Cidades

Cidades

A+ A-

Tá tudo liberado?

Tá tudo liberado?

VALFRIDO M. CHAVES, PANTANEIRO, PSICANALISTA

23/03/2010 - 08h09
Continue lendo...

Trabalhei durante uns quatro anos em sistema penitenciário, onde contacteime com um bom número de ditas personalidades psicopáticas ou antissociais. Quase sempre apresentam uma deficiência afetiva, uma pobreza de sentimentos humanos que os torna incapazes de empatia, ou seja, capacidade de se colocarem “no lugar do outro”. Não têm vínculo afetivo com ninguém, nem laços a preservar ou motivos para consideração com quer que seja. Sua relação com o mundo é utilitária, manipulatória. Seria sádica apenas se necessário, como instrumento para alguma vantagem imediata. Com algum esforço simulam consideração ou respeito, até atingirem seus objetivos. A simulação e a mentira são instituições básicas de seu comportamento. Para terem o poder sobre o meio ambiente, usam e abusam da habilidade de jogar um contra o outro, enfraquecendo as relações grupais para, então, dominar. A dominação na cela ou qualquer outro espaço facilita-lhes a realização de seus objetivos práticos e imediatos. Quando desmascarados ou pegos em flagrantes, quase sempre os vi assumindo seus golpes. “É, doutor, o Sr. me pegou”. “Dancei”... Seja por conveniência, nesse momento não se fingem de idiotas ou não nos tratam como tais. Pois bem, caro leitor, utilizando tais referências e experiências, confesso-me incapaz de, com a psicologia, entender o nível da cara de pau de pessoas ligadas a este ou aquele partido político, quando pegos no mais explícito flagrante de corrupção. Ou seja, uso de sua posição para beneficiar-se ou a seu partido, embolsando recursos públicos, de terceiros ou empreiteiras chantageadas. Curiosamente, não entregam a rapadura, talvez por não acreditarem na punição ou crerem que, num ou noutro momento uma blindagem funcionará. Vemos tanto isso que chega ser enfadonho tocar no assunto. Mas a semana inicia-se rica nessa seara, quando nomes e “rolos” retornam à nossa lembrança trazidos, graças aos céus, por nossa imprensa que teima em exercitar sua nobre missão, tanto mais relevante quanto mais outras instituições parecem fraquejar. Neste momento os resíduos sólidos que vêm à tona giram em torno da instituição Bancoop, cooperativa objeto de investigações e processos. O mensalão volta à baila, com novos nomes e novos comprometimentos. Pois bem, leitor, nesse contexto, assim dizendo para sermos educados e não dizer outra coisa, é muito interessante e bizarra a postura de militantes do partido mais comprometido com ações de apropriação de recursos públicos e privados, para fins partidários e particulares, na defesa dos cumpanhero. Diante da impossibilidade de negar os fatos, pois aí estão os cooperados sem seus apartamentos, impedidos de participar de Assembleias, o desvio de recursos (vale a pena entrar no YouTube, e colocar “Bancoop”) adotam uma linha de defesa com perguntas deste tipo: “Mas e o dinheiro das privatizações do FHC?” Creio que até poderia ser “E a violação do Tratado de Tordesilhas pela Coroa Portuguesa?” Fato é leitor, que diante de fatos delinquenciais inquestionáveis, parece que, pelo fato de alguém nalgum momento ter possivelmente praticado outro crime, tudo está permitido e tudo está liberado. E ponto final. Ou simplesmente se diz: “É coisa de véspera de eleição”... Pronto, e todo rabo está escondido ou proibido de, neste momento, apontá-lo. Pensar o contrário seria “linchamento do Partido, tadinho!” Não sei o que o leitor pensa, mas a mim me parece que estamos num ponto de mutação da cara de pau. Ou talvez estejamos diante de um produto transgênico obtido num laboratório “do mal” que conseguiu acasalar definitivamente canalhice com ideologia. Não dá rima, mas, até aqui, tem dado resultados para o triunfo da maldade. Até quando a Nação permitirá? Ou já fomos socializados, reeducados pela psicopatia ideológica?

Reparos

Prefeitura irá notificar morador que modificou via para fugir dos buracos em bairro de Campo Grande

Secretaria Municipal, responsável por veículos que atolaram em rua "problemática" do Jardim Itatiaia, responsabiliza morador que fez a instalação de paralelepidepos por buraco onde mais de dez carros atolaram

17/04/2024 17h30

Para o morador Roberto Pinheiro que resgatou mais de dez veículos entre segunda e terça-feira a via com os parelelepípedos, na rua dos Estudantes era o único caminho transitável para que ele pudesse voltar para casa Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

Após um morador cansado de esperar pelo asfalto instalar paralelepípedos para evitar buracos na rua dos Estudantes, no Jardim Itatiaia, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), informou que irá notificar o munícipe.

A informação foi dada durante atualização da Prefeitura, na noite de terça-feira (16) no balanço de ações emergenciais de pontos críticos que foram afetados pela chuva. 

A rua dos Estudantes tem cruzamento com a Rua Conde de São Joaquim, onde desde o início da semana, em decorrência da chuva acima da média, mais de dez veículos atolaram, incluindo o caminhão e o trator da Sisep que estiveram no local no início da tarde para jogar cascalho na via

 "Outra via que a Sisep atuou foi na Rua Conde de São Joaquim, no Bairro Tiradentes, próximo à Avenida Três Barras. No local foi executado reparo emergencial para o fechamento da vala aberta pela enxurrada. Foi constatado que o problema nessa via foi provocado também por uma obra irregular executada por morador do bairro, que sem autorização colocou paralepípedos em um trecho da rua. O morador será notificado para retirar o material e depois a Sisep realizará serviços para melhorar as condições das vias locais", informou a Prefeitura.
 

