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Revitalização quer resgatar fachadas de prédios históricos

Revitalização quer resgatar fachadas de prédios históricos

Redação

15/07/2010 - 06h38
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MICHELLE ROSSI

Com a retirada das propagandas e dos grandes painéis de identificação das lojas e prédios localizados no perímetro central de Campo Grande, uma nova cidade poderá ser revelada. Arquiteturas dos anos 1920, 30, 40 e 50 que presenciaram as primeiras décadas de vida da Cidade Morena devem voltar a ser exibidas. O projeto de revitalização do Centro de Campo Grande — que prevê, entre outras questões, o fim da poluição visual — deve ser votado ainda hoje pela Câmara de Vereadores.
Depois de publicada a regulamentação da chamada Lei Cidade Limpa, os proprietários dos estabelecimentos localizados no quadrilátero da Rua 14 de Julho, Avenidas Fernando Corrêa da Costa, Ernesto Geisel e Rua Padre João Crippa terão um ano para adequar seus imóveis às especificações da nova legislação prevista dentro do Plano de Revitalização do Centro da Capital.
No perímetro apontado não existem edificações tombadas como patrimônio, em qualquer esfera, o que significa que não há o reconhecimento do valor histórico do local. No entanto há dezenas de prédios de interesse histórico-cultural na área delimitada. “Há expectativa de que arquiteturas antigas sejam reveladas, mas também corremos o risco de termos prédios que já foram destruídos, ou tiveram suas fachadas modificadas. Só retirando as propagandas para termos as confirmações”, disse o chefe da divisão de Patrimônio Histórico da Fundação Municipal de Campo Grande (Fundac), Rubem da Costa Marques.

Opiniões
Numa rápida volta no centro da cidade é possível ver prédios com arquitetura do passado. No andar acima da Ótica Nakasse, quase esquina com a Rua Barão do Rio Branco e ao lado da loja Riachuelo, está uma construção que mantém fachada preservada, provavelmente dos anos 1930. “Eu acho interessante essa lei que tira a poluição visual do centro da cidade porque vai mostrar prédios até então desconhecidos da população, mas que têm importância histórica. O problema é que criar leis é fácil, mas quem vai colocar a mão no bolso para readequar as fachadas são os proprietários. Vai ser um custo a mais para nós, donos de loja”, disse Roberto Nakasse, proprietário da ótica que leva seu nome e que está instalada no local há 20 anos.

Dúvidas
Muitos comerciantes desconhecem detalhes da Lei Cidade Limpa, apesar das várias discussões já promovidas sobre o assunto. “Corremos o risco de sermos menos vistos, em meio às outras lojas”, comentou Paula Florato, gerente da Fast Foto Fone na Rua 14 de Julho. No local, um painel gigante indica a existência da loja.  
Outra gerente, do Magazine Luíza, também na Rua 14, disse nunca ter ouvido falar sobre a discussão que está em vigência na Câmara de Vereadores. “Estou sabendo agora (por intermédio da reportagem). Não acho uma lei importante, que vá interferir na rotina da cidade”, citou Ana Paula do Prado.
O chefe da divisão do Patrimônio na Fundac argumenta que, no momento, a forma como estão colocadas as propagandas e identificação das lojas gera uma competição desleal, “onde quem pode mais, compra um painel maior”. Com a nova lei, os estabelecimentos comerciais terão até mais visibilidade, uma vez que terão seus letreiros padronizados. “No shopping, todas as fachadas são padronizadas e nem por isso há lojas que são mais ou menos vistas”, apontou.

VACINA DA DENGUE

Com doses prestes a vencer, vacinação contra a dengue é ampliada na Capital

Ministério da Saúde recomendou que público seja ampliado para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em cidades que têm vacinas prestes a vences, para evitar desperdício do imunizante

18/04/2024 12h30

Ampliação do público-alvo começa hoje em Campo Grande, às 13h Foto: Rogério Vidmantas/ Prefeitura de Dourados

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A partir desta quinta-feira (18), as vacinas contra a dengue próximas do vencimento serão aplicadas em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, em Campo Grande. A ampliação do público começa às 13h.

Segundo consta em nota técnica do Ministério da Saúde, crianças e adolescentes de 6 a 16 anos terão a oportunidade de tomar a vacina. A recomendação anterior, do qual definiu a faixa etária de 10 a 14 anos como a ideal, segue mantida para municípios que não tenham lotes vencendo.

Ainda na nota, o Ministério afirma que a ampliação pode continuar ocorrendo em caso de sobras.

"Em caso de necessidade, esta estratégia poderá ser ampliada até o limite etário especificado na bula da vacina dengue (atenuada), que compreende dos 4 aos 59 anos 11 meses e 29 dias de idade, conforme a disponibilidade de doses no município com vencimento em 30 de abril de 2024.", segundo trecho presente na nota.

Além disso, reforça que esta ação é uma estratégia temporária visando não perder doses de vacina. Também garante que a segunda dose para pessoas que seguirem a nova recomendação.

De acordo com levantamento da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), a cidade possui hoje 1,3 mil doses disponíveis e, como há um estoque reduzido na quantidade do imunizante, talvez falte em alguns dos 74 postos de saúde.

Ademais, reforçam que como as primeiras doses foram recebidas no dia 11 de fevereiro, o esquema vacinal ainda não foi concluído, pois há um intervalo de três meses entre a primeira e a segunda dose. Por isso, um novo lote de vacinas deve chegar na capital em maio.

