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Passarela do samba divide opiniões

Passarela do samba divide opiniões

Redação

19/02/2010 - 09h51
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O trecho da Via Morena localizado ao lado do Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande, é adequado para a realização dos desfiles das escolas de samba de Campo Grande? Opiniões divergem em torno do assunto. Há quem quer a mudança rápida, enquanto outros torcem pela permanência da passarela do samba no local. No primeiro grupo aparece quem está diretamente ligado às escolas. “Esse local é provisório. Não tem estrutura adequada para receber o desfile”, enfatiza o presidente da Liga das Entidades Carnavalescas de Campo Grande (Lienca), Eduardo de Souza Neto. O mesmo ponto de vista tem o presidente da Fundação Municipal de Cultura (Fundac), Athayde Nery. “É um local complicado. Temos que solicitar todos anos à Acrissul espaço para concentrar os carros alegóricos. Tem o problema do fechamento do trânsito na área e até a questão de iluminação merece atenção. Esse ano foi pintado trecho da avenida com cal para dar mais destaque para as fantasias e os carros, mas a chuva terminou atrapalhando”, explicou Athayde. Para o funcionário público José Aparecido Carvalho, que assistia ao desfile da arquibancada, no último domingo, a Via Morena apresenta problema com relação ao acesso. “Tive que descer no Terminal Morenão, caminhar algumas quadras, em grande parte do trajeto com pouca iluminação. Se fosse no centro seria muito mais tranquilo”, apontou – ele mora no Bairro Santo Amaro. Athayde afirma que a mudança começará a ser agilizada em breve e que está sendo pleiteado recurso federal para o projeto. A intenção não é somente estabelecer nova passarela do samba. “Seria um sambódromo e, junto, um barracão para que as escolas pudessem fazer o preparativo para o desfile, uma verdadeira cidade do samba”. Sem definição O local onde o projeto deverá ser abrigado ainda não foi definido. Num primeiro momento, cogitou-se o pátio da antiga Estação da Noroeste do Brasil, na Esplanada ferroviária. “Seria o local perfeito. Pelo estudo que fizemos, não teria problema com relação ao som e estacionamento”, lembra Athayde. O problema é que o Complexo Ferroviário foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) como patrimônio nacional, impossibilitando alterações significativas no projeto original. Atualmente, diversos locais estão sendo analisados para receber a “cidade do samba”. Um exemplo é o terreno localizado em frente à Base Aérea de Campo Grande. “Há uma série de vantagens nesse local, desde o acesso até a questão do som. Mas não tem nada fechado”. O presidente da Lienca diz que, a partir de março, deverá manter reunião com Athayde e demais autoridades para discutir a transferência do local. Aprovação Se os envolvidos com o samba e a administração pública consideram local inadequado, os moradores da região acham que o desfile deveria permanecer na Via Morena. “Quando era na Rua 14 de Julho nunca fui. Agora, não perco nenhum ano”, diz a ambulante Luzia Calixto, que assistiu ao desfile no domingo. “Moro no Jockey Clube, pertinho da Via Morena e fica fácil vir. Quando estou em casa vejo o pessoal do Parati, Albuquerque, do próprio Jockey, Ipiranga, todos vindo para avenida, uma verdadeira multidão”. A dona de casa Ana Paula Pereira da Silva, que mora a cerca de 3 quadras da Via Morena, é outra que não gostaria que ocorresse a mudança. “Trago toda a minha família. A gente fica à vontade. As crianças podem correr sem nenhuma preocupação da violência”, elogia. Ela também não tinha o hábito de acompanhar o desfile na Rua 14 de Julho. “Nunca fui. Agora, acho divertido. Não temos muitas opções de lazer na região, o carnaval passou a ser uma ”, avalia Ana Paula. Renata Soares, que mora em frente à Via Morena, concorda com as outras entrevistadas. “O desfile não cria tumulto. Não tem briga ou coisa parecida. A única coisa que incomoda é que fecham o trânsito e, para quem mora aqui fica complicado entrar e sair. Fora isso, não tenho o que reclamar. Não queria que mudasse de local”.

STF-DECISÃO

STF permite uso de vestimentas religiosas em foto de documentos oficiais

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país

17/04/2024 19h00

Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta Lula Marques / Agência Brasil

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O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou nesta quarta-feira (17) o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a identificação individual.

Os demais ministros seguiram o voto do relator da ação, Luís Roberto Barroso, que também é o presidente da corte. Para ele, proibir o uso dessas vestes "é uma medida exagerada e, consequentemente, desnecessária".

Barroso disse que o veto a essa possibilidade "compromete a liberdade religiosa, sem que esse comprometimento impacte de maneira muito relevante a segurança pública".

A segurança foi o argumento para que o uso dessas roupas tenha sido impedido por autoridades brasileiras.

"Embora possa haver exceções, religiosos não fazem parte de um grupo especialmente perigoso da sociedade", disse Barroso.


O processo é de repercussão geral, e sua decisão incidirá em processos similares sobre o tema em todo o país.

Após o voto do presidente do Supremo, os ministros discutiram sobre a necessidade de ampliar ou não a tese para definir até que ponto pode haver a cobertura do rosto, ou se a norma pode se aplicar para outras situações não religiosas.

Acabaram fixando a tese de que "é constitucional o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a adequada identificação individual, com rosto visível".


Votaram com o presidente os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.

A ação que serve como referência trata de uma freira de Cascavel (PR) que queria renovar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) usando hábito (veste religiosa) na foto do documento.

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país.


Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta.

A representante da União Nacional das Entidades Islâmicas, Quesia Barreto dos Santos, disse que o uso de hábito, do véu islâmico ou de outras vestes similares são prática religiosa, e que sua retirada em público equivaleria a exigir que uma mulher não muçulmana retirasse sua camisa para foto de identificação.

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos disse que, entre os direitos de liberdade religiosa e de segurança pública, a corte devia procurar uma solução que preservasse os dois núcleos.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o uso de véu não impede a identificação e se manifestou contra a exigência de retirada da vestimenta.

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Vereadores votam em sessão desta quinta-feira nomeação de membros dos conselhos de Campo Grande

A nomeação é referentes ao 1º semestre de 2023.

17/04/2024 18h36

Divulgação/ Câmara Municipal

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Nesta quinta-feira (18), os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande devem analisar projetos e dois ofícios do Poder Executivo Municipal que tratam da nomeação de membros para conselhos regionais, municipais e tutelares em funcionamento neste município, referentes ao 1º semestre de 2023.

Durante a sessão, os parlamentares devem debater o Projeto de Lei Complementar nº 820/22, de autoria do vereador Prof. André Luis, que propõe alterações na Lei Complementar nº 392, de 11 de agosto de 2020, a qual trata do sistema de posse responsável de cães e gatos em Campo Grande. Também serão discutidas as regras de registro, penalidades e infrações.

Em seguida, os vereadores discutirão e votarão em segunda sessão o Projeto de Lei nº 11.159/23, de autoria da vereadora Luiza Ribeiro, que propõe a instituição da Semana Municipal de Sensibilização sobre a Perda Gestacional, Neonatal e Infantil.

Logo após, em primeira discussão e votação, será analisado o Projeto de Lei nº 11.162/23, proposto pelo vereador Papy, que busca instituir no calendário oficial de eventos do município de Campo Grande-MS a "Feira Científica" e tratar de outras providências.

 

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