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Réveillon reúne mais de 2 milhões na praia de Copacabana

Réveillon reúne mais de 2 milhões na praia de Copacabana

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Uma das atrações que antecederam a virada do ano na Praia de Copacabana, nesta terça-feira (31), o cantor Nando Reis se despediu do público desejando um “feliz dois mil e catarse” para todos. A frase deu o tom da festa que é conhecida como maior Réveillon do mundo. As mais de 2 milhões de pessoas que participaram da comemoração - segundo estimativas de antes do evento- viveram momentos de emoção à flor da pele, com direito a “beijaço”, queima de fogos temática e chuva na medida certa para aliviar o forte calor, antes do início dos maiores shows.

A noite começou com expectativa pela chuva, num dia que a sensação térmica chegou a 47ºC. Como pedia a multidão, ela veio leve, e, depois de refrescar um pouco o clima, ainda brindou o público que já lotava as areias por volta das 18h30min com um arco-íris. A essa altura, os shows já tinham começado no palco principal, com DJs.

O clima de harmonia entre cariocas e turistas passava por cima até das rivalidades futebolísticas. O casal de argentinos Orlando e Lilian, de Córdoba, por exemplo, fez questão de descer até as areias para ficar mais perto da multidão, mesmo hospedados num hotel com vista para a queima de fogos.

"É encantadora a paixão e a alegria dos brasileiros para as festas", diz Orlando. Já família Carmona veio da Bolívia prestigiar o Réveillon carioca. Eles se posicionaram bem perto do palco principal da orla de Copacabana. "Queremos aproveitar tudo, principalmente a música", disse Alejandro Carmona.

Estrangeiros da Argentina, Bolívia, e de mais dezenas de países aproveitaram a festa para conhecer um pouco da irreverência carioca. Um exemplo foi dado pela família Santos, de Cordovil, Subúrbio do Rio, que improvisou uma área vip nas areias de Copacabana. As balizas viraram paredes com fitas de interdição. A ceia - com ovos de codorna, salada de maionese e chester - foi servida as 20h. "Chegamos cedo pra marcar lugar. Montamos um camarote", disse Ueverton Santos.

A apresentação de DJs foi seguida por artistas consagrados como Nando Reis e Lulu Santos. O ex-titã, aliás, permaneceu em Copacabana após sua apresentação e ficou admirando o show do colega.

Tudo isso, entretanto, foi só um aperitivo para a queima de fogos. Com 16 minutos de duração, o espetáculo pirotécnico teve como tema neste ano o filme Rio 2. O show foi embalado pela trilha sonora do longa metragem e teve seis etapas temáticas, de acordo com passagens do filme: Voo azul, Floresta de cores, Natureza exuberante, Aquarela Carioca, Paz e luz e Bem-vindo 2014.Conforme prometido, durante a queima de fogos, a trilha sonora foi diminuída e sons de beijos estimularam os casais a começarem 2014 com um "beijaço".

Casais ou não, o público se emocionou após o espetáculo, que continuou com Carlinhos Brown e foi finalizado pela Vila Isabel. Tia e sobrinha, Natasha e Maria Ediane Araújo vieram pelo segundo ano consecutivo acompanhar a queima de fogos. "Foi emocionante, é sempre bonito".

Apesar de problemas, avaliação inicial positiva
Elogiada por grande parte do público ouvida pelo G1 em Copacabana, a festa teve alguns problemas. Houve reclamações sobre as filas de banheiros, que passavam de meia hora, e furtos de celulares e cordões.

Nada que, na opinião do secretário municipal de Turismo, estragasse a festa. "Foi maravilhoso. Depois dos fogos, dá pra dizer que passou 80% da festa. É mais um Réveillon que acontece em paz. Historicamente é assim em Copacabana", disse Antonio Pedro de Figueira Mello.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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