O Paraná solicitou ontem ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, permissão para suspender a campanha de vacinação contra a febre aftosa no Estado, que existe há 40 anos. O secretário de Agricultura paranaense, Valter Bianchin i, entregou ao min istro um documento com a argumentação a favor da medida, que tem como intenção conquistar mercado em países que barram carne de regiões consideradas livres de aftosa com vacinação, como Mato Grosso do Sul. A Federação de Agricultura do Paraná (Faep) acredita que Stephanes já comprou a ideia do Estado, e que anunciará o fim da vacinação antes da segunda etapa da campanha, que começa em maio. Depois, será preciso esperar um ano para pleitear junto à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) o status de área livre de aftosa sem vacinação. Até o momento, apenas Santa Catarina recebeu a “honraria” que abre as portas de países exigentes, como o Japão. Rio Grande do Sul já estuda seguir os passos do Paraná. Segundo a federação paranaense, se a obrigação de vacinar o rebanho de cerca de 10 milhões de bovinos cair, as atenções do Estado estarão voltadas para a inspeção do gado vindo de outras regiões do País. (CHB)