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Palmeiras e Corinthians enfrentam-se sem força máxima

Palmeiras e Corinthians enfrentam-se sem força máxima

Redação

31/01/2010 - 09h30
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        Da redação

        Corinthians e Palmeiras fazem neste domingo, às 16 horas (MS), no estádio do Pacaembu, em São Paulo, o primeiro clássico do Campeonato Paulista. Pela quinta rodada, os dois rivais - que estão empatados na primeira colocação com oito pontos (junto com o Ituano) - entram em campo sem suas forças máximas - pelo menos é que dizem antes da partida.
        O time de Parque São Jorge não conta com seu maior craque. Com dores na coxa direita, o centroavante Ronaldo está sendo poupado para a estreia na Copa Libertadores e não joga. No lado alviverde, o zagueiro Léo e o meia Diego Souza ainda são dúvidas para o clássico.
        A falta de um substituto minimamente próximo de Ronaldo faz o técnico Mano Menezes optar por um ataque veloz no Corinthians. E de baixa estatura. Nos treinos, Mano escalou na frente a dupla Jorge Henrique (1,69m) e Iarley (1,70m). Caso não use Danilo, que sentiu um desgaste após a estreia contra o Mirassol, a vaga pode ser de outro baixinho. O argentino Defederico (1,69m) foi testado ao lado de Tcheco.
        Mas a opção do treinador não tem a ver com a estatura. De acordo com Mano Menezes, a estratégia é usar a velocidade do trio nos contra-ataques. "Pelas dimensões do campo, é preciso trabalhar mais rápido a bola, porque o adversário leva menos tempo para recompor a defesa".
        Souza e Bill, os virtuais reservas imediatos de Ronaldo, não têm convencido e ficam como opção para o segundo tempo. A dúvida é a presença de Dentinho, que iniciou como titular na última partida e tem ganhado mais chances do técnico alvinegro.
        No Palmeiras, Muricy Ramalho está com problemas para armar o time. Mano Menezes e Ricardo Gomes não sofrem na hora de escalar Corinthians e São Paulo, respectivamente. O treinador alviverde gostaria de estar na mesma posição dos rivais.
        "O que o São Paulo e o Corinthians estão fazendo é o correto", disse, sobre o revezamento de jogadores que os técnicos têm promovido. "É impossível treinar sete dias apenas. É um absurdo o que se faz com o jogador. Mas todos têm de estar lá no jogo, afinal, há patrocinadores, a tevê..."
        Muricy está inconformado com o número de jogadores lesionados no clube. Diego Souza, Léo e Cleiton Xavier sentiram dores musculares em apenas quatro rodadas. "Se ficar treinando e jogando no ritmo atual, vai estourar mesmo", alertou o técnico. "É o que está acontecendo. Os jogadores não estão preparados para esse ritmo".
        Temendo novas contusões, Muricy foi obrigado a mudar a rotina de treinamentos. Nos dias seguintes aos jogos, os titulares só vão a campo para uma corridinha leve. Depois, nada de coletivos: apenas um treino tático ou técnico. "Não podemos pegar pesado", disse.
        O treinador deve dar mais uma chance aos jovens: na zaga e no ataque. Gualberto e Joãozinho podem aparecer no time. "Se tiver de colocar os garotos, eles vão com confiança", afirmou Muricy. "Não importa que é clássico".
        TABU INCÔMODO 

        No retorno do clássico à capital, o Corinthians tenta se livrar de um jejum de mais de três anos. A última vez que levou a melhor contra o rival foi no dia 25 de outubro de 2006, no Morumbi. A vitória veio com um gol de Marcelo Mattos, que neste meio tempo já deixou o clube alvinegro e retornou em setembro do ano passado.
        "Estivemos próximos de atingir esse objetivo no ultimo confronto (2 a 2, pelo Brasileirão). Mas vacilamos numa jogada em que o Palmeiras é forte, que é a bola aérea", afirmou Mano Menezes, lembrando os dois gols de cabeça do rival alviverde. (informações do Estadão)
        

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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