de 26 anos, foi condenado a 17 anos de prisão por atropelar e arrastar por mais de 15 quilômetros, no dia 7 de junho de 2008, o cabo do Exército, Leonardo Sales da Silva, na época com 19 anos. O réu foi julgado ontem em sessão presidida pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos. Fagner foi acusado pelo Ministério Público Estadual, por homicídio doloso triplamente qualificado – motivo torpe, com requintes de crueldade e sem possibilidade de defesa da vítima. Contudo, durante o julgamento, somente a qualificação por requintes de crueldade manteve- se. A acusação, feita pelo promotor público Douglas Oldegardo, insistiu em classificar o crime como homicídio doloso, por entender que Fagner sabia que o militar estava preso no veículo. Douglas afirmou que Fagner assumiu os riscos de matar alguém ao perceber que havia alguém preso na caminhonete. “Isso aconteceu depois que ele seguiu por cinco quilômetros, quando ligaram avisando que havia alguém preso”, disse o promotor. Para a defesa, feita pelo advogado Abadio Marques de Rezende, o réu não sabia que Leonardo estava preso ao veículo e foi arrastado por 15 quilômetros. Com isso, procurou amenizar a acusação, tornando-a um homicídio culposo, em que o acusado não tem culpa da morte. Durante o depoimento do réu, na manhã de ontem, ele alegou inúmeras vezes que não mataria alguém. “Se eu não parei foi porque não percebi que havia alguém preso na caminhonete”, declarou. O advogado de defesa afirmou que o militar ficou preso ao veículo tentando subir para agredir Fagner e seus amigos. Caso O hom ic íd io ocor reu após Fagner participar de um rodeio no Parque do Lageado, em Campo Grande. O peão contou que na hora em que ia embora, várias pessoas reuniram-se em volta da conveniência onde havia estacionado o carro para comprar uma cerveja. Ele pediu licença para retirar o veículo, mas os homens que o rodeavam viram aquilo como provocação e passaram a ameaçá-lo. Junto de quatro amigos, Fagner acelerou o carro e foi embora. Nesse momento, o cabo Leonardo ficou preso ao veículo e foi arrastado por cerca de 15 quilômetros, indo do Parque do Lageado ao Jardim Itamaracá, onde deixou os amigos. No local, Fagner afirma ter percebido o corpo, retirando-o e deixando-o no local ao perceber que o homem já estava morto. O caso teve repercussão nacional.