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Peugeot entra no mercado de picapes

Peugeot entra no mercado de picapes

Redação

30/04/2010 - 03h42
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Thiago Andrade, Florianópolis (SC)

O lançamento do Peugeot Hoggar, primeira picape produzida pela empresa no Brasil, representa a abertura de um momento estratégico para a marca. Embora não seja a primeira picape da marca a ser vendida no País – nos anos 90, a média 504 foi importada da Argentina –, a Hoggar marca a entrada da Peugeot no segmento mais dinâmico dos utilitários e que representa as maiores vendas. A liderança das picapes compactas está há mais de uma década com a Fiat Strada, seguida por Volkswagen Saveiro, Chevrolet Montana e a veteraníssima Ford Courier. Ou seja, a marca francesa – uma das pioneiras entre os “newcommers” a desembarcar no Brasil, há quase 20 anos – vai “comprar briga” exatamente contra as chamadas “quatro grandes”, as marcas estabelecidas há mais tempo no mercado nacional.
Com previsão de chegada às concessionárias em 15 de maio, a picape Hoggar foi totalmente desenvolvida por uma equipe brasileira e, como explicou o presidente da Peugeot do Brasil, Gillaume Couzy, na apresentação da picape a jornalistas, em Florianópolis, tem objetivo de atender as necessidades do público nacional. A ideia – que não chega a ser tão original, em se tratando de uma picape – é que a Hoggar conciliasse a dirigibilidade de um carro de passeio com a robustez de um utilitário. E a solução adotada foi a utilização de uma plataforma híbrida. A parte dianteira do Peugeot 207 nacional – produzido sobre a mesma plataforma do 206 – foi unida à parte traseira da plataforma do utilitário Partner – que terá sua nova geração importada da Argentina e vendida por aqui ainda esse ano, nas versões passageiros e carga. A presença do conjunto da suspensão traseira herdado da Partner ajuda a explicar a ótima capacidade de carga da Hoggar, 724 quilos. Como resultado da “fusão”, a picape recebeu a maior plataforma da linha 207, com 4,53 m. Ou seja, 65,3 cm a mais que o hatch, 45,3 cm mais que o SW e 29 cm mais que o sedã Passion.
Investimentos de cerca de R$ 100 milhões foram feitos no desenvolvimento da picapinha, com o qual a Peugeot pretende abocanhar uma fatia de 10% no segmento.

No ringue
Fazer frente com os rivais já consagrados, como a Fiat Strada, Volkswagen Saveiro e Chevrolet Montana, pode não ser fácil, mas, a equipe de técnicos e engenheiros não poupou esforços para criar um carro agradável de dirigir e com um belo design. “Duas palavras guiaram o desenvolvimento deste veículo: masculinidade e robustez”, apontou Denyze Souza Agostinho, diretora de marketing da marca, que acredita se tratar de um segmento bastante masculino.
No interior, o espaço é bom, sendo possível armazenar bolsas, malas e mochilas atrás dos bancos. Contudo, não existem planos para o lançamento de uma versão cabine estendida. “Nas pesquisas de mercado, constatamos que o grande público de picapes prefere veículos com cabine simples. Com uma cabine estendida perderíamos espaço para a caçamba”, esclareceu a diretora de marketing da marca. Mas, segundo Gillaume, em breve esta versão poderá ser lançada.

