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Pais lidam com graças e preocupações de filhos que pensam ser personagens

Pais lidam com graças e preocupações de filhos que pensam ser personagens

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Não se assuste ao encontrar seu filho com a cueca vestida sobre a calça, uma toalha amarrada nas costas e um cabo de vassoura na mão: seu objetivo supremo, enquanto ele tem entre três e cinco anos, é se tornar um super-herói. Para pais e mães, a fase é uma das mais divertidas da infância. Mas é preciso conter o riso, pois ela marca um importante período em que o faz de conta se torna um simulado para a maturidade.

“Do ponto de vista de desenvolvimento cognitivo, querer ser um super-herói é um exercício de criatividade”, afirma Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. “Há também o aspecto motor: a criança pula, se mexe, observa uma ação e copia. Ela está se colocando no lugar do super-herói”. De acordo com a psicopedagoga, trabalhar o lado lúdico é essencial. E a função dos adultos neste momento é entrar na brincadeira para pontuar a transição entre a realidade e o sonho.

A policial Daniela Viggiane, por exemplo, precisa observar o filho de quatro anos de perto. Evitar aparecer de farda perto do filho e explicar as consequências do uso de uma arma estão entre os principais cuidados da mãe. “Não deixo nada ao alcance, com medo do Paulo Ricardo pegar. Ele vê as coisas na televisão e eu explico o tempo todo que aquilo é apenas para a polícia”. Mesmo assim, Paulo Ricardo está certo de que, se for picado por uma aranha, pode ser tornar o próprio Homem-Aranha. “Eu falo que se ele for picado pode até morrer. Mas adianta? Ele pegou o rolo de crochê da minha mãe e amarrou pela casa toda”.

Superseguro

Todo super-herói tem um poder fantástico capaz de torná-lo diferente dos simples mortais: uma força descomunal, a capacidade de voar, grudar nas paredes ou andar sobre chamas. É justamente isso que deixa os pais de cabelo em pé, pois muitas vezes a criança é incapaz de distinguir a fantasia do mundo real. “Os pais não podem exagerar ao incentivar a fantasia da criança”, afirma Angela Donato Oliva, professora de pós-graduação em psicologia social na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. “Uma coisa é brincar, e a brincadeira é algo muito sério no desenvolvimento. Mas viver a fantasia o tempo todo pode se tornar pernicioso”.

Especialmente na fase heróica do seu filho, janelas devem ter proteção (se já não a tem). E é preciso redobrar a atenção com cordas (podem enrolar no pescoço), sacos plásticos (podem sufocar) e fogo. “Por mais que os pais digam que o super-herói não é real, as crianças podem embarcar na fantasia”, ressalta Angela. “É uma fase de desenvolvimento específico. A criação de sinapses é muito intensa e o cérebro está registrando uma série de coisas capazes de acentuar a fantasia”.

Com as meninas, o risco é diferente. Elas compartilham um mecanismo parecido, mas de olho em outros modelos. “As meninas se fixam em heroínas, sim, mas não aquelas caracterizadas pela força e capacidade de lutar”, explica Lidia. Sob a influência dos “valores femininos” apregoados pela cultura contemporânea, elas sonham em ser outros ídolos. “Elas se identificam com a Xuxa, com as modelos esquálidas, com a Hanna Montana”. Para a psicóloga, muda apenas o objeto. E, da mesma maneira, os pais devem sempre mostrar o limite entre a realidade e a fantasia. Especialmente porque muitos destes modelos reforçam comportamentos incondizentes com um modo de vida saudável para o corpo e a mente infantis.

Virtude de super-herói

Mas, se por um lado a fase da imaginação heróica acentua alguns riscos e requer vigilância dobrada, por outro funciona como uma poderosa ferramenta educativa para os pais. “Eles podem usar a postura ética dos super-heróis como um auxiliar pedagógico”, afirma a psicóloga Lidia Aratangy. “A vantagem é acreditar que o bem sempre vence o mal. Os super-heróis mobilizam a coragem, o desejo de vencer os medos, de proteger os mais fracos, de defender ideais e combater o inaceitável”. Desta forma, explica Lidia, os ideais da ética, da coragem e da humildade são retransmitidos em nossa sociedade.

Se o seu filho prefere representar o lado “do mal”, não se preocupe. “Eles devem ver o contexto, porque o vilão pode ser muito interessante. No Tom e Jerry, por exemplo, quem é o vilão?”, argumenta Angela. “Às vezes, a criança percebe que o super-herói só existe se tiver com quem se confrontar”, completa. O papel do vilão também ajuda a criança a compreender que quem faz coisas erradas deve lidar com as consequências. Neste momento, ela começa a constituir o desenvolvimento moral.

