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Para André, petista "está comendo poeira"

Para André, petista "está comendo poeira"

Redação

24/04/2010 - 06h27
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Maria Matheus

Para o governador André Puccinelli (PMDB), a pesquisa Ibrape publicada na edição de ontem do Correio do Estado mostra que seu principal adversário na disputa pelo governo, José Orcírio dos Santos (PT), “está comendo poeira lá longe”.
Conforme o levantamento realizado entre os dias 8 e 14 de abril, Puccinelli tem 51% das intenções de voto, José Orcírio, 32% e Marisa Serrano, 8%. Brancos, nulos e indecisos somam 9%. O segundo cenário, com apenas dois candidatos, mostra Puccinelli com 54% contra 36% de Orcírio. Dos 1.647 eleitores entrevistados, 3% disseram que não votariam em nenhum dos dois e 7% estão indecisos.
“Pesquisa é radiografia do momento. Se ela estiver assim, desmente as falácias que o PT dizia, que está na frente ou que está pouco atrás”, comentou o governador.
Puccinelli considerou alto o índice de rejeição do petista. Dentre os eleitores entrevistados, 43% disseram que não votariam em José Orcírio, 33% rejeitam Marisa Serrano e 23% jamais optariam por André Puccinelli. Outros 4% rejeitam todos os candidatos citados pelo Ibrape e 5% estão indecisos (a soma dos índices ultrapassa os 100% porque alguns entrevistados rejeitam mais de um candidato).
“Se esse índice de rejeição (de Orcírio) subir mais um pouquinho, ele não alcança nunca um voto a mais que ele precisa ter para vencer”, avaliou o peemedebista.
A margem de erro da pesquisa é de cinco pontos percentuais, para mais ou para menos.

Candidato ao Senado
Sobre a possível candidatura do vice-governador Murilo Zauith (DEM) ao Senado, Puccinelli disse que conversaria ontem com o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), responsável por conduzir a negociação da suplência de Murilo e coordenar a sua eventual campanha. “Está na hora de nos reunirmos e definirmos”, disse o governador.
Puccinelli disse não trabalhar com a hipótese da desistência do Murilo. “Ao contrário, nossa insistência é para que ele seja candidato”, frisou. “Vou conversar com Nelsinho para agilizar a questão. Vamos chamar o Murilo e perguntar: serve esse (suplente), não serve? Está na hora de resolver”, enfatizou.
A intenção da reunião com Nelsinho é, também, “unificar os discursos”. “Todos chegaram à conclusão de que informações isoladas do governador, do prefeito, do deputado, do deputado federal, dos candidatos trazem às vezes problemas de entendimento”, contou. “Então, vamos uniformizar as questões, tratando sempre em grupo. Pretendemos reunir todos e discutir”.

Prejuízo
O governador afirmou, ainda, que pretende voltar a conversar com o senador Valter Pereira (PMDB), que estuda ingressar no PSB. O senador ficou insatisfeito com a forma como foram conduzidas as prévias do PMDB que escolheram o deputado federal Waldemir Moka para ser o candidato do partido ao Senado e, consequentemente, enterraram seu projeto de concorrer à reeleição.
Puccinelli deu sinais de que pode propor a Valter o comando de uma secretaria em um eventual segundo mandato ou vaga de suplência de senador, ou apoio, se o senador decidir, concorrer a deputado ou, ainda, o compromisso de futuramente apoiar uma possível candidatura do filho do senador, o prefeito de Terenos, Beto Pereira (PSDB). “Tem que falar com ele: quer ser candidato a deputado federal? Quer ser suplente? Quer ser (deputado) estadual? Quer ser secretário no futuro? Vamos ver”.

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Comissão vai analisar pedido de anistia coletivo dos povos indígenas Guarani e Kaiowa de Caarapó

Violações praticadas pelo governo brasileiro aos indígenas no período da ditadura militar e pós-guerra do Paraguai foram reconhecidas pela Comissão Nacional da Verdade

27/03/2024 17h00

Arquivo/Correio do Estado

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A Comissão de Anistia irá analisar, em sessão histórica o pedido de anistia coletivo dos povos Guarani Kaiowa, da comunidade indígena Guyraroká, protocolado pelo Ministério Público Federal (MPF) em 31 de agosto de 2015.

Esta será a primeira sessão promovida pelo órgão, criado em 2002, e atualmente vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, para analisar eventual reparação a indígenas que tiveram os direitos humanos violados durante o período da ditadura militar no Brasil, entre 1947 e 1980.

A sessão de apreciação dos pedidos ocorrerá às 8 horas (horário de MS) no próximo dia 2 de abril, no Auditório do MDHC, em Brasília (DF). O procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, que subscreve o requerimento, representará o MPF.

Além da comunidade indígena Guyraroká, localizada no município de Caarapó (MS), a cerca de 275 quilômetros de Campo Grande, também serão analisados durante a sessão os pedidos de anistia relacionados aos povos Krenak, de Minas Gerais.

