Os homens são maioria entre os pacientes consultados: 62%, sendo 36% deles com idade entre 61 e 70 anos, mais da metade casados (53%) e 92% com filhos. A maioria fumou por 37 anos, em média, e teve o diagnóstico há sete anos. Muitos não têm convênio médico e todos mantêm tratamento farmacológico, além de terapias como a reabilitação pulmonar, já que são acompanhados e tratados nos centros de referência. “A ala masculina é mais expressiva aqui, pois antigamente o homem fumava muito mais do que a mulher. Provavelmente, se esse mesmo estudo for feito daqui a alguns anos, veremos o aumento do número de mulheres com a doença, já que a realidade é diferente”, analisa Jardim.
Limitações
A falta de ar foi citada como o principal sintoma da doença por 90% dos participantes da pesquisa, sendo que 79% acabaram procurando por um médico por causa dessa manifestação. “Quando você não consegue respirar, complica, porque as coisas vão perdendo a graça”, disse um dos pacientes entrevistados. Cerca de 40% dos entrevistados disseram que sentem dificuldade em realizar alguma atividade rotineira e 14% que perderam a independência, já que dependem da família para fazer atividades simples do dia a dia, como trocar de roupa ou tomar banho. Além disso, 90% dos entrevistados enfrentam a reclusão, pois disseram realizar atividades de lazer somente em casa. (CM).