Especificações
O Peugeot Hoggar chega ao mercado com duas motorizações: 1.4, com 82 cavalos de potência; e 1.6, com 113 cv, ambas flex, possibilitando o uso de álcool ou gasolina como combustível. São três versões de acabamento: X-Line, XR, com motor 1.4, e Escapade, que traz a versão 1.6. Os veículos serão lançados em seis cores.
A grande aposta da marca é a versão intermediária XR, com preço de R$ 35.350, que deve brigar de frente com outros veículos do segmento. Esta versão trará faróis dianteiros com máscara negra, duas barras longitudinais no teto da cabine, além de disponibilizar ainda relógio digital no painel, faróis de neblina dianteiros com moldura na cor do veículo e direção hidráulica.
Um pouco mais simples, o Hoggar X-Line custará R$ 31.400, contando com parachoque dianteiro pintado na cor da carroceria, manopla do câmbio com detalhe imitando alumínio e rodas de aço de 14 polegadas, além de chave de ignição codificada, indicador de manutenção do veículo, preparação para som, entre outros itens.
Para a versão topo de linha, Escapade, o preço sobe para R$ 43.500. Com valor alto, esta é a versão com visual mais elaborado e maior número de itens de série. Ar-condicionado, vidros elétricos com comando seqüencial para o motorista, bancos dianteiros esportivos, rodas de liga leve de 15 polegadas, enquanto as outras contam com rodas de 14 polegadas, entre outros itens.
Haverá dois pacotes de itens opcionais, que não tiveram os preços divulgados. O primeiro atende à versão X-Line e conta com ar quente mais ar-condicionado. Reunindo travamento automático das portas, vidros elétricos, ar quente, ar-condicionado e telecomando multifunções das chaves, o segundo é para a versão XR. Já a pintura metálica atende a todas as configurações e, no caso de air bag duplo frontal, apenas a Escapade.
Segundo a equipe da empresa, o valor da primeira revisão foi fixado em atraentes R$ 129. Câmbio e motor têm três anos de garantia e a Peugeot mantêm os 12 anos de garantia contra corrosão na lataria. A equipe também garante que haverá um grande número de acessórios para o veículo, tornando possível diversas formas de customização pelo cliente.

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Barroso diz que legalização de drogas leves é tendência mundial

Em palestra, ministro também falou de aborto e união homoafetiva

22/04/2024 21h00

Reprodução: Rovena Rosa/Agência Brasil

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (22) em palestra na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que no mundo democrático existem duas posturas possíveis para a questão das drogas ilícitas: uma, a da repressão, e outra, que vem ganhando corpo em todo o mundo, que é a da legalização das drogas mais leves. Segundo ele, a segunda acontece pela constatação de que a guerra contra as drogas fracassou e o modelo repressivo não conseguiu diminuir o poder do tráfico nem o consumo.

“A discussão que está no Supremo é a quantidade. A legislação brasileira não pune com prisão o usuário de drogas, o que faz muito bem, porque punir o usuário é um equívoco completo. Se ele estiver fora de controle, você vai tratar como dependente químico. Colocá-lo na cadeia é colocar mais um agente para o crime organizado. Nada, na minha visão, justificaria a prisão pelo porte pessoal para consumo. E o legislador acabou com a prisão do porte pessoal para o consumo, mas manteve a criminalização do tráfico”, disse.

Ele observou que se um jovem for pego com 40 gramas de maconha na zona sul do Rio de Janeiro, por exemplo, é considerado um portador para consumo próprio; porém se o outro jovem, geralmente negro, for pego com a mesma quantidade na periferia do Rio de Janeiro, é preso como traficante.

“Portanto, a mesma quantidade é tratada com pesos diferentes pela polícia, e o que o Supremo está discutindo não é descriminalização, não é a não prisão, porque isso já foi decidido. O que o Supremo está decidindo é qual a quantidade que vai distinguir traficante de usuário para que essa escolha não seja feita pela polícia por critérios discriminatórios”, explicou.

Outra questão abordada na palestra é a das uniões homossexuais. Para Barroso, a homossexualidade é um fato da vida que gera consequências jurídicas. “A ordem jurídica não dispunha sobre as relações entre pessoas homossexuais, que eu prefiro chamar de relações homoafetivas, porque uma relação de projeto de vida não é puramente sexual e no projeto afetivo existem as reuniões homoafetivas”, disse.

Nesse caso, segundo Barroso, era necessário definir quem tem o direito de herdar o que é construído ao longo de uma relação, se é a família de sangue ou é o companheiro ou companheira com quem a pessoa viveu por anos. “Alguém tinha que decidir isso, e o Supremo decidiu, na minha opinião, com acerto, que deve tratar como você trata as uniões estáveis convencionais. São os mesmos direitos sucessórios, previdenciários. Eu tenho o maior respeito pelo sentimento religioso das pessoas e a Bíblia expressa condenação ao homossexualismo, porém no mundo laico eu preciso ter uma solução jurídica para isso”.

