Após ma is de uma
década de trabalho, Norma
decidiu sair da Tupi
por causa dos constantes
atrasos de salário. “A Tupi
já estava fraca. Perdi mais
de 10 anos de carteira assinada
porque eles nunca
repassaram os descontos
ao INSS”, lamenta. Foi
nessa época que ela passou
a trabalhar como
“freelancer” da TV Rio,
TV Excelsior e TV Continental.
Em 1964, quando
a Rede Globo foi inaugurada,
a atriz foi convidada a
fazer parte do primeiro time
de elenco da emissora.
“A Globo pegou os melhores
atores da Tupi, a equipe da
TV Rio e inflacionou os salários
no primeiro momento”,
relembra.
Norma part icipou da
primeira novela da Globo,
“Ilusões perdidas”, em 1965,
ao lado de Leila Diniz, Reginaldo
Faria e Osmar Prado.
E, ao contrário do amadorismo
que marcou os primeiros
anos da Tupi, ela conta que
a fase inicial da Globo foi
marcada por uma superestrutura.
“No lugar de estúdios
improvisados em cima
de galpões e cassinos, a gente
tinha lugares próprios para
os trabalhos. Tudo começou
de forma muito profissional”,
compara.
Atualmente no ar como
a Irmã Andréia, de “Cama
de gato”, Norma atuou em
16 novelas na Globo. Mas a
atriz também já trabalhou
no SBT, na Band e na Record.
E se orgulha ao falar
que presenciou de tudo um
pouco nesses 58 anos de TV.
Para contar tudo o que viu
nos bastidores, ela está escrevendo
um livro, intitulado
“Norma Blum – memória,
vida e aprendizado”.