O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), espera conquistar o palanque do governador de Mato Grosso do Sul para sua candidatura à Presidência da República. Incumbida dessa missão, a senadora Marisa Serrano, vice-presidente nacional do PSDB, quer levar André ao lançamento da pré-candidatura de Serra que será realizado no dia 10 de abril, a partir das 9h (DF), no Centro de Eventos Brasil 21, em Brasília. Marisa afirmou ontem que pretende entregar, em mãos, o convite a André Puccinelli até quarta-feira. A senadora está confiante na reação do presidenciável tucano na intenção de voto do eleitor, apontada neste fim de semana por pesquisa divulgada pelo Datafolha, e pensa que isso estimulará André confirmar seu apoio a Serra. “A pesquisa do Datafolha provou que o Serra tem fôlego. A partir do momento que disse que era candidato, voltou a subir”, disse a senadora. “Há mais de ano, o Serra está consolidado em 30% das intenções de voto. Teve uma queda quando São Paulo esteve embaixo d’água enfrentando as enchentes, mas recuperou”, acrescentou. Para a tucana, a partir do mês que vem a petista Dilma Rousseff deixará de percorrer o País na privilegiada condição de ministra chefe da Casa Civil ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e terá de enfrentar o embate eleitoral com Serra “olho no olho” na condição de pré-candidata. “Pré-candidato, o Serra vai percorrer o Brasil. Por mais que o Lula se esforce não vai poder discursar nem ir a debates no lugar dela. A Dilma que até hoje nunca disputou uma eleição terá de ir para o embate. O cenário será diferente”, opinou. José Serra deixará o governo de São Paulo no dia 31 deste mês para disputar a sucessão presidencia l. Embora Puccinelli tenha anunciado que até o dia 15 de abril espera “a noiva”, se referindo à Dilma na esperança de que o PT nacional convença José Orcírio dos Santos de desistir de enfrentá-lo nas urnas no Estado, a tucana aposta na reedição da parceria do PMDB com o PSDB para as eleições estaduais deste ano. Marisa disse que “estão evoluindo muito bem” as conversações do Bloco Democrático Reformista (BDR) que une seu partido ao DEM e PPS com o governador. (ME)