O PSDB não garantiu legenda para o juiz federal Odilon de Oliveira concorrer ao Governo do Estado ou ao Senado. A preferência do partido é manter a aliança com o PMDB e apoiar a reeleição do governador André Puccinelli (PMDB). Na eventualidade de a parceria não vingar, o plano é lançar a senadora Marisa Serrano (PSDB) na batalha pela sucessão estadual. Anteontem à noite, Marisa e o presidente regional do PSDB, deputado Reinaldo Azambuja, discutiram o processo eleitoral com o magistrado. Eles repetiram o convite para Odilon ingressar ao partido, no entanto não garantiram legenda para ele concorrer a um cargo na chapa majoritária. “Reiteramos o convite e ele (Odilon) ficou de dar uma resposta até 2 de abril”, contou Azambuja. “A única coisa que o juiz antecipou é sua simpatia pelo PSDB”, completou. Inicialmente, a conversa caminhava para outro rumo, abrindo possibilidade mais ampla de o juiz federal disputar a sucessão estadual ou vaga de senador pelo partido. Contudo, no último encontro, ficou evidente a tendência de os tucanos manterem o casamento com o PMDB e a vontade de Marisa concorrer ao governo na hipótese de Puccinelli apoiar a candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT). Desde as primeiras negociações, a cúpula do PSDB deixou clara a prioridade de a senadora concorrer ao governo, porém os tucanos faziam questão de deixar aberta janela para o magistrado entrar na disputa. Na última conversa, a brecha praticamente foi fechada. Senado No caso da eleição para o Senado, a cúpula tucana também evitou abrir as portas para o juiz federal. Por enquanto, o eventual candidato do Bloco Democrático Reformista (BDR), que une PSDB, DEM e PPS, é o vice-governador Murilo Zauith (DEM). Mesmo sem possibilidades de concorrer à eleição majoritária, o juiz federal ficou de analisar a proposta de fazer parte do ninho tucano. “Ele ficou de pensar sobre o assunto”, frisou Azambuja. Além do PSDB, o PTB está de olho no magistrado. Mas, ao contrário dos tucanos, os petebistas dão a garantia de Odilon concorrer ao Governo do Estado. “Reforcei o convite para ele concorrer a qualquer cargo pelo PTB. Destaquei a nossa independência política e a disposição para lançá-lo ao Governo do Estado, ao Senado ou a deputado, enfim, o que ele quiser”, informou o presidente regional do PTB, Ivan Louzada.