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Sucessão!? ... Deixa pra lá.

Sucessão!? ... Deixa pra lá.

*RUBEN FIGUEIRÓ DE OLIVEIRA, SUPLENTE DE SENADOR

11/03/2010 - 08h02
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Pensando bem esse assunto da sucessão governamental aqui em nosso Estado e lá para presidência da República já está se tornando cansativo, mesmo enfadonho, isto porque seus personagens mantém o mesmo roteiro. Nestas bandas, nota-se o governador cutucando o ex com vara curta; este, por vez, sovando aquele a pau sem dó, nem piedade. Na realidade, indecisos, um bombeando o outro, na expectativa de um posicionamento que que virá lá do planalto central, ou da paulicéia: Lula participará ou não da campanha na nossa querência? José Serra será finalmente candidato, ou amarela (como André em 2002)? E nós, simples eleitores, ficaremos como estamos, olhando para um horizonte sombreado pelas indecisões de nossos homens públicos, pretensos candidatos? Qual Sísifo, rei de Corinto, até parece que nós eleitores estamos condenados a subir e descer o morro das espectativas eleitorais. Nessa penumbra cinzenta, como cães na carroceria de caminhão de mudança, o eleitorado está como joguete à mercê da vaidade daqueles que se consideram seus líderes. Daqui de minha parte pensei em outro ou outros cenários. E os há: o constrangedor terremoto no país tão nosso amigo, o Chile; a vergonhosa por que tíbia e humilhante para quem quer ser líder mundial, o Lula lá na antilhana Cuba incapaz de uma palavra pelos direitos humanos dos prisioneiros dos irmãos Fidel e Raul Castro; a questão das ilhas Falkland, no dizer dos ingleses, e Malvinas, ao som dos nossos irmãos argentinos. Ao fim e ao cabo, pendi para a questão das longinquas e quase antárticas, pouco habitadas ilhas que já levaram a guerra britânicos e argentinos, em 1982, porém permanecendo sob o centenário domínio da Velha Albion. A questão voltou à baila porque a Inglaterra está iniciando prospecção petrolífera nas águas oceânicas próximas às ilhas contestadas, o que motivou enérgico protesto do governo argentino sob a alegação de seus direitos de extra territorialidade. O litígio está formado. A Argentina em recente reunião dos países da América Latina em Cancún, no México, recebeu a solidariedade de “los hermanos”. De sua parte, a Inglaterra mantém-se firme do domínio das ilhas Falkland, inclusive para atender aos reclamos de seus dois mil e poucos habitantes, os kelpers, sob a alegação do princípio da autodeterminação. Hoje, o mundo olha para as Malvinas e indaga : quem tem realmente direito sobre elas? Pensei lá com os meus botões e sem muita ilustração sobre quem, a Casa Rosada ou a Downing Street, tem a razão a seu favor. A impressão inicial era favorável aos ingleses, mas da rápida pesquisa feita conclui que o direito é dos argentinos. Isto porque, a reivindicação argentina vigorosa e quase tricentenária vem do Tratado de Utrecht (1713/1715) que reconheceu a soberania espanhola e reiterado com a independência argentina em 1823. Dez anos depois, as Malvinas foram retomadas à força pela Grã-Bretanha, numa típica ação imperialista, e lá permanece. A questão, pois, não é dar razão aos militares golpistas do general Galtieri (então presidente) que quiseram retomar as Malvinas na fracassada incursão bélica de 1982, como também aos estrilos da atual presidente Cristina Kilchner – embalada por sentimento patriótico, ou pelo de menor valia para se recuperar do prestígio popular em desgaste – e sim consagrar pelo consenso das nações (a ONU, ou Tribunal de Haia) o Tratado de Utrecht que mesmo envelhecido, representa um patrimônio do direito das gentes, portanto de valia internacional.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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