Sem garantia de apoio ao seu projeto de ser candidato do partido à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador do Paraná, Roberto Requião, visita Campo Grande hoje para conversar com lideranças do PMDB de Mato Grosso do Sul. O paranaense tem desembarque previsto para as 11 horas. Às 14h concede entrevista coletiva à imprensa na nova sede do PMDB estadual nos altos da Avenida Mato Grosso, nº 4997, que será inaugurada, com sua presença, às 15h. “Vou receber porque sou um bom anfitrião”, respondeu o governador André Puccinelli ontem, ao ser questionado sobre a visita do colega. Pré-candidato à reeleição, Puccinelli adia definições para articular seu projeto eleitoral e repete que só a partir do dia 31 de março falará sobre as eleições. Out ra s l idera nça s do PMDB têm afirmado que, embora considerem que encabeçar um projeto sucessório seja o melhor caminho para o partido, já não há mais tempo para unificar o discurso nacional da sigla. “Candidatura à Presidência da República não se improvisa”, disse o senador Valter Pereira. O deputado federal Waldemir Moka também considera que é tarde para unificar a proposta. “Se o Requião conseguir, terá todo nosso apoio. Mas, sinceramente, não vejo como.” Embora sem muito entusiasmo, todos eles devem ouvir Requião defender que o partido dispute a sucessão presidencial. O governador do Paraná propõe que o PMDB deve elaborar um projeto para o Brasil e afastar o governo do capital especulativo internacional, “que vive de um jogo de favores e que não produz sequer um botão”. Quase 100% Na inauguração da nova sede do PMDB estadual, o partido entregará o diploma de homologação para os diretórios dos municípios. “Dos 78 municípios, fizemos convenção em 76. Até o mês que vem deveremos ser o primeiro partido com representação em 100% do estado”, informou o presidente regional Esacheu Nascimento, explicando que só falta realizar convenções em São Gabriel do Oeste e Água Clara.