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Pesquisa aponta a opinião das mulheres sobre a menstruação

Pesquisa aponta a opinião das mulheres sobre a menstruação

São Paulo

09/04/2011 - 07h55
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A menstruação poderia ser menos intensa e durar menos tempo. Essa é a opinião de boa parte das 1.111 mulheres que participaram de um levantamento realizado pelo CEMICAMP – Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas, ligado à Unicamp –, em parceria com a Bayer HealthCare Pharmaceuticals. “Essa pesquisa trouxe um resultado que, de certa forma, já era aguardado, pois é frequente escutarmos das mulheres que a menstruação gera impacto no dia-a-dia”, afirma Dr. Carlos Alberto Petta, professor do Departamento de Ginecologia da Unicamp e um dos pesquisadores.

Entre as participantes da pesquisa, 81,1% afirmaram que a menstruação poderia durar menos de 3 dias. Para Dr. Petta, esse resultado é compreensível. “O desejo de menstruar menos tem muito a ver com o perfil da mulher atual, visto que cerca de 70% das entrevistadas pelo estudo têm atividade remunerada e mais de 92% dessas mulheres trabalham fora de casa”, explica o médico. “Nesse contexto, ficar menstruada durante quatro ou até mais dias, sentindo cólicas e tendo de se preocupar com a troca absorventes é, de fato, desconfortável”, comenta o pesquisador.

As mulheres ouvidas pelo CEMICAMP também opinaram sobre o uso das pílulas anticoncepcionais para controlar a quantidade de sangramento menstrual. Entre elas, 66,1% delas responderam que usariam o contraceptivo hormonal para essa finalidade. Entre essas mulheres, a pílula serviria para: diminuir o fluxo (82%), menstruar quando quiser (22,6%) ou não menstruar quando desejar (12,7%). “A pílula contraceptiva normalmente diminui o sangramento”, diz Dr Carlos Alberto Petta. “E nesse sentido, Qlaira é o único que foi testado para essa finalidade e estudos clínicos demonstraram que esse contraceptivo reduz a quantidade e a duração do sangramento, servindo também para tratar aquelas pacientes com fluxo exacerbado”, completa o especialista.

Mesmo diante de grande parte das entrevistadas afirmarem que não gostam de passar pelo sangramento mensal (64,3%), a pesquisa apontou que uma parcela de aproximadamente 12% de mulheres afirmam gostar de menstruar. Seus motivos para divergir da maioria são diversos. Para elas, o sangramento mensal é sinal de boa saúde (54,2%), confirma que não estão grávidas (38,9%), faz com que se sintam mais limpas (29%) e mais leves (26%), além de afirmar sua feminilidade (21,4%).

Sobre a pesquisa

Realizada pelo CEMICAMP – Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas, ligado à Unicamp –, em parceria com a Bayer HealthCare Pharmaceuticals, a pesquisa ouviu 1.111 mulheres nas cidades de São Paulo (SP), Campinas (SP), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Belém (PA). As entrevistadas foram selecionadas dentre mulheres que consultavam em serviços públicos/universitários de saúde e entre funcionárias e docentes de faculdades escolhidas (exceto das respectivas Faculdades de Ciências Médicas e/ou Biológicas) em universidades nas cidades participantes. As mulheres pesquisadas cumpriam critérios como: ter entre 18 e 40 anos, menstruar e não utilizar nenhum método contraceptivo hormonal.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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