A Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul (PMA) completa nesta quarta-feira (19) 27 anos de proteção ao ambiente. Durante este período, demonstrou que foi fundamental para a conservação ambiental no Estado, com várias ações decisivas de repressão e prevenção contra os crimes e infrações ambientais.
Além das atividades repressivas, a PMA desenvolve projetos na área socioambiental e de Educação Ambiental, tais como: o “Projeto Florestinha e o Núcleo de Educação Ambiental”.A PMA investe em educação ambiental por entender a necessidade de formar multiplicadores na busca da tão esperada transversalidade do tema. A prevenção por meio da Educação Ambiental é o caminho para a proteção dos recursos naturais em todo o mundo.
A Polícia Militar limitava-se, inicialmente à sua criação, a prestar apoio ao Instituto de Controle Ambiental (Inamb), órgão responsável, nos anos de 1980, pela fiscalização ambiental no Estado, contribuindo com pessoal, armamento, material e equipamentos. O Inamb foi extinto pela lei estadual n° 702, de 12 de fevereiro de 1987. Suas atribuições relativas à fiscalização foram repassadas à Companhia.
Combate aos coureiros
Em 19 de março de 1987, a Companhia Independente de Polícia Militar Florestal foi criada pelo Comando Geral da Polícia Militar. Com sede em Corumbá, iniciou suas atividades com apenas 80 policiais militares. Basicamente, o policiamento e a fiscalização destinavam-se a coibir, de forma repressiva, a caça ao jacaré, no Pantanal sul-mato-grossense. Este era um crime ambiental amplamente divulgado pela mídia local, nacional e até internacional, que colocava em dúvida o poder do Estado em manter a ordem no que se referia aos crimes ambientais, pois o órgão anterior perdera a guerra para os chamados “coureiros”.
O combate ao contrabando de peles de jacarés foi considerado uma “guerra”, haja vista que, após a criação da Polícia Militar Florestal, ocorreram muitos tiroteios durante as fiscalizações no Pantanal, quando alguns policiais perderam suas vidas ou foram feridos. Com muita determinação os policiais conseguiram acabar com a matança de jacarés no Estado, a ponto de alguns estudiosos já apontarem a superpopulação da espécie no Pantanal.