PMDB de Mato Grosso do Sul tem 4 integrantes na chapa de Temer
2 FEV 10 - 23h:17MARCO EUSÉBIO
O PMDB de Mato Grosso
do Sul terá quatro representantes
na chapa que deve
reconduzir o deputado
federal Michel Temer (SP) à
presidência do Diretório Nacional
da sigla na convenção
antecipada para o próximo
sábado, dia 6 de fevereiro. É
o dobro do número de representantes
que o estado possui
atualmente na Executiva
Nacional. Representarão o
estado o governador André
Puccinelli, o senador Valter
Pereira, o deputado Waldemir
Moka e o presidente regional
do partido, Esacheu
Nascimento.
“A indicação dos representantes
do estado já está
definida”, informou na sexta-
feira (29) Esacheu. Ele e o
senador Valter Pereira serão
os dois novos representantes
estaduais no Diretório
Nacional, confirmando-se a
chapa única na convenção.
Na composição atual, representam
o estado o deputado
Moka, que até novembro do
ano passado presidia a direção
regional do partido,
e o governador André Puccinelli.
Embora a data-l imite
para inscrições de chapas
tenha sido fixada para a
próxima quinta-feira, dia 4,
a presidida por Temer deve
ser aclamada na convenção.
Como ficou acordado que
não será discutida a possível
aliança com o PT para a
sucessão presidencial deste
ano, até lideranças que defendem
a candidatura própria
do PMDB à sucessão do
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva não sinalizam enfrentamento
com Temer.
Na sexta-feira (29), em
Campo Gra nde, qu a ndo
veio buscar reforço à sua
pré-candidatura e conseguiu
arrancar do governador André
Puccinelli a promessa de
apoio “caso for pra valer”, o
governador do Paraná, Roberto
Requião, admitiu que,
como muitas lideranças ainda
estão em viagens de férias,
não havia tempo hábil para
a formação de uma chapa
de oposição. Embora tenha
classificado a antecipação da
convenção como “manobra
da Executiva Nacional” para
garantir a reeleição de Temer,
salientou que isso não
interfere na possibilidade
de o partido ter candidatura
própria, pois o tema será debatido
exaustivamente até a
convenção de junho, quando
será votado.
Frisando ser amigo de
longa data de Michel Temer,
o governador paranaense
afirmou que este foi desvalorizado
quando Lula lançou
a idéia de uma lista tríplice
para a escolha do vice para a
chapa de sua pré-candidata
Dilma Rousseff. Disse ainda
que o presidente do partido
defendeu a candidatura
própria por muito tempo.
“O Temer, que é meu amigo,
insistiu um ano e meio para
eu ser candidato”, contou
Requião em entrevista coletiva
à imprensa na sede do
PMDB-MS, explicando que
se propôs a elaborar um programa
de governo, mas não
podia pensar em candidatura
na época, “pois tinha um
compromisso de bem administrar
o Paraná”.