Thiago Gomes
O juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Campo Grande, recebeu na manhã de ontem, a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra o empresário Luiz Afonso Santos de Andrade, 42 anos, acusado do assassinato da esposa, a arquiteta Eliane Nogueira de Andrade, 39 anos. Ela foi encontrada morta, carbonizada, no próprio carro, no dia 2 de julho, em Campo Grande.
Já com relação ao requerimento de prisão preventiva formulado pelo delegado Wellington de Oliveira, titular da 4ª Delegacia de Polícia (Moreninhas), o magistrado deve se manifestar somente na segunda-feira. Mesmo tendo parecer favorável do MPE, Carlos Garcete ponderou que o exame do pedido demanda maior tempo de análise, em razão da complexidade do caso. Assim, como a prisão temporária do acusado vence amanhã, o juiz a prorrogou até a segunda-feira, data em que decidirá se concede ou não a prisão preventiva solicitada pelo delegado. Ele mandou expedir novo mandado de prisão temporária, com validade até o dia 2.
Luiz Afonso está detido na Delegacia das Moreninhas, mas, caso o juiz decrete a prisão preventiva ele deverá ser transferido imediatamente para o Presídio de Trânsito, instalado na região da saída para Três Lagoas. Se ele não apresentar o diploma de bacharel em direito, que afirmou ter, será levado para uma cela comum.
Eliane Nogueira foi assassinada e teve o corpo carbonizado dentro do carro, na noite de 2 de julho, uma sexta-feira. Na madrugada do dia 3, o Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar incêndio em um veículo na região do Bairro Tiradentes e ao conter as chamas verificou que havia o corpo de uma mulher no automóvel do carro, e que se tratava da arquiteta. Luís Afonso foi preso como principal suspeito do crime. Ele nega a autoria.
Câmeras de vídeo de uma conveniência na Avenida Três Barras flagraram o projetista chegando ao local com o carro da esposa, onde comprou fósforo, cigarro e chiclete. Investigações da polícia apontam que nem ele e nem Eliane fumavam.