Transformar o município de Aparecida do Taboado, na região leste de Mato Grosso do Sul, num polo produtor de seringueiras é o objetivo da prefeitura local com o apoio do Ministério da Agricultura e da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural - Funar.
Já foi firmado um convênio envolvendo as partes com meta o objetivo de diversificar a produção rural na região, por meio da implantação de um viveiro de seringueiras no município. Aparecida do Taboado tem atualmente sua economia baseada apenas na pecuária extensiva e o objetivo é diversificar as atividades rurais.
O projeto visa ao atendimento de 40 produtores da região com o plantio de 200 mil seringueiras. Após cursos de capacitação e aulas do Programa Empreendedor Rural, a ação chegará ao fim neste mês de abril com a implantação do viveiro de mudas de seringueiras.
Para complementar essa preparação, um grupo de técnicos do Senar e produtores de Aparecida do Taboado estiveram no dia 10 de março em visita a Hevea-Tec, que é uma usina de beneficiamento de borracha localizada na região de São José do Rio Preto, em São Paulo.
O norte do estado de São Paulo é o maior produtor de seringueiras no País e a costa leste de Mato Grosso do Sul, por ter condições semelhantes, pode também se tornar um polo da planta.
“Nosso objetivo com este projeto é transformar uma região muito marcada pela pecuária em produtora de látex, diversificando a produção e gerando mais renda”, considera o superintendente do Senar, Clodoaldo Martins.
De acordo com o vice-prefeito de Aparecida do Taboado, Gustavo Carvalho, a ideia inicial é montar um grupo de compras para a aquisição das mudas de seringueira. Após pesquisar, concluíram que implantando um viveiro na cidade, os custos cairiam 80%. “Com esse projeto, nossa expectativa é de crescimento para a cidade. O importante é fixar o homem no campo, porque é lá que ele pode gerar crescimento para a cidade”, avalia.
Os produtores que estiveram na visita acompanharam tudo de perto e com curiosidade. Eles puderam conhecer desde o processo de recepção do látex até a confecção de blocos de borracha natural, utilizados posteriormente como matéria prima na indústria. “O Brasil produz menos de 3% da borracha necessária ao País, então podemos ter certeza que o látex não é um produto que encalha”, avalia um dos diretores da Hevea-Tec, Fernando Guerra.