que está
mais próximo dos estragos,
d isse que passou a noite
em claro com medo de que
o pior acontecesse. “A gente
não domina a natureza.
Não dá para saber se o resto
do condomínio não vai desabar
se chover mais”. Ela
mora no local com o marido
e duas filhas – uma de 6
anos e outra de 6 meses –,
mas disse que, embora sejam
proprietários do apartamento,
estão procurando
casa para alugar. “Não vou
ficar aqui enquanto não tiver
garantia que a situação
não vai piorar. Hoje mesmo
(ontem) estamos indo passar
uns dias na casa da minha
mãe”.
De acordo com o segurança
do residencial, Adilson
Burgos, 27 anos, outros
moradores do mesmo bloco
passaram a noite de domingo
fora de casa. “O pessoal está
com medo mesmo”, contou.
Segundo a administração do
condomínio, três famílias
deixaram suas residências
no domingo.
Plaenge
Apesar de não ter sido
atingido diretamente pelos
estragos provocados pela
chuva, moradores do Residencial
Jardins do Jatobá
também mostraram-se preocupados
com a situação por
estarem próximos ao Córrego
Prosa que, com a chuva
de sábado, “engoliu” trecho
da Rua Ceará e da Avenida
R icardo Brandão. Contudo,
a Plaenge – empresa
que construiu o residencial
– garantiu, via assessoria de
imprensa, que a estrutura
do Jardins do Jatobá não foi
afetada. (AZ)