 

 

 

Outro trator foi enviado até o local para "resgatar" os veículos da Sisep e finalmente o buraco na rua Conde de São Joaquim recebeu o cascalho, conforme relatou o morador Roberto Pinheiro dos Santos, de 34 anos, que relatou ao Correio do Estado que o local passou por vistoria de um engenheiro da Águas Guariroba. 

"Veio o rapaz da Águas, Guariroba, que também é engenheiro, aí disse que o secretário da Prefeitura está culpando ele da rede de esgoto que foi passada aqui, que foi uma má compactação dele, que ocasionou a abrir essa vala na rua", disse Roberto.

Com relação aos paralelepípedos na rua dos Estudantes, Roberto apontou que era o único caminho viável para chegar até sua residência quando o buraco abriu próximo à Avenida Três Barras.

"Se não fosse aqueles paralelepípedos, era meio impossível eu entrar em casa. Ter acesso àquela rua de casa, porque ali segurou muito o barro e os buracos, né? Você viu o fluxo de água tamanho que era. Então acho que ia ser mais improvável eu chegar em casa do que se não tivesse o paralelepípedo. O cara fez um benefício e está levando culpa aí, né? Aí a prefeitura quer achar um culpado, né?"

 

 

 

 

A reportagem entrou em contato com a Águas Guariroba, que informou que realizou a ligação da rede de esgoto em 2023 e implementou a rede na parte mais alta da via, justamente para evitar os pontos de erosões que são formados em decorrência da chuva. Veja a nota na íntegra:

"Águas Guariroba informa que as obras para implantação da rede de esgoto na Rua Conde de São Joaquim foram realizadas em março de 2023, portanto, há mais de um ano. Na época, a rede foi implantada na parte mais alta da via, sentido Avenida Três Barras, lado oposto ao da erosão. Após a implantação da rede, o solo foi recomposto e compacto, conforme normas da ABNT e, até o momento, não apresentou problemas. A concessionária reforça que o ponto da via que está apresentando erosões é o oposto de onde a rede de esgoto foi instalada e pondera como possível causa para a erosão o percurso da água da chuva, já que a via não possui rede de drenagem".

A Sisep respondeu por meio de assessoria que o trabalho emergencial na via foi feito durante a tarde da terça-feira (16) e sem mencionar prazo ressaltou que a administração municipal tem previsão de pavimentar as ruas do Jardim Itatiaia. Veja a nota na íntegra:

"Assim que a chuva deu uma pequena trégua na tarde desta terça-feira (16) a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) fez o trabalho emergencial para o controle da valeta aberta pela enxurrada na Rua Conde de São Joaquim. A administração municipal tem previsão de pavimentar vias no Jardim Itatiaia e aquelas que não forem asfaltadas nesta fase receberam cascalhamento. Assim que começar o período de estiagem serão intensificados os trabalhos de manutenção das vias sem asfalto".

Chuva acima da média

Nos últimos quatro dias, Campo Grande registrou a quantidade de chuva esperada para todo o mês de abril, com 89,4 mm observados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC). Desde o dia 1º, a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já notificou 130,8 mm, número 46,3% superior à média histórica.

 

** Colaborou Alanis Netto

Assine o Correio do Estado

 

 

Cidades

Imasul convoca proprietários de imóveis no Pantanal com processos em andamento para adequação à lei

Proprietários que não fizerem os ajustes terão processo de licenciamento extinto

17/04/2024 16h30

SOS Pantanal/Divulgação

Continue Lendo...

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) reforça a convocação de todos os proprietários de imóveis localizados na Área de Uso Restrito do Pantanal (AUR-Pantanal) e que possuam processos de licenciamento ambiental em tramitação, para procederem aos ajustes determinados pela Lei do Pantanal nos referidos Cadastros Ambientais Rurais (CAR), no prazo de 180 dias.

Esse prazo está valendo desde a publicação do Edital de Convocação no Diário Oficial do Estado (página 83), que aconteceu no dia 9 de abril.

"Se o proprietário não fizer os ajustes necessários no CAR, o processo de licenciamento é automaticamente extinto", explicou o diretor presidente do Imasul, André Borges.

Os proprietários ou seus representantes devem acessar o sistema do Imasul e carregar as informações necessárias, exigidas pela Lei do Pantanal, para só então seus processos de licenciamento terem seguimento junto ao órgão ambiental.

Essa providência é necessária porque, conforme esclareceu Borges, a Lei do Pantanal (Lei 6.160 de 18 de dezembro de 2023) descreve uma série de novos pontos sensíveis na paisagem pantaneira como os capões, cordinheiras, landis; também as salinas, as veredas e os meandros abandonados (espécies de ilhas por onde passavam rios e que, com a mudança de curso, ficaram cercadas por água).

Todas essas formações geográficas passam a ser protegidas, inclusive em seu entorno, e precisam ser identificadas no Cadastro Ambiental Rural das propriedades.

Anexo ao Edital de Notificação foi publicada a lista de 158 processos de licenciamento ambiental em andamento no Imasul, que são afetados pela medida.

Além desses nomes, os  requerentes com propriedades no Pantanal que têm processo em tramitação e não constam na listagem, devem protocolar requerimento no Imasul solicitando a abertura do sistema para proceder aos ajustes necessários nos respectivos Cadastros Ambientais Rurais.

   Assine o Correio do Estado.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).