Os locais de vacinação são: 

  • UBS 26 de Agosto
  • USF Tarumã
  • USF Noroeste
  • USF Cidade Morena
  • USF Parque do Sol
  • USF Cel. Antonino
  • USF Moreninha
  • USF Lar do Trabalhador
  • USF Albino Coimbra
  • UBS Silvia Regina
  • UBS Dona Neta
  • USF Botafogo
  • USF São Francisco
  • USF Caiçara

SITUAÇÃO NO ESTADO

Em Mato Grosso do Sul, a baixa procura pelas doses preocupam e está longe da recomendação de abranger os 90% do público-alvo.

No início de março, apenas 13% da população estavam à procura do imunizante. Na época, apenas a faixa etária de 10 e 11 anos estavam recebendo as doses e, logo depois, esse público foi ampliado para 10 a 14 anos, conforme a recomendação atual.

Há um mês, 40 dias depois do começo da vacinação no dia 11 de fevereiro, apenas 8,3 mil imunizantes haviam sido aplicados na capital, um terço do total recebido, cerca de 24,6 mil doses. 

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TJMS

Waldir Marques toma posse como desembargador no lugar de Divoncir

Investigado por soltar traficante, Divoncir deixou o cargo após completar 75 anos, no dia 6 de abril

18/04/2024 11h44

Desembargador Waldir Marques [a esquerda], ao lado do presidente do TJMS, des. Sérgio Fernandes Martins Divulgação

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O juiz substituto em 2º grau Waldir Marques tomou posse no cargo de desembargador, nessa quarta-feira (17), em solenidade no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Ele assume a vaga deixada por Divoncir Schreiner Maran, que completou 75 anos no dia 6 de abril, idade limite para exercer a magistratura.

Waldir Marques foi promovido, por unanimidade em sessão do Tribunal Pleno, para o cargo de desembargador, pelo critério de antiguidade. 

A posse administrativa ocorreu no gabinete da Presidência do Tribunal. O presidente do TJMS, desembargador Sérgio Fernandes Martins ressaltou as qualidades de Marques.

“O que a magistratura precisa é disso, de magistrados que tem essa facilidade de convivência, de trabalhar com outros setores que são importantes para a estrutura do Judiciário, de receber as partes, que, enfim, tenha bom senso e saiba utilizar sua vivência e experiência adquirida ao longo da vida profissional para poder distribuir a justiça no segundo grau com muita sabedoria”, disse.

O recém-empossado desembargador Waldir Marques, em seu discurso, disse que já atua há seis anos no Tribunal de Justiça e há 35 na magistratura, mas que assumir o novo cargo é um marco histórico.

"Sempre trabalhei com afinco e honrei a toga. É uma alegria muito grande e um dia de agradecimento à família, amigos e todos aqueles que contribuíram de alguma forma para eu ter chegado à magistratura e permanecido até assumir o mais alto degrau da carreira, o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul”, afirmou.

Currículo

Waldir Marques é natural de Guararapes (SP) e ingressou na magistratura estadual em 1989, na 4ª circunscrição.

Em agosto do ano seguinte, foi promovido para a Comarca de Inocência. Em outubro de 1993, foi removido para a Comarca de Glória de Dourados e, em março de 1995, foi promovido para Costa Rica, onde atuou como Diretor do Foro da Comarca.

Em novembro de 1998 foi novamente removido para Fátima do Sul, atuando na Turma Recursal de Dourados. Após nova remoção, em novembro de 2001, passou a judicar em Aparecida do Taboado e, na semana seguinte foi promovido para Dourados.

Em dezembro de 2017 foi removido para Campo Grande e assumiu a 3ª Vara dos Juizados Especiais. Em janeiro de 2018 foi designado para atuar no Tribunal de Justiça e substituiu o Des. Francisco Gerardo de Sousa até sua aposentadoria.

Nova designação o manteve no Tribunal de Justiça até janeiro de 2019, quando assumiu o cargo de juiz de direito substituto em 2º grau. É membro efetivo do Tribunal Regional Eleitoral desde dezembro de 2023.]

Aposentadoria de Divoncir e polêmica

Divoncir completou 75 anos no dia 6 de abril e a aposentadoria foi publicada no Diário da Justiça do dia 8 de abril.

O desembargador chegou a ser afastado das suas funções em fevereiro deste ano, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele e familiares foram alvos de mandados de busca e apreensão por suspeita de corrupção na soltura do traficante Gerson Palermo, condenado a 126 anos de prisão.

No feriado de 21 de abril de 2020, o desembargador Divoncir Maran concedeu prisão domiciliar a Gerson Palermo, sob alegação de que ele podia contrair Covid-19, quando a pandemia em questão mal havia começado. 

No dia seguinte, a soltura revogada por por outro desembargador, Jonas Hass Silva Júnior, mas Palermo já havia rompido a tornozeleira eletrônica e fugido. As investigações criminais seguem em segredo de justiça no âmbito do STJ.

No dia 3 de abril deste ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu habeas corpus revogando as medidas cautelares impostas a Divoncir, entre elas a proibição de acesso ao Tribunal de Justiça e ao próprio cargo.

Nos dias  3 e 4 de abril, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ouviu depoimentos das testemunhas de acusação e de defesa do Processo Administrativo Disciplicar (PAD) que investiga a conduta do desembargador por ter posto em prisão domiciliar com uso de tornozeleira, em 2020, o megatraficante Gerson Palermo.

 

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