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Preso um dos mais ousados ladrões de Campo Grande

Preso um dos mais ousados ladrões de Campo Grande

Redação

23/07/2010 - 08h18
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karine cortez

Paulo Fernandes de Menezes, de 45 anos, apontado como especialista em crimes de roubo contra empresas, inclusive de assaltos a bancos no Estado do Paraná, foi preso pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de roubos e Furtos (Derf), em Campo Grande. Ele foi identificado como mais um dos integrantes no roubo ao Prático do Bairro Aero Rancho, bem como no Forte Atacadista, instalado no Shopping Norte/Sul, também na Capital.
Além dos dois crimes, Paulo Menezes também confessou à polícia que atuou nos assaltos ao Supermercado Pires, no Bairro Universitário, de onde levaram R$ 13 mil; a uma distribuidora de alimentos, na Rua Brilhante, de onde foram subtraídos R$ 200 mil em lâminas de cheques; e no roubo de R$ 95 mil, no Condomínio Jardim das Paineiras, contra uma pessoa que acabara de sacar o dinheiro em um banco.

Condenação
“Ele já havia cumprido pena por assalto a banco no Paraná e cumpria pena por roubo em Campo Grande. Mas em fevereiro deste ano havia recebido autorização da Justiça para fazer tratamento domiciliar contra diabetes e não voltou mais para a cadeia”, salientou o delegado da Derf, Fábio Peró.
No assalto cometido contra o Forte Atacadista e o Prático do Aero Rancho os bandidos usaram máscaras cirúrgicas e quando questionado sobre esta prática Paulo disse ao delegado que “todo ladrão tem que estar sempre inovando”. Mas segundo Fábio Peró está descartado o envolvimento do mesmo grupo nos assaltos à Igreja Batista, na Avenida Calógeras, e ao cartório do 4º Ofício, na Avenida Afonso Pena, cujos bandidos utilizaram máscaras cirúrgicas.
“O que aconteceu é que outros grupos começaram a copiar a ideia deles e alguns até podem ter usado as máscaras no intuito de desviar o foco da investigação para o grupo do Paulo”, enfatizou o delegado Fábio Peró.
Prisão
A polícia chegou até Paulo através de investigações do serviço de inteligência da Derf. Ele foi detido na Avenida Fernando Corrêa da Costa nas proximidades da Rua 13 de Maio quando, segundo o delegado Fábio Peró, iria praticar outro assalto. “Ele não confessou, mas tudo indica que ele ia cometer algum crime porque estava com a moto Falcon, usada sempre nas ações, e com um capacete no braço”, salientou o delegado.
Ao ser rendido, Paulo tentou pegar a pistola de um dos policiais e ainda tentou fugir com a moto, mas foi imobilizado pela equipe da Derf.

Produto de assaltos
Durante revista pessoal, os policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos encontraram na cintura de Paulo uma pistola .40, pertencente à Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) que foi roubada de um policial militar durante o assalto no Prático do Aero Rancho. Além disso, a polícia também encontrou na residência de Paulo a quantia de R$ 20 mil provenientes do roubo no condomínio Jardim das Paineiras.

Rede de relacionamentos
Em depoimento à polícia, Paulo disse que não conhecia os comparsas e revelou uma “rede de relacionamentos” que os bandidos adquirem dentro dos presídios e quando ganham a liberdade começam a contatar as pessoas para praticar os crimes. Conforme o delegado Fábio Peró, Paulo contou que fazia contato com amigos que estão presos e pedia indicação de um parceiro para o assalto; o preso por sua vez  passava o contato de um bandido em liberdade.

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Comissão vai analisar pedido de anistia coletivo dos povos indígenas Guarani e Kaiowa de Caarapó

Violações praticadas pelo governo brasileiro aos indígenas no período da ditadura militar e pós-guerra do Paraguai foram reconhecidas pela Comissão Nacional da Verdade

27/03/2024 17h00

Arquivo/Correio do Estado

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A Comissão de Anistia irá analisar, em sessão histórica o pedido de anistia coletivo dos povos Guarani Kaiowa, da comunidade indígena Guyraroká, protocolado pelo Ministério Público Federal (MPF) em 31 de agosto de 2015.

Esta será a primeira sessão promovida pelo órgão, criado em 2002, e atualmente vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, para analisar eventual reparação a indígenas que tiveram os direitos humanos violados durante o período da ditadura militar no Brasil, entre 1947 e 1980.

A sessão de apreciação dos pedidos ocorrerá às 8 horas (horário de MS) no próximo dia 2 de abril, no Auditório do MDHC, em Brasília (DF). O procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, que subscreve o requerimento, representará o MPF.

Além da comunidade indígena Guyraroká, localizada no município de Caarapó (MS), a cerca de 275 quilômetros de Campo Grande, também serão analisados durante a sessão os pedidos de anistia relacionados aos povos Krenak, de Minas Gerais.

Como o primeiro pedido foi protocolado há quase uma década, o MPF promoveu recentes reuniões com lideranças da aldeia Guyraroká, no intuito de debater e atualizar o documento contendo os requerimentos coletivos, cujo teor será apresentado durante o ato no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Retirada do território

Políticas federais de povoamento do país, implementadas durante o período da ditadura militar e pós-guerra do Paraguai, levaram agentes estatais a promover traslados compulsórios dos indígenas de Guyraroká, provocando mortes e profunda desintegração dos modos de vida destes povos tradicionais.

