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Para Orcírio, André revela considerada irreversível medo ao insistir em recuo

Para Orcírio, André revela considerada irreversível medo ao insistir em recuo

Redação

22/03/2010 - 08h02
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O ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos (PT) classificou como “obsessão e medo” a insistência do governador André Puccinelli (PMDB) em uma eventual desistência da candidatura petista na disputa pelo governo em Mato Grosso do Sul. Ontem, em Campo Grande, passando o domingo com a família depois de três dias percorrendo cidades do interior, Orcírio reforçou o que havia afirmado no dia anterior, durante ato político em Fátima do Sul: “Só Deus poderá me tirar da disputa pelo governo. O PT quer, eu quero”, assegurou. A declaração de Orcírio foi uma resposta à afirmação de André Puccinelli que, depois de repetir por diversas vezes que decidiria seu posicionamento político no dia 31 de março, declarou que vai esperar até o dia 15 de abril pela ministra Dilma Rousseff, précandidata petista à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Puccinelli aposta no recuo da candidatura do ex-governador em Mato Grosso do Sul. Divulgadas na edição de sábado do Correio do Estado, as declarações do governador foram rebatidas pelo pré-candidato petista em reunião realizada na Câmara dos Vereadores de Fátima do Sul, reduto do deputado estadual Londres Machado (PR) e berço político de Puccinelli. “Essa obsessão em forçar minha retirada do processo eleitoral está perto do fim”, disse José Orcírio no encontro suprapartidário que, além de petistas, atraiu, segundo ele, lideranças do PR, DEM e de outros partidos. “Só Deus pode me tirar da disputa, e como Deus quer o bem do povo, é improvável a realização do desejo dos obcecados e medrosos”, afirmou. Para o ex-governador, a insistência de seu sucessor e de outras lideranças do PMDB em promover boatos de uma eventual desistência de sua parte reflete-se em nível estadual o temor em relação ao quadro político. Orcírio afirmou que está acontecendo em Mato Grosso do Sul a mesma coisa que tem ocorrido em relação à sucessão presidencial em que Dilma Rousseff tem reduzido vertiginosamente a vantagem nas pesquisas em relação ao seu provável adversário, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). O ex-governador destacou que apesar de “toda massificação de mídia, o candidato do PMDB não consegue estancar sua queda” que, afirma o petista, tem sido registrada em pesquisas internas dos partidos. Este, na opinião de Orcírio, é o motivo que leva os peemedebistas a insistir em boatos infundados de sua desistência. “Leão sem dente” O deputado federal Vander Loubet (PT), que acompanhou Orcírio no ato realizado em Fátima do Sul, elogiou, na ocasião, o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), por quem foi derrotado na disputa pela prefeitura da Capital nas eleições municipais de 2004. Vander disse que a gestão de Trad “já supera a administração de André Puccinelli (na prefeitura), por isso digo que o fenômeno acabou, hoje André é um leão sem dente”. Esse enfraquecimento, na opinião do deputado petista, é o que leva Puccinelli a insistir numa intervenção de Lula para uma eventual desistência da candidatura petista no Estado por temer por sua reeleição.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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