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"Tem gente do DEM louca para apoiar Zeca", diz Teixeira

"Tem gente do DEM louca para apoiar Zeca", diz Teixeira

Redação

25/03/2010 - 00h39
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O bloco liderado pelos tucanos está dividido no interior do Estado na batalha pela sucessão estadual. Parlamentares do DEM e do PSDB admitem interesse em ficar do lado da candidatura de José Orcírio dos Santos (PT) ao Governo do Estado. “Tem gente do DEM louca para apoiar o Zeca (Orcírio)”, reconheceu o deputado estadual Zé Teixeira (DEM). Mas, a cúpula do Bloco Democrático Reformista (BDR), formada por PSDB, DEM e PPS, está decidida a firmar aliança com o governador André Puccinelli (PMDB). O problema é que vereadores e até vice-prefeito, por exemplo, das regiões oeste e sul prometem fazer campanha para o petista. É o caso de Luiz Alexandre Palmieri (DEM), vereador de Bela Vista, segundo Zé Teixeira. “Ele vai apoiar o Zeca”, declarou. Por telefone, o vereador disse que deve ficar do lado de Puccinelli, “mas meu coração é do Zeca”. “Aqui no município, a maioria dos partidos prefere o PT, até vereador do PMDB vai fazer campanha contra o A ndré”, contou. “Aqui, era um vale esquecido e o Zeca ligou por asfalto todos os municípios da região oeste”, explicou. A região é terra natal do petista, que nasceu em Porto Murtinho. O único receio de Palmieri é o cenário nacional, no qual o DEM é adversário declarado do PT. “Só tenho medo do Brasil cair nas mãos da Dilma (ministra Dilma Rousseff)”, frisou. “Mas no Estado, a chapa perfeita seria Zeca, Dagoberto (deputado federal Dagoberto Nogueira) na vice, Murilo Zauith (DEM) e Delcídio do Amaral (PT) como candidatos ao Senado”, acrescentou. “Essa é a única maneira do Murilo se eleger senador, com o apoio do Delcídio”, concluiu. Ao Correio do Estado, Orcírio admitiu estar de olho no DEM. Ele ofereceu ao partido a vaga de vice e o comando de duas secretarias. “A decisão é do Murilo, mas eu vou apoiar o André”, comentou Zé Teixeira sobre a proposta. Mais apoio O ex-prefeito de Bela Vista José Garibaldi da Rosa Neto (PDT) reforçou a popularidade de Orcírio na região. “O atual governador não fez nada por nós”, justificou. Conforme ele, a situação se repete em Caracol e Porto Murtinho. “Vereadores do DEM, do PSDB e do próprio PMDB, por estas cidades, são Zeca”, revelou. Ainda segundo Garibaldi, o prefeito e o vice de Amambai, respectivamente, Dirceu Lanzarini (PR) e José Aguiar (DEM) deverão fazer campanha em prol do candidato do PT. “Tive uma longa conversa com o vice-prefeito e ele me confidenciou que tende a apoiar o Zeca”, contou. Entretanto, a cúpula do bloco liderado pelos tucanos nem sequer trabalha com a hipótese de apoiar Orcírio. O presidente regional do PSDB, deputado Reinaldo Azambuja, por exemplo, faz de tudo para manter o casamento com o PMDB. O objetivo é reforçar o palanque do governador de São Paulo, José Serra (virtual candidato a presidente pelo partido), no Estado.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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