O prédio da antiga rodoviária, desativada em 1º de fevereiro, deve mesmo se transformar num polo universitário abrigando cursos de três instituições – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e da Unidade de Superior Ingá (Uningá), com pelo menos 2.700 acadêmicos em até cinco anos. As atividades comerciais devem ficar limitadas à preparação de refeições e lanches rápidos, para atender uma praça de alimentação projetada para atender aos estudantes. Representantes de duas destas universidades (da UEMS e Uningá) visitaram ontem à tarde o prédio de 25 mil metros quadrado de área construída. Eles ouviram explicações dos proprietários do condomínio e da arquiteta Zuleide Higa, encarregada de elaborar o projeto de readequação das instalações. Para que o projeto esteja consolidado ainda falta definir uma série de questões. Por exemplo, qual o formato jurídico que será adotado para entregar o prédio às universidades; quais contrapartidas as instituições vão oferecer e como vai se compatibilizar a atividade de ensino com a dos aproximadamente 30 comerciantes, ainda estabelecidos no local. Segundo o representante da Uningá, Marcelo Fortes, a Prefeitura vai ceder à instituição 2 mil metros quadrados em regime de concessão. Como contrapatida, instituição terá de reformar e adaptar o espaço, além de construir uma praça de alimentação onde vão ser acomodados os comerciantes. O projeto é abrir 4 cursos de nível superior e 10 de nível técnico, além de especializações na área de odontologia. A expectativa é atrair 600 alunos. Já a representante da Universidade Estadual, Elza Cesco, a instituição precisa de 4.500 metros quadrados, necessários para abrigar os cursos de geografia, pedagogia, letras (em duas graduações), normal superior. Ela admite que a UEMS não tem recursos no seu orçamento para fazer as reformas e adaptações, vai precisar recorrer a outras alternativas de financiamento.