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Pesquisadores confirmam: é possível dormir acordado

Pesquisadores confirmam: é possível dormir acordado

revistaepoca

29/04/2011 - 03h00
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Já perdeu as chaves e ficou horas sem saber aonde as colocou? Deixou os óculos na escrivaninha, foi lavar as mãos e, ao retornar, achou que os tinha perdido para sempre? Segundo cientistas norte-americanos, essas pequenas falhas são resultado de um adormecimento temporário de regiões específicas do cérebro. E eles advertem: isso pode acontecer mesmo quando pensamos não estar nada cansados e nos sentimos acordados.

Pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison descobriram que algumas células nervosas podem “desligar” repentinamente caso o cérebro não tenha descansado direito, por mais que a pessoa não se sinta fisicamente cansada.

“Muito antes do cansaço, há sinais no cérebro de que a pessoa deve parar de realizar certas atividades que exijam um estado de consciência maior”, afirma a doutora Chiara Cirelli, professora de psiquiatria na Escola de Medicina e Saúde Pública. Segundo ela, “grupos específicos de neurônios podem adormecer, o que afeta negativamente a performance cerebral”.

Até recentemente, acreditava-se que o estado de dormência afetava apenas todo o cérebro, o que explicava, por exemplo, que o fato de pessoas cansadas baterem um carro na estrada estaria ligado ao fato de ter adormecido ao volante. Agora, Cirelli prova que a pessoa pode até estar e sentir-se consciente, mas, de repente, uma parte de seu cérebro simplesmente desliga devido ao cansaço e ela não percebe isso.

“Agora sabemos que quando a pessoa está com sono ela fica mais confusa; sua atenção nunca foca e nosso estado de vigília fica desativado”, afirma a doutora. Antigamente, exames de eletroencéfalograma (EEGs) apenas mostravam atividade cerebral apontando para um estado de total consciência ou inconsciência. “Percebemos com novos EEGs que mesmo quando está acordada, a pessoa experiencia períodos curtos de ‘micro sono’”.

Antes do estágio em que o cérebro entra no sono, o órgão já mostra sinais de atividade de dormência que impede seu funcionamento completo. Para se chegar a essa conclusão, os pesquisadores estudaram o comportamento em ratos de laboratório, que foram mantidos acordados por longos períodos. Depois de horas, mesmo demonstrando parecer estarem acordados, exames cerebrais mostraram que áreas do cérebro desses animais estavam adormecidas.

“Mesmo quando alguns neurônios se desligaram, um EEG geral do cérebro dos ratos indicava que eles estavam acordados. Porém, quando prolongamos o período que os animais ficaram acordados, percebemos que eles começaram a cometer alguns erros”, disse Cirelli.

A principal percepção foi constatada ao se submeter os ratos a uma experiência simples: atrás de grades, os pesquisadores colocavam um cubo de gelo que só poderia ser alcançado se as cobaias usassem uma pata, mas eles não conseguiram realizar essa tarefa simples depois de ficarem muito tempo acordados.

“Isso só aconteceu em algumas célular”, afirma a doutora. “Por exemplo, dos 20 neurônios que monitoramos, 18 ficaram ativos; nos outros dois, houve indícios de que tinham adormecido - curtos períodos de tempo em que se alternavam funções ativas com períodos de dormência.”

Como só foram testadas e verificadas ações motoras, os pesquisadores constataram que sua descoberta só pode ser aplicada aos neurônios presentes no córtex motor do cérebro.

Inteligência artificial

Google anuncia IA para criar vídeos, resumir reuniões e melhorar emails

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho

10/04/2024 16h00

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Divulgação

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O Google apresentou na terça-feira (9) um pacote de novidades de inteligência artificial para sua plataforma de trabalho que inclui Gmail, Docs, Meet e Sheets, após seguidos deslizes na competição pela liderança na tecnologia com a OpenAI e a Microsoft.

Entre os anúncios, chamou atenção uma ferramenta de IA geradora de slides em vídeo. Chamado de Google Vids, a nova ferramenta é, segundo o Google, um assistente de criação de vídeos equipado com inteligência artificial. A tecnologia cria uma espécie de sequência de cenas, ou um "storyboard", como é chamado na indústria criativa.

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho. Assinantes do Workspace, disponível por US$ 10 (R$ 50) mensais, terão acesso à plataforma.

