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Prisões por pornografia infantil na web crescem 127% em 2013

Prisões por pornografia infantil na web crescem 127% em 2013

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O número de prisões em flagrante decorrentes de pornografia infantil na web mais do que dobrou entre 2012 e 2013, segundo balanço da Polícia Federal e da ONG Safernet Brasil, entidade que monitora crimes e violações dos direitos humanos na internet.

O estudo ao qual o G1 teve acesso mostra que 134 pessoas foram presas no ano passado no país ante 59 em 2012: um crescimento de 127%. Os dados levam em consideração denúncias de usuários e investigações próprias da Polícia Federal.

De acordo com a Safernet, pornografia infantil foi o tipo de crime na internet mais denunciado em 2013. Das 244.147 denúncias anônimas recebidas pela organização, 80.195 (32,84%) dizem respeito a esse tipo de prática criminosa, que envolve "24.993 páginas distintas hospedadas em 8.589 servidores diferentes e atribuídas a 64 países em 5 continentes".

"Essa é a prova de que a internet não é mais uma terra sem lei", afirmou ao G1 Thiago Tavares, presidente da Safernet. "Esse aumento expressivo comprova que os crimes praticados na internet podem sim ser investigados, [e os seus autores] processados e punidos pelos crimes que cometeram".

Depois de pornografia infantil, os tipos de crimes na internet mais denunciados foram racismo (78.690), apologia e incitação a crimes contra a vida (31.513), homofobia (15.141), intolerância religiosa (9.807), xenofobia (8.328), neonazismo (6.177) e tráfico de pessoas (2.729).

Até o seu fechamento em 31 de dezembro, o balanço da PF e da Safernet registrou 484 indiciamentos relacionados a pornografia infantil na internet. O número de 2012 não foi disponibilizado para comparação.

Crimes nas redes sociais
Ainda segundo a Safernet, o Facebook liderou o ranking de 2013 em número de páginas denunciadas no Brasil por crimes na internet. A rede social de Mark Zuckerberg, a mais popular no país, recebeu 17.121 denúncias únicas, cerca de 31,6% do total.

Os números foram levantados pela Safernet com o uso da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos (clique aqui para acessar), ferramenta lançada em 2012 para disponibilizar publicamente dados de denúncias de entidades como a Polícia Federal e a Secretaria de Direitos Humanos.

O Orkut, líder de denúncias de 2007 a 2012 nos balanços da Safernet, aparece em segundo lugar. Das 10.503 denúncias relacionadas à rede do Google em 2013, 4.704 são de pornografia infantil.

No entanto, diferentemente do número registrado no país inteiro, o tipo de crime que mais recebeu queixas no Facebook foi o racismo, com 6.811 denúncias únicas. Pornografia infantil aparece em segundo lugar (4.830 denúncias), seguido por apologia e incitação a crimes contra a vida (2.398 denúncias).

Procurado pelo G1, o Facebook afirma que "não existe tolerância para esses tipos de ação relatados no estudo", e que o objetivo é manter protegidos os 83 milhões de pessoas que usam a rede social no Brasil. O site diz que incentiva seus usuários a reportar "páginas, posts ou pessoas que violem nossa Declaração de Direitos e Responsabilidades", e que possui uma equipe especializada em analisar e remover conteúdos criminosos.

Em resposta ao G1, a Polícia Federal afirma que “vem incrementando suas ferramentas de investigação na área de crimes cibernéticos, além de capacitar os servidores para investigarem esta nova criminalidade, o que reflete um crescimento permanente da repressão”.

“Ademais, desde 2008, com a promulgação da Lei nº 11.829/2008, a conduta de ter em depósito imagens de pornografia infantil permitiu a realização de flagrantes, mesmo em momento diverso daquele da divulgação das imagens”, diz a nota.

A PF diz ainda que conta com a cooperação de outros países, via Interpol, para combater a pedofilia e que “desenvolve mecanismos de monitoramento e técnicas investigativas que nos permitem alcançar suspeitos da prática desses crimes em diversas plataformas de troca de arquivos, redes sociais, fóruns e outros lugares do ciberespaço”.

Reparos

Prefeitura irá notificar morador que modificou via para fugir dos buracos em bairro de Campo Grande

Secretaria Municipal, responsável por veículos que atolaram em rua "problemática" do Jardim Itatiaia, responsabiliza morador que fez a instalação de paralelepidepos por buraco onde mais de dez carros atolaram

17/04/2024 17h30

Para o morador Roberto Pinheiro que resgatou mais de dez veículos entre segunda e terça-feira a via com os parelelepípedos, na rua dos Estudantes era o único caminho transitável para que ele pudesse voltar para casa Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Após um morador cansado de esperar pelo asfalto instalar paralelepípedos para evitar buracos na rua dos Estudantes, no Jardim Itatiaia, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), informou que irá notificar o munícipe.

A informação foi dada durante atualização da Prefeitura, na noite de terça-feira (16) no balanço de ações emergenciais de pontos críticos que foram afetados pela chuva. 

A rua dos Estudantes tem cruzamento com a Rua Conde de São Joaquim, onde desde o início da semana, em decorrência da chuva acima da média, mais de dez veículos atolaram, incluindo o caminhão e o trator da Sisep que estiveram no local no início da tarde para jogar cascalho na via

 "Outra via que a Sisep atuou foi na Rua Conde de São Joaquim, no Bairro Tiradentes, próximo à Avenida Três Barras. No local foi executado reparo emergencial para o fechamento da vala aberta pela enxurrada. Foi constatado que o problema nessa via foi provocado também por uma obra irregular executada por morador do bairro, que sem autorização colocou paralepípedos em um trecho da rua. O morador será notificado para retirar o material e depois a Sisep realizará serviços para melhorar as condições das vias locais", informou a Prefeitura.
 

