O plano de revitalização do centro de Campo Grande, que prevê 91 intervenções, vai exigir investimento de R$ 318 milhões ao longo de 10 anos. Deste total, a prefeitura dá como assegurados R$ 170 milhões, 46% do orçamento total, sendo R$ 120 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e R$ 50 milhões de um empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Já estão sendo investidos R$ 9,2 milhões na Orla Morena, urbanização do antigo traçado da ferrovia, entre a Avenida Júlio de Castilhos e o Bairro Cabreúva. Esta obra deve ser inaugurada no aniversário da cidade, dia 26 de agosto. Entre as intervenções mais caras, e que ainda dependem de recursos para sair do papel, está o fechamento do canal dos córregos Anhanduí e Prosa, no trecho entre a Rua Santa Adélia (perto da Coophama) e a Rua Antônio Maria Coelho. Esta pista adicional vai ser usada como corredor do transporte coletivo, além de permitir a abertura de uma ciclovia. “Os ônibus não circularão mais pela Rua 14 de Julho. Num primeiro momento, até que seja feita a canalização dos córregos, a Rua Rui Barbosa voltará a ser corredor de ônibus”, explica a arquiteta Regina Maura Lopes Couto Cortez, da empresa Organura, contratada para acompanhar a elaboração do plano de revitalização. Impermeabilização O plano de revitalização vai começar pela Rua 14 de Julho. Além da despoluição visual, restrição dos letreiros das lojas, ampliação das calçadas e redução das pistas para carros, outra medida adotada será o estabelecimento de taxas de áreas permeáveis. De zero o índice passará para 15% no “miolo” do centro e, em outras áreas, será de 20%. Regina Cortez detalhou a ideia de privilegiar os pedestres que transitam pela principal rua comercial do centro. “Na 14 de Julho, pretendemos deixar duas pistas de rolamento, apenas, e fazer alças divergentes, isto é, o veículo que segue pela rua a partir da Avenida Afonso Pena, obrigatoriamente, terá de seguir pela Barão do Rio Branco. Não vamos restringir totalmente os veículos, mas favorecer o pedestre”, explicou. “Levantamento aponta que 70% do trânsito da via é por pessoas que apenas estão passando pelo centro, como trajeto, a exemplo dos ônibus. Com esses obstáculos, vamos privilegiar quem vai ao centro para frequentar as lojas”. O estacionamento de veículos ficará proibido na Rua 14 de Julho, da Avenida Fernando Correa da Costa até a Avenida Mato Grosso. O plano de revitalização abrange o quadrilátero formado pelas ruas Rachid Neder e Pedro Celestino e as avenidas Ernesto Geisel e Fernando Correa da Costa.