SCHEILA CANTO
Relaxar, higienizar, refrescar, perfumar, despertar, são muitas as intenções de um ritual diário, o banho. O calor intenso aliado à secura conspiram a favor deste prazer, que é repetido por várias vezes.
Ao acordar, ao se preparar para dormir, ou ainda que seja com pressa na correria cotidiana, de um intervalo de almoço, num momento entre o trabalho e o estudo.
A qualquer hora o banho é sempre
bem-vindo.
Mas, neste período em que a pele sofre com as intempéries é preciso estar atenta à dupla principal de qualquer banho: a temperatura da água e o sabonete. De acordo com a dermatologista Cristina Yuri Katayama, em excesso e com água muito quente, ele elimina os óleos superficiais da pele, deixando-a seca, irritada, com prurido (coceira) e propensa a inflamações. “O ideal é tomar banhos rápidos com água morna, pouco sabonete e sem muita abrasão, ou seja, usar bucha somente nas áreas necessárias como a planta do pé e logo após aplicar um hidratante”, orienta a especialista.
Ao contrário do que muitos acreditam, os sabonetes não são agentes hidratantes da pele. Eles são cosméticos indicados para limpeza, a composição de alguns, proporciona uma limpeza menos agressiva que, por consequência, deixa a pele menos ressecada, com aquela terrível sensação de esticada. “Sugiro que sejam usados sabonetes neutros ou enriquecidos com óleos e hidratantes”, acrescenta a dermatologista.
Nesta época de clima seco até mesmo as peles oleosas ficam suscetíveis ao repuxamento. Assim, se faz necessário a aplicação de hidratantes potentes após cada banho, pois é quando o produto tem melhor absorção. “Ainda assim, se sentir necessidade, o hidratante pode ser repassado outras vezes durante o dia”, orienta Cristina Katayama.
De acordo com a médica, as consequências de uma pele sem hidratação vão desde coceiras, formação de lesões ásperas e eritematosas (avermelhadas), denominados eczemas, fissuras (rachaduras) que podem facilitar uma infecção de pele.
Variações
Líquido, em lascas ou pasta? Qual o melhor tipo para se usar? Primeiramente vale ressaltar que o sabonete tem a função básica de limpar a pele e remover as impurezas, auxiliando na correta higienização da mesma, independente das formas, tamanhos e cores. Graças às fórmulas sofisticadas, que vêm substituindo os componentes minerais pelos vegetais, existem atualmente sabonetes destinados aos diferentes tipos de pele, evitando seu ressecamento e garantindo a ela uma limpeza profunda.
De acordo com Luís Bueno, diretor-geral da Regional Central do Brasil, da Natura, o tipo em lascas é muito mais espumante e, por isso, o rendimento é muito maior. Além disso, forma uma camada protetora na pele e reduz a sensação de pele repuxada que fica após usar um sabonete. Já em pasta cremosa, é indicado para ser usado com esponja, é ideal para limpar e esfoliar a pele. O sabonete em pasta forma uma camada protetora na pele seis vezes mais espessa que a dos sabonetes comuns, não ressecando a pele e deixando-a macia.
Os líquidos ou gel viraram febre na última década e podem conter ingredientes esfoliantes, antissépticos e hidratantes, além de serem fáceis de espalhar pelo corpo. Marcas como Natura, Boticário, L’Occitane têm produtos com fórmula 100% vegetal. A nova linha Ekos Maracatu, por exemplo, traz óleos e manteigas de murumuru, cupuaçu, maracujá e cacau. O maracujá deixa a pele mais emoliente, cuidada e protegida. O cupuaçu deixa a barra mais macia, permitindo fatiá-la, e tem propriedades similares ao murumuru e cacau. Já o murumuru permite uma espumação abundante e seu formato forma uma camada na pele que reduz a sensação de pele repuxada. O cacau também proporciona a mesma sensação do sabonete de murumuru.