Os plantadores de canade-
açúcar e as usinas esmagadoras
de cana devem estar
atentos na hora do plantio
dos canaviais procurando
evitar as variedades RB72454
e SP89-1115. A orientação é no
sentido de substituí-las por
outras variedades que não sejam
tão suscetíveis à doença
conhecida como Ferrugem
Alaranjada da Cana.
Segundo os órgãos de pesquisa,
essas duas varidades
são as mais suscetíveis a essa
doença. Existe preocupação
das autoridades sanitárias
brasileiras em virtude do
aumento dos riscos de danos
econômicos no setor sucroalcooleiro,
pois essas duas variedades
estão entre as mais
utilizadas comercialmente.
Em recente reunião na sede
da Superintendência Federal
de Agricultura de MS, com
a participação de Fiscais do
Serviço de Sanidade Agropecuária,
e da Agência Estadual
de Defesa Agropecuária Animal
e Vegetal - Iagro, de gerentes
técnicos de usinas de
Mato Grosso do Sul, bem como
associados da Associação
dos Produtores de Bioenergia
do Estado – Biosul, foram discutidas
ações sanitárias que
deverão ser implementadas
no Estado com o objetivo de
conter e retardar o avanço dessa importante doença da
cana-de-açucar: a Ferrugem
Alaranjada (Puccinia kuehnii).
A Ferrugem Alaranjada
da cana foi detectada pela
primeira vez no Brasil, no
Estado de São Pau lo, em
dezembro de 2009 e confirmada
oficialmente, por meio
de laudos laboratoriais, em
janeiro último.
Durante a reunião técnica
a fiscal Sônia Maria Salomão
Arias do Lanagro/MS,
abordou aspectos técnicos
da doença e a visualização
dos sintomas da ferrugem
em laboratório. Seu colega
Ricardo Hilman, abordou
aspectos legais sobre a ocorrência
da Ferrugem Alaranjada.
Na oportunidade também
foram discutidas portarias
que estão em consulta pública
a respeito da Certificação
Fitossanitária de Origem
das pragas: Broca-giganteda-
cana-de-açúcar (Telchin
licus) e Sphenophorus levis
Segu ndo R ica rdo Hi lman,
do Serviço de Sanidade
Agropecuária da SFA/MS,
a maneira mais eficiente e
econômica de controle dessa
doença, ainda é o uso de variedades
de cana que sejam
resistentes à doença. Outra
medida importante é o registro
emergencial de agrotóxicos,
que está em processo de
autorização pelo Mapa para
combater a doença na cultura
da cana. (MH)