O último dia de carnaval de rua na Avenida Fernando Côrrea da Costa começou com público reduzido, que cresceu durante a noite, chegando a sete mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar. Mesmo com público reduzido, a animação era grande e os foliões permaneceram no local até o final, que aconteceu por volta das 4h30min. Pouco mais de 100 militares cuidaram do policiamento, “Não gosto muito de carnaval, mas como todo bom brasileiro, tinha de sair de casa pelo menos um dia. Deixei para o último dia, esperando que o número de pessoas fosse menor”, declarou o imobiliário Gledson Brito, 27 anos. “É a primeira vez que participo dessa festa. Como geralmente viajo no carnaval, acabo não vindo, mas esse ano o trabalho me prendeu aqui”, afirma Vera Bento, 33 anos, funcionária da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul. Ela foi ao local nas quatro noites e afirma que fez uma ótima escolha. “Esse ano não vi tantas brigas e, que eu saiba, não houve nenhuma morte”, aponta. Mesmo depois de quatro dias de festa, Robson Chaves, que trabalha com vendas e tem 31 anos, comentou que mesmo com a banda, a diversão no local é sempre garantida. “Vou trabalhar amanhã depois do almoço, mas nem estou cansado. Isso aqui renova a alma e as energias”, ressaltou, antes de começar a pular ao som de “Rebolation”, tocada por Patty e Banda, que ficou responsável pelo local durante os dias de festa. Um dos momentos mais inusitados da noite deu-se quando Renata Guerreira, uma das cantoras do grupo, cantou canções evangélicas e falou sobre sua conversão. “Acho que destoou. Misturar Jesus e folia está errado”, criticou Robson. Após o término do baile, quem permaneceu teve de esperar o início da circulação de ônibus no centro da Capital, cerca de uma hora depois. Alguns ficaram na avenida, enquanto grande parte foi para a Praça Ary Coelho. Junto aos jovens, policiais também se dirigiram ao local. Devido ao cansaço, muitos foliões aproveitaram os pontos de ônibus e as muretas da praça para descansar. “Trabalho daqui a pouco, preciso descansar e como os ônibus ainda vão demorar um pouco, estou aproveitando”, contou Wagner Martins, 28 anos. (TA)