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Quadrilha de estelionatários aplicaria golpes de até R$ 2 milhões

Quadrilha de estelionatários aplicaria golpes de até R$ 2 milhões

Evelyn Souza

14/03/2011 - 11h39
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Elias da Silva, 30 anos e Renato Benites, 38 anos presos por estelionato na última quinta-feira (10) poderiam aplicar golpes de até R$ 2 milhões na Capital caso continuassem soltos. A informação foi repassada na manhã desta segunda-feira (14) pelo Delegado do 1º Distrito Policial, Márcio Rogério Custódio.

A dupla foi presa em uma loja de decoração, localizada na Rua 13 de Junho quando retiravam produtos adquiridos com cheques, que totalizaram R$ 4.343 reais.

Segundo o delegado, para aplicar o golpe, Elias e Renato usavam o nome da empresa fantasma Agro Ramos Locação e Transporte LTDA. Ainda de acordo com o delegado, um casal foragido, identificado como Airton Soares de Alencar Júnior e Katiane Maria Eugênio, é suspeito de agir como comparsa da dupla. Na casa do casal, localizada na Rua Itajuba, no Jardim Oracília, os policiais encontraram diversos materias de construção que possivelmente foram adquiridos pela quadrilha. Um outro fato que levou ao envolvimento do casal no crime, foi que a casa onde ambos moram foi reformada recentemente com materiais de primeira linha.

Os cheques utilizados pela quadrilha eram em nome de Luiz Marconde Ramos Sipriana, falecido no estado de Mato Grosso desde o ano de 2003. Para dar mais veracidade ao golpe, a dupla utilizava uma identidade falsa com a foto de Elias.

Conforme documentos adquiridos pela polícia, a empresa Agro Ramos teria movimentado R$ 1,5 milhão em apenas um ano, margem suficiente para realizar grandes empréstimos e consignações em bancos, que poderiam chegar até R$ 2 milhões. De acordo com o delegado, há possibilidade desses ducumentos serem falsos e o contador responsável pelo cálculo também será investigado.

 

Prisão

Elias e Renato foram presos após o vendedor da loja de decoração desconfiar da atitude de ambos, que realizaram uma compra alta com várias lâminas de cheques. Os dois teriam levado parte dos materiais comprados no ato da compra e voltaram para buscar o restante no dia 10 de março, quando foram surpreendidos por policiais e presos.

Até o momento, a polícia já apreendeu cerca de cem mil reais em materias de construção, artigos de decoração e produtos de informática que estavam armazenados em uma chácara de propriedade da mãe de Elias, localizada na saída para São Paulo. Outra parte dos materiais comprados de forma irregular foi encontrado na casa do casal que possivelmente agia como cúmplice da dupla.

Para que o endereço dos estelionatários não fosse cadastrado pelas lojas, os mesmos retiravam a as mercadorias no ato da compra, onde utilizavam um caminhão de carroceria de madeira com a identificação da empresa. O veículo foi encontrado abandonado próximo a UCDB e está em nome de uma empresa, que não teve o nome divulgado e também será investigada.

Uma possível sede da empresa fantasma estaria sendo construida às margens da BR 163, onde existe uma obra em andamento. A quadrilha envolvida nos golpes responderá por estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. A polícia agora, trabalha na investigação do caso e na busca do casal que esta foragido desde a prisão dos dois envolvidos.

Vítimas

De acordo com o delegado, as empresas vítimas de golpes da quadrilha devem realizar um boletim de ocorrência na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC) com os documentos e cópias de cheques pagos pelos estelionatários. Após esse procedimentos, um inquérito será aberto para comprovar a veracidade dos fatos e em seguida será feita a devolução da compra.
 

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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