SCHEILA CANTO
Cães idosos têm necessidades especiais. O corpo começa a ficar lento e o reflexo já não é mais o mesmo. A vida dos cães pode variar, dependendo da raça e do tratamento que teve no início, como uma nutrição correta, por exemplo. Depois de seis anos de vida, o cão já começa a envelhecer e precisa de cuidados especiais. Um problema comum é a insuficiência renal, além dos problemas cardíacos, hepáticos e oftálmicos (catarata e glaucoma).
De acordo com o veterinário Flávio Oliver Gonçalves, a medicina veterinária tem evoluído muito nos últimos anos tanto na prevenção como na cura dos animais de companhia e, por isso, alguns ultrapassam a média e vivem de 16 a 18 anos. “O problema é que à medida que aumentam as opções de cuidados com os animais, os donos, na contramão, estão querendo humanizar os bichos e, em consequência disso, o tempo de vida deles diminui, ficando abaixo da média dos 12 anos”, ressalta Flávio.
Como as pessoas, os animais também têm três estágios na vida: crescimento, maturidade e velhice. A passagem de um estágio para outro, frequentemente, é vaga e os proprietários de bichos de estimação devem ficar atentos para os sinais de envelhecimento animal.
Em geral, cães com 8 anos de idade já são considerados idosos; portanto, antes disso é recomendado que a partir do sexto ano esse animal comece a ter cuidados diferenciados, como ração especial e check-up anual. Os sinais de envelhecimento variam muito, mas de modo geral ocorre diminuição das atividades, incluindo uma tendência a dormir profundamente, durante mais tempo e com menor disposição para caminhadas longas ou brincadeiras.
Com a idade é natural surgirem problemas de saúde, como doenças do coração, dos rins, perda dos dentes, catarata, surdez, diabetes, artrose, câncer, entre outros. Mas, segundo os especialistas, é possível retardar as doenças e oferecer melhor qualidade de vida aos amigos de estimação. “Hoje temos medicamentos homeopáticos, ração balanceada que propiciam um envelhecer saudável”, exemplifica.
Segundo Flávio, é importante que não se espere os problemas aparecerem para se buscar auxílio médico. Pois quando os sintomas surgem é sinal que a doença já se instalou e a reversão nem sempre é possível.
Assim, o estado de saúde de seu animal vai depender do cuidado que tiver com ele antes de a terceira idade chegar e durante sua velhice. O sistema imunológico do cão idoso é menos hábil para combater o ataque de bactérias e vírus e, desse modo, é importante realizar a vacinação periódica, de acordo com a orientação do médico-veterinário.
O conforto e a proteção não devem ser esquecidos. O animal deve ficar em lugar protegido da chuva e de correntes de ar. Com a idade, o cão tem um metabolismo mais lento, sente mais frio. Assim, a superfície onde ele dorme deve ser forrada, evitando o frio do piso.