De acordo com a vice-presidente do Google Kristina Behr, a ideia é que qualquer pessoa seja capaz de contar bem uma história com o auxílio da ferramenta. "Nosso objetivo é que, se uma pessoa pode fazer um slide, pode fazer um Google Vids", disse a executiva em evento realizado pelo Google em Las Vegas para anúncio de novidades voltadas às empresas.

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Uma das apostas do Google para recuperar a competitividade no mercado de IA é a integração de seus serviços.

O Google teve um início desajeitado no mercado de IA generativa, embora seja o responsável pelos principais avanços técnicos por trás da tecnologia. Entrou na concorrência apenas após o sucesso do ChatGPT, e o primeiro produto da empresa —Bard— desapontou o público em termos de performance.

A segunda tentativa, o chatbot Gemini que chegou ao mercado em fevereiro, rivaliza em performance com a versão mais recente do ChatGPT, mas foi centro de uma polêmica que envolveu a representação de nazistas não-brancos, entre outras imprecisões históricas. Por isso, a plataforma teve sua função de geração de imagens desativada por dias.

Agora a empresa se apoia na sua grande base de assinantes para integrar o bot concorrente do ChatGPT a Gmail, Docs, Sheets e outros recursos. Os recursos se assemelham às funções de IA disponíveis no pacote Office e no Windows, da Microsoft.

Um exemplo dessas funcionalidades é um assistente feito com IA capaz de resumir conversas, fazer traduções e responder dúvidas durante uma sessão de Google Meet. O robô funciona a partir de comando de voz.

Também com expectativa de lançamento em junho, a tecnologia tem suporte para 69 idiomas incluindo o português, segundo o Google. A assinatura do serviço custará US$ 10 (R$ 50).
O assistente também funcionará no Google Chat, bate-papo presente no Gmail.

A plataforma de email também passará a receber comandos por voz e receberá um botão para "melhorar" textos com um clique. A tecnologia "transformará uma nota simples em um email completo".

Ainda com base em IA, as planilhas do Google ganharão uma funcionalidade para formatar e organizar dados de maneira intuitiva. O produto promete acelerar a produção de tabelas.
O Google também acrescentou gatilhos condicionais às planilhas, que avisarão o usuário em caso de mudanças relevantes nos dados.

No Google Docs, programa de edição de texto, a empresa implementará um sistema de abas, que promete facilitar acesso e trabalho em múltiplos documentos ao mesmo tempo.

Para o Google Drive, o gigante da tecnologia passou a oferecer na terça um recurso de classificação e proteção de arquivos com o auxílio de IA. A tecnologia pretende facilitar a gestão de arquivos de negócios, para facilitar a detecção de arquivos nocivos, como vírus.

Integrado aos aplicativos de produtividade, o chatbot do Google para empresas, chamado Vertex, terá 130 opções de personalização sob promessa de adequar e melhorar a performance da tecnologia às necessidades dos usuários.

Programadores ainda ganharam acesso na terça a uma versão mais sofisticada do chatbot Gemini, o modelo 1.5 Pro.

De acordo com o Google, essa versão trabalha melhor com imagens, áudios e linguagens de programação.
 

Justiça

Barroso dá recado a Musk e fala em instrumentalização criminosa das redes sociais

O presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito"

08/04/2024 14h00

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota hoje em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado". divulgação

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Em meio ao embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

Neste domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Moraes afirmou que o empresário iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas".

Na nota assinada por Barroso, sem citar nominalmente Musk, o presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta corte com observância do devido processo legal".

"O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", afirmou.

"O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras", disse Barroso.

Segundo ele, "é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil", que "decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

No domingo, Musk disse em seu perfil no X que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. No mesmo texto, afirmou que em breve publicará tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

Um dia antes, um perfil institucional do X havia postado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil" devido a decisões judiciais, e Musk retuitou mensagem em que disse que "estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Apesar de o post da empresa não citar de onde seriam as decisões, Musk repostou a publicação, junto da mensagem: "Por que você está fazendo isso @alexandre", marcando o ministro do STF.

Horas após a postagem do domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado. Segundo o ministro, a medida se justifica pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Moraes determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar as condutas de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, todos previstos no Código Penal.
 

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