 

 

 

Outro trator foi enviado até o local para "resgatar" os veículos da Sisep e finalmente o buraco na rua Conde de São Joaquim recebeu o cascalho, conforme relatou o morador Roberto Pinheiro dos Santos, de 34 anos, que relatou ao Correio do Estado que o local passou por vistoria de um engenheiro da Águas Guariroba. 

"Veio o rapaz da Águas, Guariroba, que também é engenheiro, aí disse que o secretário da Prefeitura está culpando ele da rede de esgoto que foi passada aqui, que foi uma má compactação dele, que ocasionou a abrir essa vala na rua", disse Roberto.

Com relação aos paralelepípedos na rua dos Estudantes, Roberto apontou que era o único caminho viável para chegar até sua residência quando o buraco abriu próximo à Avenida Três Barras.

"Se não fosse aqueles paralelepípedos, era meio impossível eu entrar em casa. Ter acesso àquela rua de casa, porque ali segurou muito o barro e os buracos, né? Você viu o fluxo de água tamanho que era. Então acho que ia ser mais improvável eu chegar em casa do que se não tivesse o paralelepípedo. O cara fez um benefício e está levando culpa aí, né? Aí a prefeitura quer achar um culpado, né?"

 

 

 

 

A reportagem entrou em contato com a Águas Guariroba, que informou que realizou a ligação da rede de esgoto em 2023 e implementou a rede na parte mais alta da via, justamente para evitar os pontos de erosões que são formados em decorrência da chuva. Veja a nota na íntegra:

"Águas Guariroba informa que as obras para implantação da rede de esgoto na Rua Conde de São Joaquim foram realizadas em março de 2023, portanto, há mais de um ano. Na época, a rede foi implantada na parte mais alta da via, sentido Avenida Três Barras, lado oposto ao da erosão. Após a implantação da rede, o solo foi recomposto e compacto, conforme normas da ABNT e, até o momento, não apresentou problemas. A concessionária reforça que o ponto da via que está apresentando erosões é o oposto de onde a rede de esgoto foi instalada e pondera como possível causa para a erosão o percurso da água da chuva, já que a via não possui rede de drenagem".

A Sisep respondeu por meio de assessoria que o trabalho emergencial na via foi feito durante a tarde da terça-feira (16) e sem mencionar prazo ressaltou que a administração municipal tem previsão de pavimentar as ruas do Jardim Itatiaia. Veja a nota na íntegra:

"Assim que a chuva deu uma pequena trégua na tarde desta terça-feira (16) a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) fez o trabalho emergencial para o controle da valeta aberta pela enxurrada na Rua Conde de São Joaquim. A administração municipal tem previsão de pavimentar vias no Jardim Itatiaia e aquelas que não forem asfaltadas nesta fase receberam cascalhamento. Assim que começar o período de estiagem serão intensificados os trabalhos de manutenção das vias sem asfalto".

Chuva acima da média

Nos últimos quatro dias, Campo Grande registrou a quantidade de chuva esperada para todo o mês de abril, com 89,4 mm observados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC). Desde o dia 1º, a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já notificou 130,8 mm, número 46,3% superior à média histórica.

 

** Colaborou Alanis Netto

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Cidades

Imasul convoca proprietários de imóveis no Pantanal com processos em andamento para adequação à lei

Proprietários que não fizerem os ajustes terão processo de licenciamento extinto

17/04/2024 16h30

SOS Pantanal/Divulgação

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O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) reforça a convocação de todos os proprietários de imóveis localizados na Área de Uso Restrito do Pantanal (AUR-Pantanal) e que possuam processos de licenciamento ambiental em tramitação, para procederem aos ajustes determinados pela Lei do Pantanal nos referidos Cadastros Ambientais Rurais (CAR), no prazo de 180 dias.

Esse prazo está valendo desde a publicação do Edital de Convocação no Diário Oficial do Estado (página 83), que aconteceu no dia 9 de abril.

"Se o proprietário não fizer os ajustes necessários no CAR, o processo de licenciamento é automaticamente extinto", explicou o diretor presidente do Imasul, André Borges.

Os proprietários ou seus representantes devem acessar o sistema do Imasul e carregar as informações necessárias, exigidas pela Lei do Pantanal, para só então seus processos de licenciamento terem seguimento junto ao órgão ambiental.

Essa providência é necessária porque, conforme esclareceu Borges, a Lei do Pantanal (Lei 6.160 de 18 de dezembro de 2023) descreve uma série de novos pontos sensíveis na paisagem pantaneira como os capões, cordinheiras, landis; também as salinas, as veredas e os meandros abandonados (espécies de ilhas por onde passavam rios e que, com a mudança de curso, ficaram cercadas por água).

Todas essas formações geográficas passam a ser protegidas, inclusive em seu entorno, e precisam ser identificadas no Cadastro Ambiental Rural das propriedades.

Anexo ao Edital de Notificação foi publicada a lista de 158 processos de licenciamento ambiental em andamento no Imasul, que são afetados pela medida.

Além desses nomes, os  requerentes com propriedades no Pantanal que têm processo em tramitação e não constam na listagem, devem protocolar requerimento no Imasul solicitando a abertura do sistema para proceder aos ajustes necessários nos respectivos Cadastros Ambientais Rurais.

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