elli (PMDB) reforçou ontem que não vai ceder à pressão dos tucanos, sob alegação de que nem mesmo o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), sabe se vai concorrer à Presidência da República. “Depois que eles decidirem eu me decido”, declarou. A cúpula tucana já dá como certa a candidatura de Serra, porém, ele ainda não revelou, oficialmente, se entrará na batalha presidencial. Segu ndo o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB), a própria senadora Marisa Serrano (PSDB), que é vice-presidente nacional do PSDB, teria dito que Serra só vai se declarar candidato quando se desincompatibilizar do cargo. Pelas regras eleitorais, ele tem até o dia 3 de abril para deixar o Governo de São Paulo a fim de entrar na disputa pela sucessão presidencial. Diante da incerteza do cenário na eleição federal, Puccinelli nem pensa em fechar aliança antes de 31 de março. “Só vou falar em política na hora que eu bem entender”, afirmou ontem durante solenidade de comemoração dos 31 anos da Sanesul. E, para despistar sobre seu rumo na sucessão presidencial, ele lembrou que outras candidaturas também estão indefinidas. “A senadora Marina Silva (PV) vai ser candidata? O Ciro Gomes vai ser candidato e o meu PMDB vai lançar candidato?”, questionou. No entanto, a dúvida do governador não passa pelas candidaturas de Marina e de Ciro. O fato é que ele não sabe se vai ficar do lado do PSDB ou do PT na batalha pela sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O PMDB nacional está mais próximo da ministra Dilma Rousseff (PT), mas Puccinelli promete não dar palanque a Dilma, se o exgovernador José Orcírio dos Santos (PT) enfrentá-lo na disputa da sucessão estadual. Os petistas garantem que não vão abandonar o projeto, mesmo assim, Puccinelli não fecha aliança com os tucanos.