Cidades

Cidades

A+ A-

Quando tudo está pronto

Quando tudo está pronto

Redação

23/04/2010 - 07h11
Continue lendo...

 “Quando tudo está pronto, fica fácil”. Palavras do presidente que se diz o benfeitor único do Brasil. Até gostaria que o fosse. Como seria bom para todos nós se isto realmente traduzisse em verdade para a população. Onde está tudo pronto? Vamos caminhar por alguns setores importantes da economia do País para ver e saber a “quantas” andam as ações do governo para essa afirmativa “Quando tudo está pronto, fica fácil”. Antecipo o eleitor que vou me ater exclusivamente nas informações da mídia. Para o presidente esta não é confiável porque só gosta de “desgraça” e não anuncia nada do que presta, como por exemplo, inaugurações de casas que chovem dentro da sala, paredes rachadas com menos de 60 dias da entrega e por aí vai.

 O primeiro ponto a ser mencionado é o do setor energético. Em novembro de 2009, eu estava em São Paulo quando de repente tudo virou um breu. Foi o maior apagão dos últimos tempos, “como nunca na história deste País”. Mais de 70 milhões de brasileiros foram afetados e prejuízos enormes se espalharam pelo Brasil todo. A multa aplicada a Furnas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no valor de 54 milhões de Reais é troco ante as perdas por ela provocadas. Para mim, foi mais uma satisfação à população que uma penalidade. Ainda mais quando ficou claro e evidente o desmazelo no trato da coisa pública.

A desculpa do incompetente e irresponsável ministro Lobão de que raios provocaram tudo foi desmentida por meio de relatório da própria agência do governo, Aneel, o qual esclarece que foi a falta de manutenção, arcaico sistema de proteção, necessidade de troca das unidades terminais remotas do sistema de supervisão e falta de treinamento de pessoal da operadora Furnas que provocaram o fantástico apagão. Quer porque quer construir a usina de Belo Monte. Loucuras estão e ainda serão feitas por Belo Monte em razão dos votos para Dilminha, ex-chefe da meiga Erenice Guerra.

Exemplo parecido com Belo Monte, foram as rodovias licitadas Fernão Dias e Régis Bitencourt, esta conhecida como rodovia da morte. Continua matando até hoje e sem nenhum responsável por tudo que lá acontece em razão da má conservação e administração da OHL. Esta empresa espanhola ganhou, pelo menor preço, a concessão e o direito de explorar o pedágio nessas rodovias, dentro do Programa de Concessões de Rodovias Federais do governo brasileiro. Foi um alarde sem tamanho do presidente ao anunciar a vencedora do processo licitatório. Deixou o Brasil acreditando que com um ganho de apenas R$ 8,00 por veículo para todo o trecho, teríamos maravilhosas rodovias. Na verdade, o intuito e a obstinação do presidente era atingir o governo de São Paulo que tem suas rodovias com altos pedágios, mas as melhores do País. O resultado está aí: buracos por toda a extensão das duas rodovias da OHL de pedágios baratos. E mais, grande parte com aterros cedendo e escorados com toras  de madeira e prontos para desabar.

 Na área internacional, a bonança mundial de até pouco tempo, permitiu um avanço sem precedente na economia do Brasil e dos emergentes. Ocorre que alguns emergentes, avançaram muito mais que nós, brasileiros. O caso chinês é um exemplo. Dos BRIC (Brasil, Rússia, India, China), que tem um volume de exportação de 1 trilhão e oitocentos bilhões de dólares, US$ 1,2 trilhão é da China. Para se ter uma ideia, representa quase 10% do bolo comercial exportador mundial, o Brasil menos de 1%. A comparação se torna mais aguda quando avaliamos que o Brasil há dez anos exportava 20% do que a China exportava. Hoje exporta menos de 10% do que os chineses exportam. Caímos de 22ª para 24ª posição de exportador no ranking da OMC (Organização Mundial do Comércio).

Existem mil coisas para serem faladas ainda, tipo coisas ilusionistas como pré-sal, a metas de Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) fracassada, das Parcerias Público Privadas (PPPs) que fracassaram por falta de projetos, do Programa Fome Zero, dos Pólos Petroquímicos e tantas outras como os delirantes Programas de Aceleração do Crescimento – PAC 1 e 2.  Realmente presidente, fica fácil falar, mas não é o caso, quando tudo está pronto.

Raphael Curvo - Jornalista, Advogado pela PUC-RIO e pós-graduado pela Cândido Mendes-RJ.

ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

Continue Lendo...

A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

Assine o Correio do Estado

PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Continue Lendo...

O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

   Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).