O propósito era retirar os indígenas das vastas áreas por eles ocupadas segundo os seus modos tradicionais e confiná-los em espaços exíguos definidos unilateralmente pelo poder público. As terras ocupadas anteriormente por eles foram liberadas à ocupação de terceiros, que tiveram a posse dos terrenos legitimada por títulos de propriedade.

Estas violações praticadas à época pelo governo brasileiro aos indígenas de Mato Grosso do Sul foram reconhecidas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), que esteve em Dourados e ouviu integrantes da comunidade Guyraroká sobre o processo de confinamento territorial que sofreram. Estima-se que mais de 8.300 indígenas foram mortos no período em decorrência da ação estatal ou da omissão do governo brasileiro.

Repercussões das violações

Após anos longe do território, aos poucos, os indígenas buscaram ocupar Guyraroká, num processo que começou em 2004, iniciando pela ocupação da faixa de domínio da rodovia estadual que ladeia a terra indígena (MS-156) e posteriormente ocupando uma parcela do perímetro declarado – 65 de um total de 11 mil hectares.

O MPF destaca, no pedido de anistia, que a principal atividade econômica desenvolvida pelos indígenas Kaiowa é a agricultura e, quando retirados do seu território forçadamente pelo governo brasileiro, ficaram completamente desprovidos do exercício de todas as suas atividades econômicas, merecendo a reparação.

Além disso, a desintegração do grupo e a ausência de acesso ao território tradicional, somada à extrema miséria, provocaram um número significativo de mortes por suicídio na comunidade. Em um grupo de 82 pessoas, registrou-se um caso de suicídio por ano entre 2004 e 2010.

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Prefeita prevê conclusão das obras de saneamento básico na Homex em 60 dias

Segundo a Águas Guariroba, as obras iniciaram há 10 dias e até o momento foram instalados 3,5 km de rede de esgoto.

27/03/2024 16h45

Fotos: Gerson Oliveira

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Após anos de luta, cerca de 1,5 mil famílias que residem na comunidade Homex, localizada no Jardim Centro-Oeste, em Campo Grande, terão acesso ao sistema de saneamento básico de água e esgoto. A prefeita Adriane Lopes (PP) e o presidente da Águas Guariroba, Themis de Oliveira, realizaram uma visita técnica para inspecionar o andamento das obras iniciadas há dez dias. Segundo o cronograma, a previsão de conclusão é de 60 dias. 

Até o momento, foram instalados 3,5 km de rede de esgoto na Comunidade do Homex. O investimento, proveniente de uma parceria público-privada com a concessionária Águas Guariroba, é de aproximadamente R$8 milhões

De acordo com o diretor executivo das Águas Guariroba, Gabriel Brum, foram instalados 8,7 quilômetros de rede de água e outros 12 km de rede de esgoto na comunidade. 

"Esta é uma obra bem complexa por causa de diversas instalações que acabamos encontrando debaixo das casas. Infelizmente agora é uma dor de cabeça aos moradores, mas em breve será de muita alegria, porque o nosso objetivo é terminar em 60 dias",  relatou ao Correio do Estado.  

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A prefeita Adriane Lopes destacou que o saneamento básico é fundamental para a qualidade de vida das pessoas. Ela ainda ressaltou que a disponibilidade de água tratada nas torneiras irá reduzir as filas nas unidades de saúde e, consequentemente, promover o bem-estar dos moradores

"Estamos avançando nessa obra de grande importância para a comunidade. São mais de 1,5 mil famílias, e cerca de 5 mil pessoas que terão saneamento que é vida", afirmou. 

Durante a apresentação do mapa das obras para a imprensa, o diretor-presidente da Águas Guariroba, Themis de Oliveira, anunciou que, no primeiro mês após a instalação, não será cobrada tarifa de água e esgoto dos moradores.

"Além de não pagarem água e esgoto no primeiro mês, as famílias serão cadastradas na tarifa social. Vamos passar pela comunidade ensinando as famílias a consumir a água", explica Themis Oliveira.


Qualidade de vida 

Observando de longe o trabalho dos funcionários da Águas Guariroba, Clair Lopes, de anos, é residente da Comunidade do Homex há 8 anos, tentava entender o que estava acontecendo. Após a imprensa relatar que seria instalada uma rede de esgoto e água, ela ficou extremamente animada com a expectativa de ter água limpa na torneira. Junto com ela, moram quatro pessoas: seu marido, seu filho e uma filha que está grávida. 

"Nossa, que alegria ouvir isso. Será uma benção, é tudo que a gente queria, ter água limpa em casa. Meus netos todos já tiveram diarreia e agora vamos ter uma água boa para nós consumir", relatou.

Clair ainda expressou sua ansiedade por poder tomar um banho demorado, já que a família atualmente precisa se banhar com baldes.

"Não vejo a hora de poder tomar banho de verdade, ninguém merece ter que usar baldinho", relatou Clair.

 

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