Como o primeiro pedido foi protocolado há quase uma década, o MPF promoveu recentes reuniões com lideranças da aldeia Guyraroká, no intuito de debater e atualizar o documento contendo os requerimentos coletivos, cujo teor será apresentado durante o ato no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Retirada do território

Políticas federais de povoamento do país, implementadas durante o período da ditadura militar e pós-guerra do Paraguai, levaram agentes estatais a promover traslados compulsórios dos indígenas de Guyraroká, provocando mortes e profunda desintegração dos modos de vida destes povos tradicionais.

O propósito era retirar os indígenas das vastas áreas por eles ocupadas segundo os seus modos tradicionais e confiná-los em espaços exíguos definidos unilateralmente pelo poder público. As terras ocupadas anteriormente por eles foram liberadas à ocupação de terceiros, que tiveram a posse dos terrenos legitimada por títulos de propriedade.

Estas violações praticadas à época pelo governo brasileiro aos indígenas de Mato Grosso do Sul foram reconhecidas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), que esteve em Dourados e ouviu integrantes da comunidade Guyraroká sobre o processo de confinamento territorial que sofreram. Estima-se que mais de 8.300 indígenas foram mortos no período em decorrência da ação estatal ou da omissão do governo brasileiro.

Repercussões das violações

Após anos longe do território, aos poucos, os indígenas buscaram ocupar Guyraroká, num processo que começou em 2004, iniciando pela ocupação da faixa de domínio da rodovia estadual que ladeia a terra indígena (MS-156) e posteriormente ocupando uma parcela do perímetro declarado – 65 de um total de 11 mil hectares.

O MPF destaca, no pedido de anistia, que a principal atividade econômica desenvolvida pelos indígenas Kaiowa é a agricultura e, quando retirados do seu território forçadamente pelo governo brasileiro, ficaram completamente desprovidos do exercício de todas as suas atividades econômicas, merecendo a reparação.

Além disso, a desintegração do grupo e a ausência de acesso ao território tradicional, somada à extrema miséria, provocaram um número significativo de mortes por suicídio na comunidade. Em um grupo de 82 pessoas, registrou-se um caso de suicídio por ano entre 2004 e 2010.

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Prefeita prevê conclusão das obras de saneamento básico na Homex em 60 dias

Segundo a Águas Guariroba, as obras iniciaram há 10 dias e até o momento foram instalados 3,5 km de rede de esgoto.

27/03/2024 16h45

Fotos: Gerson Oliveira

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Após anos de luta, cerca de 1,5 mil famílias que residem na comunidade Homex, localizada no Jardim Centro-Oeste, em Campo Grande, terão acesso ao sistema de saneamento básico de água e esgoto. A prefeita Adriane Lopes (PP) e o presidente da Águas Guariroba, Themis de Oliveira, realizaram uma visita técnica para inspecionar o andamento das obras iniciadas há dez dias. Segundo o cronograma, a previsão de conclusão é de 60 dias. 

Até o momento, foram instalados 3,5 km de rede de esgoto na Comunidade do Homex. O investimento, proveniente de uma parceria público-privada com a concessionária Águas Guariroba, é de aproximadamente R$8 milhões

De acordo com o diretor executivo das Águas Guariroba, Gabriel Brum, foram instalados 8,7 quilômetros de rede de água e outros 12 km de rede de esgoto na comunidade. 

"Esta é uma obra bem complexa por causa de diversas instalações que acabamos encontrando debaixo das casas. Infelizmente agora é uma dor de cabeça aos moradores, mas em breve será de muita alegria, porque o nosso objetivo é terminar em 60 dias",  relatou ao Correio do Estado.  

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A prefeita Adriane Lopes destacou que o saneamento básico é fundamental para a qualidade de vida das pessoas. Ela ainda ressaltou que a disponibilidade de água tratada nas torneiras irá reduzir as filas nas unidades de saúde e, consequentemente, promover o bem-estar dos moradores

"Estamos avançando nessa obra de grande importância para a comunidade. São mais de 1,5 mil famílias, e cerca de 5 mil pessoas que terão saneamento que é vida", afirmou. 

Durante a apresentação do mapa das obras para a imprensa, o diretor-presidente da Águas Guariroba, Themis de Oliveira, anunciou que, no primeiro mês após a instalação, não será cobrada tarifa de água e esgoto dos moradores.

"Além de não pagarem água e esgoto no primeiro mês, as famílias serão cadastradas na tarifa social. Vamos passar pela comunidade ensinando as famílias a consumir a água", explica Themis Oliveira.


Qualidade de vida 

Observando de longe o trabalho dos funcionários da Águas Guariroba, Clair Lopes, de anos, é residente da Comunidade do Homex há 8 anos, tentava entender o que estava acontecendo. Após a imprensa relatar que seria instalada uma rede de esgoto e água, ela ficou extremamente animada com a expectativa de ter água limpa na torneira. Junto com ela, moram quatro pessoas: seu marido, seu filho e uma filha que está grávida. 

"Nossa, que alegria ouvir isso. Será uma benção, é tudo que a gente queria, ter água limpa em casa. Meus netos todos já tiveram diarreia e agora vamos ter uma água boa para nós consumir", relatou.

Clair ainda expressou sua ansiedade por poder tomar um banho demorado, já que a família atualmente precisa se banhar com baldes.

"Não vejo a hora de poder tomar banho de verdade, ninguém merece ter que usar baldinho", relatou Clair.

 

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