A preocupação com acesso à leitura também atinge às iniciativas públicas. Um dos exemplos é o Projeto Salas de Leitura, desenvolvido desde 2005 pela Fundação de Cultura de Campo Grande por meio de sua Divisão de Leitura, ligada à Prefeitura Municipal de Campo Grande. Com seis unidades, distribuídas por bairros da Capital – até agosto contará com mais uma, desta vez no Bairro Marcos Roberto – tenta atingir o segmento da população sem acesso fácil à produção literária e informativa.
A ideia é disponibilizar um espaço onde a população em geral tenha contato com livros, revistas e histórias em quadrinhos. No momento estão em funcionamento as unidades do Jardim Imá, Coophasul, Horto Florestal, Jardim Colonial, Moreninha, São Conrado. Em um primeiro momento, a intenção é de que as salas funcionassem em locais de fácil acesso, como centros comunitários, associações independentes, não somente em escolas, normalmente, ligadas a esse tipo de empreitada. “No geral, é isso que buscamos, mas há situações em que a própria comunidade encontra o melhor espaço para que a sala funcione. Isso foi o que aconteceu com a sala do Jardim Imá, que, atualmente, tem suas atividades no Instituto Educacional Batista”, explica a chefe da Divisão de Leitura da Fundac, Iolete Moreira.
A sala que será inaugurada no Marcos Roberto, na Rua Himalaia, em frente ao número 384, surgiu da parceria entre a prefeitura e uma moradora da região que ofereceu o imóvel ao projeto. “Celebramos o convênio para o funcionamento. No momento, preparamos para a inauguração. Ainda não definimos o horário de funcionamento, não sabemos se será somente em um dos períodos”, aponta Iolete. Normalmente, os espaços funcionam em dois turnos. Além de oferecer o acervo para leitura, as salas promovem períodos de contação de história e outras ações de divulgação literária. Outra iniciativa é possibilitar acesso à internet. Mas essa etapa ainda é tímida, pois nem todas as salas contam com computadores.
O objetivo é ampliar para todas as salas os terminais e o acesso à rede de comunicação mundial. “O que queríamos era a cada ano aumentar o número de salas, mas nem sempre isso é possível. Mas este ano temos projeto para outra sala, fora esse do Marcos Roberto, ainda não definimos o local, mas estudamos área, por exemplo, na região da Avenida Júlio de Castilhos”, informa Iolete. De todas as salas, a única destinada ao público infantil é a que está localizada no Horto Florestal. O acervo das salas é ampliado por meio de campanha de doações de livros e compras feitas pela prefeitura. Em média, cada local conta com 2 mil títulos disponíveis.