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Retomado há dois anos, albergue da Afonso Pena continua abandonado

Retomado há dois anos, albergue da Afonso Pena continua abandonado

Redação

28/03/2010 - 01h02
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Dois anos depois do anúncio de que o antigo albergue noturno na Avenida Afonso Pena, esquina com a Rua Visconde de Taunay, seria retomado pela prefeitura para abrigar uma unidade de saúde, o prédio continua abandonado, atraindo bêbados, desocupados e drogados. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) desistiu de reformar e adaptar o imóvel para instalar o centro especializado na saúde do homem. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), vetou a reforma do imóvel, enquanto o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb) não emitir um laudo sobre sua importância cultural e se tem originalidade arquitetônica para um possível tombamento. A Sesau tinha reservado R$ 600 mil no orçamento deste ano para a primeira etapa da reforma. Diante da demora, o secretário Luiz Henrique Mandetta, optou por instalar, provisoriamente, no prédio antigo do Centro Regional de Saúde do Coronel Antonino, o atendimento especializado para a população masculina adulta, que vai começar na terça-feira. O antigo Albergue Noturno fica numa das Zonas de Especial Interesse Cultural (Zeic), definidas pelo Plano Diretor. Nestas regiões qualquer reforma, ampliação ou demolição, só pode ser feita depois de um laudo do Planurb de que o prédio não tem importância . Se tiver, a fachada tem que de ser preservada e fica descartada a possibilidade de demolição. Segundo o secretário de Saúde, o prédio está em situação precária. As instalações elétricas e hidráulicas, o telhado precisam ser trocados. “Provavelmente os R$ 600 mil que nós tínhamos disponibilizados não fossem suficientes para fazer tudo ”, admite. Ele acredita que vai ser preciso um laudo para atestar as condições de segurança da sua estrutura, antes de se pensar em qualquer reforma. A Câmara Municipal e a Secretaria de Saúde divergiram sobre o que fazer com o prédio do albergue. O viceprefeito Edil Albuquerque e o presidente do Legislativo, Paulo Siufi, pretendia instalar um pronto socorro infantil. Acabou prevalecendo a opinião da secretaria, com aval do Conselho Municipal de Saúde, favorável a criação do centro de especialidades médicas do homem. Processo Os problemas gerados com o abandono e a destinação que está sendo dada ao antigo albergue noturno, foram levados à Câmara Municipal em fevereiro de 2008, portanto, há mais de dois anos. Na época, o então presidente do Legislativo, Edil Albuquerque, defendeu que a prefeitura retomasse o prédio construído pelo município no final dos anos 50 e doado para a Associação das Abnegadas de Mato Grosso, entidade filantrópica. Foram levantadas dúvidas sobre a necessidade de desapropriação para que o imóvel voltasse a ser um patrimônio público. Só em março do ano passado a Procuradoria Jurídica do município terminou os levantamentos e concluiu que o prédio poderia ser retomado porque “desvio de finalidade”, ou seja, não estava tendo a destinação prevista no termo de doação: abrigar um albergue noturno.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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