De acordo com Barroso, caso contrário essas pessoas ficariam em um limbo jurídico, sem saber exatamente o que fazer. “E aí vem o casamento. Nós não achamos que o casamento é uma coisa boa, que diminui a promiscuidade, estreita as relações afetivas? Por que nós vamos excluir essas pessoas da prosperidade de terem um casamento? Essa é a minha posição, mas eu tenho o maior respeito pelas posições contra apostas”, ressaltou.

Com relação ao aborto,o ministro classificou a questão como a mais difícil do mundo, e uma coisa ruim, lembrando que o papel do Estado é evitar que aconteça, proporcionando educação sexual, distribuindo contraceptivos e amparando a mulher que queira ter o filho e esteja em condições adversas. “É perfeitamente legítimo a alguém ser contra, pregar contra e não fazer. Porém, tudo isso é diferente de achar que a mulher que viva o infortúnio de ter que fazer vá para a prisão. Nenhum país democrático e desenvolvido do mundo criminaliza, nem os mais católicos".

O ministro Barroso reforçou que prender a mulher que resolve interromper a gravidez não é uma boa política pública, e que a criminalização impede que as mulheres pobres tenham acesso aos serviços públicos de saúde que podem ser prestados. Ele reconheceu ser difícil para a sociedade chegar a um consenso sobre o tema, que é eticamente divisível, já que o momento do nascimento, do surgimento da vida, é uma questão de fé e de convicção.

“Tem gente que acha que desde o momento inicial da concepção com duas células já há vida. Tem gente que acha que é quando se forma o sistema nervoso, tem gente que acha que quando começa a formação da consciência. Existem muitas visões de mundo quando você trata de matéria em desacordo moral. É razoável que pessoas esclarecidas e bem intencionadas pensem de maneira diferente. O papel do Estado não é escolher um lado, e sim permitir que cada um viva a sua crença, a sua convicção", ponderou.

Questionado sobre os rumos que a inteligência artificial está tomando, Barroso respondeu que está preocupado e ao mesmo tempo animado, já que ela tem imensas potencialidades para fazer o mundo melhor e de tomar decisões melhor do que os seres humanos em alguns casos.

"A inteligência artificial é a transferência de capacidades humanas para computadores, feitas por softwares. Essas capacidades envolvem tarefas cognitivas e tomada de decisões. Como a inteligência artificial é capaz de armazenar uma quantidade de informações muito maior do que o cérebro humano e processadas em muito maior velocidade e muitas áreas, ela vai ser mais eficiente do que a capacidade humana", avaliou.

Ele citou como exemplo a medicina, campo no qual a IA já vem sendo usada em cirurgias e diagnósticos, e com melhor qualidade. Segundo ele, o uso dessa tecnologia automatizará tarefas que levam pessoas a neuroses causadas por tarefas repetitivas. Além disso, poderá evitar a exposição dos humanos a atividades de alto risco, como desarmar uma mina ou passar um cabo no fundo do oceano, por exemplo.

"Eu acho que tem muita coisa boa com a inteligência artificial, mas tem muitos riscos, como a discriminação, a privacidade, e o maior é a singularidade, que a IA adquira consciência. Porque se ela adquirir consciência de si própria e passar a ter vontade própria são as máquinas que vão dominar a condição humana e não vice versa porque elas têm muita muito maior capacidade de processamento de informação com muito mais velocidade", afirmou.

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Pedidos de isenção da taxa do Enem podem ser feitos até sexta-feira

Solicitações devem ser feitas pela Página do Participante

22/04/2024 20h00

Reprodução: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Termina na próxima sexta-feira (26) o prazo para pedir a isenção de pagamento da taxa de inscrição para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os pedidos devem ser feitos pela Página do Participante, com o login único do Gov.br.

Têm direito a fazer o Enem de graça os alunos matriculados no 3º ano  do ensino médio em 2024, em escola pública, e quem fez todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada. Também podem ser beneficiados participantes do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, e alunos de famílias de baixa renda – com registro no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

O estudante que teve isenção no Enem 2023, mas não compareceu aos dois dias do exame, e quer participar da edição de 2024 gratuitamente precisa justificar a ausência. O prazo para a justificativa também encerra em 26 de abril.

O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (Prouni). Os resultados do Exame são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

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