Agentes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), do Paraguai, destruíram, durante a semana, cerca de 56 hectares de plantações de maconha. A droga estava sendo cultivada na divisa com Mato Grosso do Sul. As lavouras foram localizadas no meio de reservas florestais, locais de difícil acesso. A operação, que recebeu o nome de “Nova Aliança 10”, prossegue nos próximos dias. Segundo as informações da Senad, durante a semana, os agentes fizeram incursões no Departamento (Estado) de Canindeyú para cortar e queimar lavouras de maconha identificadas através de sobrevoos de helicópteros da Força Aérea do Paraguai na região de fronteira com o Brasil. De segunda-feira até ontem, pelo menos 56 hectares de drogas já tinham sido erradicados. As plantações renderiam cerca de 168 toneladas da droga, que tem como principal mercado consumidor o Brasil. A estimativa das autoridades aponta que 80% da maconha paraguaia abastece as quadrilhas de traficantes brasileiros, principalmente de cidades grandes como Rio de Janeiro e São Paulo. Uma das plantações foi localizada na colônia Britez Cué, que fica no município de Ypehú, situado na divisa com Paranhos. Os agentes também fazem incursões nas matas nas proximidades da divisa com Sete Quedas. Os policiais são transportados até as lavouras em helicópteros. Depois de fazerem o corte com facões, as plantas são incineradas. Além das lavouras, os policiais destruíram acampamentos e prensas utilizadas para industrialização da droga e apreenderam cinco toneladas de maconha já prensada em tabletes. Todo o trabalho da Senad é acompanhado pelo promotor de justiça criminal Diosnel Gimenez. Conforme balanço feito pela Senad, em 2009, foram apreendidas em território paraguaio 85,3 toneladas de maconha e destruído um total de 1.171 hectares de plantações, que poderiam render mais 3.513 toneladas da droga, cujas maiores lavouras estão situadas na divisa com Mato Grosso do Sul, que é o portal de entrada da droga em território brasileiro.