MICHELLE ROSSI
A rebelião dos internos da Unidade Educacional de Internação (Unei) Dom Bosco, e que estão provisoriamente instalados na Colônia Penal Agrícola – saída para Aquidauana, acelerou a reforma das instalações do prédio localizado na saída para Três Lagoas. Os pavilhões A e B da unidade seriam entregues somente em janeiro, mas a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) comprometeu-se, durante reunião realizada ontem, na sede da Promotoria de Justiça de Campo Grande, com a participação do Ministério Público Estadual (MPE) e da Secretaria de Justiça, em adiantar as obras e finalizá-las em 60 dias. Um terceiro pavilhão, em construção no local, continua com previsão de entrega para janeiro.
As antigas instalações da unidade foram interditadas em julho, por meio de determinação do juiz da Vara da Infância e da Juventude, Danilo Burin. Os motivos eram as condições subumanas de estadia na Unei Dom Bosco.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Wantuir Jacini, também determinou a realização do levantamento dos danos causados durante a rebelião no prédio provisório da Unei, e ontem mesmo começaram as reformas em caráter emergencial.
A Sejusp comprometeu-se a entregar em sete dias alguns alojamentos reformados e a previsão é de que os internos não serão removidos para outro local – por enquanto eles estão em quatro galpões, improvisados. Também foi solicitado pela direção da Unei que os familiares dos internos providenciem colchões, pois a maior parte deles foi queimada durante a rebelião.
A Unei conta com o apoio da Polícia Militar do Estado, que realiza o policiamento preventivo, durante dia e noite, a fim de evitar mais confrontos. A Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe) também monitora o local.