Passados 23 d ias da
abertura do ano legislativo,
a Comissão de Constituição
e Justiça (CCJ), a mais
importante da Assembleia
Legislativa, reúne-se hoje
para eleger o presidente
e dar início à análise dos
projetos, que se amontoam
nas mesas dos parlamentares.
Disputam o cargo, os
deputados Júnior Mochi
(PMDB), atual presidente, e
Reinaldo Azambuja (PSDB).
A definição está nas mãos
do deput ado A ma ri ldo
Cruz (PT), líder da bancada
de oposição ao governador
André Puccinelli (PMDB).
Apesa r de a d isput a
estar acirrada, levandose
em conta a corrida em
busca do apoio dos cinco
integrantes da comissão,
Mochi e Azambuja ainda
falam em consenso. Eles
acreditam alcançar o entendimento
minutos antes
da reunião prevista para
as 8h15min desta quartafeira.
“Se for consenso, eu
aceito presidir a comissão”,
minimizou Azambuja.
“A comissão dá muito
trabalho e, como estamos
em ano eleitoral, não me
importaria de sair da presidência,
mas o PMDB faz
questão que eu fique”, explicou
Mochi.
Com a maior bancada
na Assembleia, o PMDB
geralmente comanda a CCJ.
Além de Mochi, representa
o partido na comissão o deputado
Maurício Picarelli
(PMDB). Também fazem
parte do grupo Azambuja,
Antônio Carlos Arroyo (PR)
e Amarildo Cruz (PT). Picarelli
vai votar em Mochi
e Arroyo fez compromisso
com o deputado tucano.
Portanto, está nas mãos
do petista o nome do futuro
presidente da CCJ e
a questão também divide
a bancada do PT. Paulo
Duarte (PT) e Pedro Kemp
(PT) preferem Azambuja.
“O Mochi é o candidato
do governador e, como somos
bancada de oposição,
vamos contra a opinião do
governo”, explicaram Duarte
e Kemp. Já Amarildo
e Teruel, por questão de
afinidade, estão a favor da
continuidade de Mochi na
presidência da comissão.
“Ele vem fazendo um bom
trabalho”, frisaram.
Dessa forma, até ontem,
o peemedebista levava
vantagem na disputa,
já que por estar dividida, a
bancada de oposição deve
dar ao seu representante
na comissão o direito de
escolher o presidente da
CCJ.
“Tufo” de projeto
Enquanto a disputa movimenta
os corredores da
Assembleia, a votação dos
projetos está praticamente
parada. Desde o início
do ano, só passaram pelo
aval dos parlamentares
poucas matérias, analisadas
no ano passado pela
CCJ. Já para serem votadas
em plenário, as propostas
precisam passar obrigatoriamente
pela comissão.
“Tem um tufo de matérias
para serem analisadas e
isso só será possível após
eleger o presidente, que
distribui os projetos entre
os membros da CCJ”, contou
Mochi.