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Polo têxtil trará investimentos de R$ 60 milhões

Polo têxtil trará investimentos de R$ 60 milhões

Redação

06/07/2010 - 07h42
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Carlos Henrique Braga

Movida por generosos incentivos fiscais, a indústria de confecções descobriu Mato Grosso do Sul como polo fabril. A Prefeitura de Campo Grande aprovou instalação de mais oito empresas nacionais no polo empresarial Nelson Benedito Netto, na saída para Terenos). Entre elas está a ampliação da TDB Têxtil, que produzirá tecidos, item inédito nas linhas de fabricação do Estado. Juntas, elas investirão R$ 60 milhões,  com fôlego para empregar 2,2 mil.
Novidade por aqui, o setor se esforça para qualificar trabalhadores, principalmente para a porta de entrada das fábricas, a costura industrial. Nos próximos 15 meses, tempo de instalação das novas fábricas, 2 mil serão qualificados, e deverão juntar-se aos mais de 5 mil funcionários do segmento em MS. O salário inicial é de R$ 550. “O mercado está aquecido, as classes C e D estão comprando mais”, diz o presidente do Sindicato das Indústrias de Vestuário (Sindivest), José Francisco Veloso.
Segundo ele, as empresas vão produzir para outros mercados, já que o interno, de pouco mais de 2 milhões de pessoas, é pequeno. Para recrutar a mão de obra, o setor aposta em divulgação da “excelente oportunidade de trabalhar na indústria” entre mulheres de 18 a 35 anos. “A cultura industrial é muito nova no Estado. As mulheres jovens optam por trabalhar no setor de serviço e comércio”, analisa.

Vagas para qualificados
Gerente de fábrica de roupas da Capital afirma que, desde a instalação da empresa na cidade, vagas são abertas todos os dias. O principal problema é encontrar gente qualificada. “Não há cultura de trabalho na indústria. Parece que eles não precisam do trabalho. Toda vez que vão ao médico voltam com atestado, mesmo que não tenham nada”, reclama.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento da Capital, que analisa as propostas de instalação e doação de terrenos, algumas empresas já capacitam trabalhadores em prédios alugados, como Cativa, Valdac e Cabriolli. Principal qualificador, o Serviço Nacional da Indústria (Senai) treinou 600 pessoas neste ano em Campo Grande e outros 130 estão em treinamento em Dourados. Os cursos de costura industrial são gratuitos. Nas duas cidades, cerca de 10% dos alunos são homens. “Há uma tendência de que o homem descubra a confecção, quebrando um tabu”, diz Gilberto Schaedler, do Senai de Dourados, onde a prefeitura recentemente idealizou um polo de vestuário.
“A necessidade de mão de obra ocorre em todos os níveis, como os de modelagem e corte”, afirma Artur Quintela, do Senai na Capital.

Imposto zero
As fábricas que chegarem até o fim do ano ao Estado vão aproveitar isenção total de Imposto sobre Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), autorizada pelo governo estadual no ano passado, sob pressão de empresários do setor e cidades interessadas nos postos de trabalho. A partir do próximo ano, a alíquota subirá gradativamente: 0,6%, em 2011, e 1,2%, a partir de 2015.
A Secretaria de Desenvolvimento, por meio de conselho, disse sim às propostas de instação das empresas Cativa, Valdac, Tex Barreds, Cabriolli e IMB Têxtil; e ampliação da TDB Têxtil. Outra projeto, da importadora e exportadora de fios Guedes, está em análise.

Economia

Frigorífico de MS é um dos escolhidos para exportar carne de frango para Malásia

Somente em 2023, o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões; com as novas habilitações a quantidade pode dobrar

22/04/2024 18h15

Novas habilitações de frigoríficos brasileiros para exportação de carne de frango halal à Malásia Divulgação Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

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Mato Grosso do Sul está entre outros três estados que tiveram plantas habilitadas para exportação de carne de frango halal para Malásia. A confirmação foi feita pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) e pelo Departamento de Desenvolvimento Islâmico (JAKIM) do país asiático.

Em outubro e novembro de 2023, uma missão de auditoria foi realizada por funcionários da Malásia. A confirmação ocorreu na tarde desta segunda-feira (22) e além do Estado, foram escolhidas as novas habilitações no Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O frango halal segue os preceitos islâmicos tanto na criação quanto no abate. A Malásia é um país que segue normas rigorosas em específico para os produtos halal que devem seguir todos os critérios, de acordo com a lei islâmica. 

“Esse avanço é estratégico para o setor agropecuário brasileiro e demonstra a capacidade do país de atender a mercados altamente exigentes, mantendo-se fiel aos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar. A expansão das exportações para a Malásia também deve impulsionar a economia local, gerando mais empregos e oportunidades no setor”, ressaltou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no ano anterior o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões.

Com a habilitação das novas plantas, a expectativa é que o volume de carne de frango halal exportada para o país asiático dobre, o que transformaria o país em um dos principais fornecedores de carne de frango deste no mercado internacional. 

Para a efetividade da habilitação das novas plantas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE) trabalharam em conjunto.

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Economia

Lula diz que não quer criticar taxa de juros, mas que 'está difícil'

Presidente afirma que crescimento da economia neste ano vai surpreender os 'pessimistas'

22/04/2024 18h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil/

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (22) que não iria repetir as tradicionais críticas às taxas de juros, para não ofuscar as medidas que são anunciadas pelo seu governo. No entanto, acrescentou que "todo mundo sabe que está difícil".

"Eu não quero nem falar mal de juros, de outras coisas, se não a manchete do jornal será essa e não o programa Acredita", afirmou o presidente Lula.
"Você veja que ninguém falou mal de juro, que ninguém falou mal. Todo mundo sabe que está difícil, mas hoje, aqui, a gente tomou a seguinte decisão: a gente não ficar lamentando o que é difícil, o que a gente não controla. A gente vai fazer aquilo que a gente pode", completou.

Lula participou na manhã desta segunda-feira (22) de cerimônia de lançamento do Acredita, no Palácio do Planalto. Trata-se de de um programa estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

A MP (medida provisória) que institui o programa prevê ainda medidas para impulsionar o mercado imobiliário e facilitar atração de investimentos estrangeiros para o Brasil.
O mandatário acrescentou que está otimista com o desempenho da economia brasileira. Disse que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), em 2,9%, surpreendeu já os críticos e analistas, mas que ainda não é o índice ideal. Acrescentou que "ainda é pouco".
"Um crescimento de 2,9% em 2023 é claro que é pouco, mas, diante da expectativa do mercado, foi excepcional. Não sou eu ou o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad acreditando na economia, são os empresários acreditando na economia", afirmou.
Lula então acrescentou que o crescimento da economia neste ano vai surpreender os "pessimistas".

"Eu quero alertar aos pessimistas: esse país vai crescer neste ano mais do que vocês falaram até agora. Os empregos vão ser gerados mais do que vocês imaginaram até agora. A massa salarial vai crescer mais do que vocês falaram até agora", completou.
O presidente então exaltou o programa lançado nesta segunda-feira, acrescentando que o desenvolvimento do país está necessariamente atrelado à criação de oportunidades e oferta de crédito para a população. E então disse que o principal benefício do programa é atender uma parcela da população que necessita de uma ordem menos de recursos, mas que não são atendidos pelos bancos privados.

"As pessoas que precisam de R$ 1.000, R$ 500, de R$ 1.500, de R$ 2.000, para curar uma dor qualquer que tenham dentro de casa. Banco não foi preparado para receber pobre, que chegue lá de sandália, não vou dizer o nome da sandália para não fazer propaganda", disse o presidente.
 

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