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Petistas prometem mostrar "fiasco" do governo André

Petistas prometem mostrar "fiasco" do governo André

LIDIANE KOBER

05/02/2010 - 01h30
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A Assembleia Legislativa já está em ritmo de campanha e a oposição promete esquentar ainda mais o debate na próxima semana. O plano é rebater dados, apresentados na primeira sessão do ano pelo governador André Puccinelli (PMDB), que comparam a atual gestão com a anterior. Segundo os petistas, os números são falsos e o governador esqueceu de comentar “fiascos” de sua administração. Mas não mostrou esses dados falsos. Os petistas prometem “mostrar tudo” nas próximas sessões. Apesar do clima de campanha estar em evidência, tem parlamentar insistindo na teoria de que a eleição não vai comprometer os trabalhos do Legislativo. O tom político foi observado na primeira sessão do ano, que virou palanque eleitoral. Puccinelli usou a mensagem do Executivo para comparar a atual gestão com a do seu antecessor, o ex-governador José Orcírio dos Santos (PT), seu virtual adversário na disputa pela sucessão estadual. O PT contraatacou, informando que as conquistas foram possíveis graças aos investimentos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os tucanos se apressaram em informar que só foi possível crescer graças a estabilidade econômica, que o Governo do PSDB começou a construir. Na sessão seguinte, o marasmo tomou conta. Os deputados permaneceram no plenário por menos de uma hora e não aprovaram projetos relevantes. Ontem, também não foram aprovadas propostas de interesse popular, mas, pelo menos, o rumo do discurso saiu do campo eleitoral para o Zoneamento Econômico e Ecológico (ZEE). Porém, na próxima semana, o deputado Paulo Duarte (PT) vai retomar as comparações entre as gestões do PT e do PMDB. Ele discorda dos dados apresentados pelo governador na abertura do ano legislativo. “Quem deu largada ao clima de campanha na Assembleia foi o André. Em vez de prestar contas do governo, ele veio aqui fazer campanha”, afirmou. “Estou me preparando para, na próxima semana, contestar ponto a ponto do discurso do governador”, completou. Segundo o petista, Puccinelli apresentou uma “série de inverdades” e esqueceu de nomear os “fiascos” de sua gestão. “O Trem do Pantanal, por exemplo, é uma enganação”, declarou. “No afã de mostrar alguma coisa, o governador lançou a atração sem fazer os investimentos necessários. Agora, ninguém quer andar a 17 km/h em um vagão desconfortável e sem ar-condicionado, ainda mais na região do Pantanal, que faz muito calor”, explicou. Sem comprometer Apesar das evidências de que o debate eleitoral está ocupando o espaço da discussão sobre projetos e até pode esvaziar o plenário, alguns deputados insistem que o processo não vai comprometer o trabalho na Assembleia. Pelo menos assim pensam os deputados Youssif Domingos (PMDB), Junior Mochi (PMDB), Pedro Kemp (PT) e Zé Teixeira (DEM). Para eles, é natural o trabalho não engrenar nas primeiras sessões. “Todo o início de ano é assim porque é preciso seguir processo regimental, como formar as comissões e nomear os líderes de bancada. Só depois disso, é possível redistribuir os projetos e retomar as votações”, explicou Zé Teixeira. “É possível compatibilizar a campanha com o trabalho parlamentar. São apenas três manhãs de sessão por semana. Portanto, nos demais horários é possível tocar a campanha”, engrossou Júnior Mochi. Por outro lado, os deputados Amarildo Cruz (PT) e Marquinhos Trad (PMDB) reconhecem que a campanha vai derrubar a produção parlamentar. “Eles dizem que não, mas não tem como a campanha não atrapalhar. Só sei que a minha parte vou cumprir”, prometeu Marquinhos. “Todo mundo sabe que o plenário esvazia. Nos anos anteriores sempre foi assim”, reforçou Amarildo.

Fronteira

Azul anuncia voos diretos para Assunção, no Paraguai, a partir de dezembro

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam

15/04/2024 21h00

Alto volume da dívida da Azul com os arrendadores de aviões decorre de uma negociação feita no início da pandemia Arquivo/ Correio do Estado

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A Azul Linhas Aéreas anunciou, na tarde desta segunda-feira (15), que começara a operar voos para Assunção, no Paraguai, a partir de quatro cidades brasileiras: Campinas (Viracopos), Curitiba, Florianópolis e Recife.

