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Pesquisa do Ibrape confirma vitória de André no 1º turno

Pesquisa do Ibrape confirma vitória de André no 1º turno

Redação

17/08/2010 - 08h46
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Maria Matheus

Pesquisa Ibrape realizada para o Correio do Estado entre os dias 14 e 16 de agosto mostra que os dois principais candidatos ao governo oscilaram negativamente nos últimos 30 dias, quando foi feito o levantamento anterior. Mesmo assim, se as eleições fossem hoje, o governador André Puccinelli (PMDB) seria reeleito em primeiro turno. Puccinelli perdeu um ponto percentual. O peemedebista passou de 54% para 53%. O ex-governador José Orcírio dos Santos (PT) caiu 3 pontos, dentro da margem de erro, passando de 37% para 34%. O candidato do PSOL, Nei Braga, permanece com 1%, mesmo índice da sondagem realizada entre 15 e 18 de julho. Indecisos somam 9% e brancos e nulos, 3%.
A vantagem de Puccinelli para Orcírio é de 19 pontos. Considerando a margem de erro de 3 pontos percentuais, Puccinelli tem entre 50% e 56% das intenções de voto e Orcírio, entre 31% e 37%. Assim, distância entre os dois primeiros colocados pode variar de 25 a 13 pontos percentuais.

Capital e interior
Tanto em Campo Grande quanto no interior do Estado, André Puccinelli lidera as intenções de voto, com 56% e 51%, respectivamente. Orcírio é o preferido por 31% dos entrevistados na Capital e por 36% no interior. Braga mantém 1%. Brancos e nulos somam 4% em Campo Grande e indecisos, 8%. No interior, 11% não escolheram candidato ao Governo e 2% pretendem votar em branco ou anular o voto.

Regiões
O governador atingiu os maiores índices de intenções de voto na região do Bolsão (60%), Cone Sul (56%) e Norte (56%). Nesses locais, Orcírio teria 30% dos votos se a eleição fosse hoje.
No Pantanal, reduto tradicionalmente petista, Puccinelli lidera com 48% contra 40% de Orcírio. Na região da Grande Dourados, onde tem o apoio do prefeito Ari Artuzi (PDT), o peemedebista mantém a liderança com 53% contra 32% de seu principal adversário.
Orcírio conseguiu o melhor desempenho no sudoeste do Estado, onde está a frente de Puccinelli — tem 46% das intenções de voto contra 40% do peemedebista. O petista também lidera a corrida pelo Governo do Estado no Vale do Ivinhema, com 44% a 41%.

Religião
O Ibrape também sondou a intenção de votos conforme a religião declarada pelos entrevistados. Dentre os católicos, 53% votariam em Puccinelli se as eleições fossem hoje; 36%, em Orcírio; 1% em Braga; 3% votaria em branco ou anularia o voto e 7% estão indecisos. Dos evangélicos, 53% preferem Puccinelli; 30%, Orcírio; 1%, Braga; 3% pretendem votar branco/nulo e 13% ainda não decidiram em qual candidato votarão em outubro. Os números variam pouco quando os entrevistados professam outros credos ou disseram não ter religião: Puccinelli tem 52%, seguido por Orcírio (35%). Braga atinge 2%, brancos/nulos, 3% e indecisos, 8%.

Rejeição
Quando questionados em qual candidato jamais votariam nas eleições deste ano, 33% dos entrevistados responderam José Orcírio; 20% não querem Puccinelli outra vez no comando do Governo, e 20% rejeitaram Nei Braga. Outros 23% não responderam e 4% disseram rejeitar os três.
Dentre os entrevistados que votam em Campo Grande, Orcírio é o candidato com maior índice de rejeição, 41%, seguido por Puccinelli, 25%. No interior do Estado, 24% disseram que não votariam no petista, enquanto 15% não dariam o voto ao governador.
Nei Braga tem maior rejeição no interior do Estado, 29%. Na Capital, 12% disseram não votar no socialista.
Em Campo Grande, 3% não votariam em nenhum dos candidatos e no interior, 5%. 19% não responderam à pergunta na Capital, e no interior, 27%.

Metodologia
A pesquisa do Ibrape contratada pelo Correio do Estado entrevistou 1.119 eleitores em oito regiões do Estado. O intervalo de confiança é de 96%. O levantamento foi protocolado no Tribunal Regional Eleitoral, com o número 29736/2010.

Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

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O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

STF

STF diz que documentos divulgados nos EUA sobre despachos sigilosos de Moraes são meros ofícios

Os documentos divulgados pelos deputados republicanos reúnem mais de 500 páginas de ordens de Moraes

18/04/2024 14h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo

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O Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou nesta quinta-feira, 18, que os documentos sigilosos vazados pela ala do Partido Republicano na Comissão de Justiça da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos são apenas os ofícios enviados às plataformas para o cumprimento das ordens de remoção dos perfis, e não a íntegra das decisões devidamente fundamentadas que justificaram a medida.

"Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes, as pessoas afetadas, têm acesso à fundamentação", diz um comunicado divulgado à imprensa pela Secretaria de Comunicação do tribunal.

Os documentos divulgados pelos deputados republicanos reúnem mais de 500 páginas de ordens de Moraes. A maior parte dos despachos mantém a mesma estrutura discursiva. O texto padrão escrito pela equipe do ministro se repete em dezenas de atos, com prazo de duas horas para remoção dos perfis e multa diária de R$ 100 mil.

O ministro também exige das plataformas autuadas que prossigam com o envio dos dados de registro das contas para o STF, bem como a preservação do conteúdo postado pelos usuários - ou seja, que ele seja conservado para consulta posterior.

Para explicar o modelo de atuação de Moraes, o STF exemplificou que os despachos sigilosos divulgados seriam equivalentes a mandados de prisão - ou seja, o teor do documento apenas informa que uma ordem deve ser cumprida. A fundamentação jurídica apresentada pelo ministro para justificar as decisões são geralmente divulgadas em despachos separados, que não foram apresentado pelos deputados republicanos.

Antes de comunicar as contas que devem ser removidas pelas plataformas, Moraes informa nos despachos que "foi proferida decisão nos autos sigilosos em epígrafe". Contudo, é comum que alguns réus em processos relatados pelo ministro se queixem de não terem tido acesso à integra dos autos antes de sofrerem medidas cautelares. O ministro e o STF já negaram diversas vezes que esse cenário seja verdadeiro.

Um dos poucos casos em que Moraes apresentou no despacho os argumentos que o levaram a remover determinadas contas das redes sociais foi em relação ao perfil da "Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil" no X (antigo Twitter). O pedido para que a página fosse retirada do ar partiu da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), sob o argumento de que os seus administrados empreenderam "verdadeiro tumulto contra a Democracia brasileira, por intermédio dos seus perfis nas redes sociais".

Moraes acatou os argumentos da OAB e argumentou que as publicações feitas pela Ordem dos Advogados Conservadores ocorreram no contexto de atos antidemocráticos que visavam dar um golpe de Estado após a derrotada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. Ainda de acordo com o ministro, as manifestações do perfil nas redes sociais se "revestem de caráter instigador" da invasão às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023.

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