Prefeito quer Universidade Estadual na velha rodoviária
27 FEV 10 - 04h:28
A Prefeitura de Campo
Grande quer atrair o campus
da Universidade Estadual de
Mato Grosso do Sul (UEMS)
para o antigo Terminal Rodoviário
Heitor Laburu, localizado
no Bairro Amambaí,
que está desativado desde primeiro
de fevereiro deste ano.
Caso a proposta seja oficializada,
pelo menos 350 acadêmicos
ocuparão o prédio. A
decisão, no entanto, está nas
mãos do governador André
Puccinelli.
Se o governador se manifestar
favorável à ocupação,
ele poderá solucionar dois
problemas de imediato porque
dará destino ao prédio,
que atualmente está cercado
por tapumes e com o comércio
em declínio e atenderá às
expectativas de estudantes
que há muito reivindicam
instalações adequadas e ampliação
no número de cursos
oferecidos na Capital.
Animado, o prefeito Nelsinho
Trad falou até sobre
a possibilidade de a UEMS
oferecer curso de Direito em
Campo Grande. Durante assinatura
do Termo de Ajustamento
de Conduta, na tarde
de ontem, no Ministério Público
Estadual, ele revelou
que a ocupação da rodoviária
por parte da universidade depende
do Governo estadual.
Reforma
“Se a rodoviária puder ser
transformada em campus da
UEMS, será muito bom”, garantiu
o reitor da universidade,
Gilberto José de Arruda,
explicando que o espaço precisaria
passar por readequação
e reforma para atender às
necessidades dos acadêmicos
porque não há como ser ocupado
nas condições atuais.
Apesar da expectativa, o
reitor afirmou que por enquanto
não existe projeto de
reforma do espaço porque a
disponibilização da rodoviária
para a instituição ainda
não foi oficializada pelo poder
público.
Hoje, as aulas dos cursos
de Artes Cênicas, Teatro e
Dança, Geografia, Letras com
Habilitação em Português /
Inglês, Letras com Habilitação
em Português / Espanhol,
Pedagogia, Normal Superior
e Normal Superior Indígena
são ministradas nas dependências
da Escola Estadual
Hércules Maymone. Segundo
o reitor, esses cinco cursos
seriam transferidos para a
antiga rodoviária.
Caso a ocupação seja oficializada,
Gilberto acredita
que o processo de licitação
e a reforma para disponibi
l i zação de pelo menos
20 salas de aula, além de
laboratórios de informática,
biblioteca e auditório,
levariam em torno de seis
ou sete meses, o que não
descarta a possibilidade de
a transferência ocorrer no
segundo semestre deste ano.
Já a possível ampliação no
número de cursos “está vinculada
a essa questão, que
precisa ser acertada, mas
havendo estrutura vamos
avaliar”.