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Pecuária precisa buscar profissionalização

Pecuária precisa buscar profissionalização

FOLHA DE SÃO PAULO

07/05/2011 - 00h02
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No momento em que o Brasil que produz alimentos está atento às definições sobre o novo Código Florestal, salta aos olhos a estatística originada no Ministério da Agricultura que joga luz sobre o aumento da produtividade na pecuária nacional nos últimos 50 anos. Entre 1960 e 2010, o rebanho bovino saltou de 58 milhões de cabeças para cerca de 204 milhões (mais 251%). No mesmo período, a área de pastagem passou de 122,3 milhões de hectares para cerca de 170 milhões, com alta de apenas 39%. Enquanto isso, a produtividade pulou de 0,47 cabeça por hectare para 1,2 cabeça, com evolução de 155%. Trocando em miúdos, se a pecuária mantivesse o menor nível de produtividade de 50 anos atrás, seriam necessários hoje mais de 430 milhões de hectares de pastagens para obter o mesmo resultado em produção de carne e de leite. O mesmo raciocínio vale para o leite. Em 1960, uma vaca em lactação produzia 578 litros por ano. Atualmente, a média está em 2.351 litros (alta de mais de 300%).

No período, o rebanho de vacas ordenhadas subiu de 3,7 milhões para 30,6 milhões de cabeças. Essas informações contrapõem muitos argumentos daqueles que colocam o desmatamento ilegal e demais irregularidades contra o ambiente na conta da produção de proteínas animais. A situação é mais complexa. Não se pode ignorar que o crescente ganho de eficiência da pecuária faz muito mais pelo ambiente do que discursos radicais que levam a uma discussão sem fim. Usando outro dado do próprio governo: se o Código Florestal que ainda está em vigor fosse aplicado integralmente, mais de 97% da produção primária do Brasil estaria fadada a desaparecer. Os pecuaristas não são devastadores. Pelo contrário, estão entre aqueles que precisam da terra para sobreviver. Sendo, assim, nada mais natural do que cuidar dela. Segundo estimativas, pelo menos 50% da área de pastagem do país está degradada, mesmo que parcialmente. A conta é simples: é mais barato para o pecuarista recuperar essas áreas do que desbravar outras. Está aí mais um indicador de que o uso da tecnologia, seja em genética, em nutrição ou em sanidade, é a opção mais inteligente para o crescimento contínuo da produção de carne e de leite. Utilizando como exemplo a genética, a inseminação artificial (usada há quatro décadas no país) possibilita a produção de um bezerro por vaca por ano; a fertilização in vitro (reinante na pecuária profissional) gera mais de 50 crias por vaca todos os anos. A pecuária está fazendo a sua parte para a produção sustentável de alimentos.

Economia

Não houve invasão externa em sistema do Tesouro, diz Haddad

Segundo ele, alguém com acesso à ferramenta tentou desviar recursos

22/04/2024 19h00

Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Não houve ataque externo na invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do Tesouro Nacional, disse nesta segunda-feira (22) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, alguém usou o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a senha do Portal Gov.br de gestores de despesas para entrar no sistema e supostamente desviar recursos federais.

“Não foi um hacker que quebrou a segurança [do Siafi], não foi isso. Foi um problema de autenticação. É isso que a Polícia Federal está apurando e está rastreando para chegar aos responsáveis”, declarou o ministro antes de sair para reunião no Palácio do Planalto. “O sistema está preservado. Foi uma questão de autenticação. É alguém que tinha acesso.”

O ministro disse não saber sobre valores supostamente desviados e disse ter recebido a informação assim que a imprensa começou a divulgar o caso. “Não tenho informação sobre valores. Isso estava sendo mantido em sigilo inclusive dos ministros. Estava entre o Tesouro [Nacional] e acho que a Polícia Federal. Eu soube no mesmo momento em que vocês”, disse, reiterando que não houve ataque externo de hackers ao sistema.

Divulgada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo, a invasão do Siafi ocorreu neste mês. Os criminosos supostamente conseguiram emitir ordens bancárias e desviar dinheiro público usando o login de terceiros no Portal Gov.br.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. No fim desta tarde, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou ter entrado na investigação e estar acompanhando o caso “em colaboração com as autoridades competentes”.

Tesouro

Em nota emitida no início desta noite, o Tesouro Nacional confirmou a afirmação de Haddad de que o Siafi não foi invadido, mas que ocorreu uma utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular. Segundo o órgão, as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema.

O órgão acrescentou que está tomando todas as medidas necessárias em resposta ao caso, incluindo ações adicionais para reforçar a segurança do sistema. “O Tesouro Nacional trabalha em colaboração com as autoridades competentes para a condução das investigações; e reitera seu compromisso com a transparência, a segurança dos sistemas governamentais e a preservação do adequado zelo das informações, até o término das apurações”, concluiu o comunicado.

Economia

Frigorífico de MS é um dos escolhidos para exportar carne de frango para Malásia

Somente em 2023, o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões; com as novas habilitações a quantidade pode dobrar

22/04/2024 18h15

Novas habilitações de frigoríficos brasileiros para exportação de carne de frango halal à Malásia Divulgação Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

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Mato Grosso do Sul está entre outros três estados que tiveram plantas habilitadas para exportação de carne de frango halal para Malásia. A confirmação foi feita pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) e pelo Departamento de Desenvolvimento Islâmico (JAKIM) do país asiático.

Em outubro e novembro de 2023, uma missão de auditoria foi realizada por funcionários da Malásia. A confirmação ocorreu na tarde desta segunda-feira (22) e além do Estado, foram escolhidas as novas habilitações no Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O frango halal segue os preceitos islâmicos tanto na criação quanto no abate. A Malásia é um país que segue normas rigorosas em específico para os produtos halal que devem seguir todos os critérios, de acordo com a lei islâmica. 

“Esse avanço é estratégico para o setor agropecuário brasileiro e demonstra a capacidade do país de atender a mercados altamente exigentes, mantendo-se fiel aos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar. A expansão das exportações para a Malásia também deve impulsionar a economia local, gerando mais empregos e oportunidades no setor”, ressaltou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no ano anterior o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões.

Com a habilitação das novas plantas, a expectativa é que o volume de carne de frango halal exportada para o país asiático dobre, o que transformaria o país em um dos principais fornecedores de carne de frango deste no mercado internacional. 

Para a efetividade da habilitação das novas plantas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE) trabalharam em conjunto.

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