O início da operação está marcado para dezembro, com aeronaves Embraer E-2, com capacidade para 136 passageiros, ou Airbus A320, para 174 passageiros.

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam a partir no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A Azul ainda não divulgou os horários e a frequência dos voos. A companhia informou, apenas, que os voos que partem de Viracopos e Curitiba serão regulares, enquanto os de Florianópolis e Recife serão sazonais -operados apenas durante a alta temporada de verão.

"Esta nova rota surgiu a partir de uma provocação da Embratur, que nos cantou a bola de que a conexão com o país poderia ser melhor estudada e desenvolvida", disse Vitor Silva, gerente de planejamento e estratégia da Azul, durante o anúncio da nova rota, em um evento de turismo em São Paulo.

Também presente no anúncio, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ressaltou que a importância do Paraguai também como origem de turistas. Segundo ele, em 2023 houve um aumento de 19% no fluxo de paraguaios para o Brasil, que se tornou o quarto maior emissor de turistas para o Brasil. "Esse fluxo, entretanto, acontece principalmente por via terreste", disse.

Assunção será o oitavo destino internacional na malha da Azul, que também voa para Orlando e Miami, nos EUA; Punta del Este e Montevideo, no Uruguai; Paris, na França; Lisboa, em Portugal e Curaçao, no Caribe. A companhia ainda não divulgou

PETROBRAS

Tribunal derruba liminar que suspendeu conselheiro da Petrobras

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal

15/04/2024 20h00

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes da Petrobras.. Divulgação

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O juiz federal do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) Marcelo Saraiva derrubou nesta segunda-feira (15) uma liminar -decisão provisória- que suspendia o mandato do ex-ministro Sergio Machado Rezende no conselho de administração da Petrobras.

O presidente do colegiado, Pietro Mendes, continua suspenso. Rezende fora afastado do conselho na semana passada, em liminar de primeira instância concedida a pedido do deputado estadual de São Paulo Leonardo Siqueira (Novo), sob o argumento de que sua nomeação fere o estatuto da estatal.

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal, com sede em São Paulo.

Siqueira é também o autor da liminar que suspendeu o mandato de Mendes, por suposto conflito de interesses entre seu papel no conselho da estatal e sua atividade como secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME (Ministério de Minas e Energia).

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes.

Petrobras e governo esperam que a suspensão do mandato também seja revertida neste caso.
A indicação de Rezende é questionada pelo descumprimento de quarentena exigida para a nomeação e ex-dirigentes sindicais ao conselho das estatais.

A Petrobras argumenta que uma liminar do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski eliminou essa restrição.

A estatal chegou a alterar seu estatuto usando como justificativa a liminar, em uma decisão que gerou críticas de investidores privados e especialistas em governança.

Na época, a empresa defendeu que seguirá a lei, caso a liminar de Lewandowski seja derrubada.

"Nesse momento processual, entendo que não houve descumprimento do Estatuto Social da Petrobras no tocante ao requisito da quarentena, isso porque, no momento da posse prevalecia o entendimento da Suprema Corte", escreveu Saraiva.

Assim, diz ele, a manutenção do afastamento do mandato gera "perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo" e pode acarretar "vultoso impacto financeiro" na vida de Rezende, que também teve o salário de conselheiro suspenso.

Ex-dirigente do PSB, Rezende foi ministro da Educação e de Ciência e Tecnologia nos primeiros mandatos do presidente Lula. Foi excluído da lista do governo para a renovação do conselho na próxima assembleia, dando lugar ao secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux.

Mendes, por sua vez, deve ser reconduzido como presidente do conselho, segundo a lista apresentada pelo governo à estatal.

Aliado próximo do ministro Alexandre Silveira, ele chegou ao MME ainda no governo Bolsonaro -primeiro, como diretor do Departamento de Biocombustíveis, em 2020.

Foi promovido a secretário-adjunto em 2022 e levado ao colegiado que define a estratégia da estatal pelas mãos de Silveira em 2023. Tem tido embates com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que passou as últimas semanas sob fritura.

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