Senhor das armas

Durante o faz de conta, o vilão pode ser preso ou até morrer. Alguns pais se recusam a comprar armas de brinquedo para os filhos – e provavelmente irão se irritar ao ver o filho improvisando um revólver ou uma espada com objetos da casa, ou simulando um tiroteio com o próprio dedo. “As crianças passam do super-herói para a questão das armas. A arma é a questão do poder e o atirar nem sempre está relacionado a destruir”, explica Quézia. O momento é perfeito para os pais trazerem à tona a discussão sobre as armas do mundo real. “Os pais devem devolver a situação explicando que a arma destrói e mata. A arma deve representar a segurança para se proteger do mal, do homem mau, e apenas policiais podem usá-la”.

Se as encenações de morte também preocupam, tenha calma. Na fantasia, ela nem sempre expressa sentimentos violentos ou mórbidos. “Não tem o mesmo peso da morte de um adulto. Há outra conotação: a criança está testando um mecanismo social, aquilo é um ensaio para a vida adulta”, diz Angela.

Aproveitando a fase dos super-heróis, a função dos pais é mostrar que o roubo e a maldade são valores ruins para as pessoas e a família. “Não adianta um sermão sobre a questão bélica; é preciso ser objetivo, claro e curto e voltar ao assunto sempre, em doses homeopáticas”, aconselha Quézia. “É preciso mostrar para os filhos que a força deles pode ser outra: acreditar no bem, ser um bom menino”. Como os super-heróis.

DIÁLOGO

Confira a coluna Diálogo na íntegra, desta segunda-feira, 22 de abril de 2024

Por Ester Figueiredo ([email protected])

22/04/2024 00h02

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Martin Luther King Jr. - ativista americano

"Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo”.

FELPUDA

Considerado até então único “trator” existente nas articulações políticas, fazendo imperar a vontade de “chefia” a todo custo, figurinha considerada carimbada agora tem pela frente dois concorrentes que não deixam se intimidar.

A cooptação de vereadores para certo partido e o apoio a prefeitos do interior vêm mostrando, digamos assim, “empate técnico” do trio. Nos bastidores políticos, há quem garanta que se trata de confronto de titãs. E sai de baixo!

Patente

Pesquisadores da UFMS conquistaram mais uma patente. Dessa vez, trata-se do processo de conversão de peças de plástico, feitas com impressora 3D, em condutores elétricos. O pedido foi resultado de uma pesquisa iniciada pela aluna Katia Emiko Guima

Mais

Segundo o professor do Instituto de Física da UFMS Cauê Alves Martins, um dos responsáveis pelo trabalho, sua aluna iniciou a pesquisa quando começou mestrado em Química na UFGD. A invenção teve também a participação do professor Victor Hugo de Souza, da UFGD.

Barbara ValentimBarbara Valentim
Maria Eleonora ChagasMaria Eleonora Chagas

Rebote

Alguns partidos que lançaram pré-candidatos viram que o ato foi como pedra jogada na água: fez rápidas ondulações, foi para fundo e quase ninguém nem sequer reparou. A continuar assim, é quase certo que nos próximos dias comece a romaria dessas legendas em direção ao endereço dos partidos mais fortes, para pedir abrigo disfarçado de “aliança”.

Enfim

Sete anos depois, projeto substitutivo do então senador Waldemir Moka, hoje presidente estadual do MDB, e dos ex-senadores Ana Amélia (RS) e Walter Pinheiro (BA) teve aprovado requerimento para que tenha tramitação (não é piada) em regime de urgência. A proposta cria regras para pesquisas com seres humanos e o controle das boas práticas clínicas por meio de comitês de ética desses estudos.

Ameaça

As lideranças do PT em MS devem ter sentido cheiro de pólvora em suas pretensões para 2026. Por isso, um dos três parlamentares estaduais criticou o PSDB e seu avanço nos municípios na cooptação de prefeitos e vereadores.

Depois, fecharam apoio à pré-candidatura de sua companheira na disputa pela Prefeitura de Campo Grande. Nos bastidores, há quem diga que a chegada do Podemos e do PSD ao ninho mostra que petista teria sido rifado no sonho ao Senado.

Aniversariantes

  • Claudia Adriane Grava,
  • João Alex Monteiro Catan (Jonny Catan),
  • Rejane Borges Diniz,
  • Josimário Teotonio Derbli da Silva,
  • Maria Clara Saad Menezes,
  • Idelma Arce de Souza,
  • Cesar Mendes,
  • Jorge Vilela Gaudioso,
  • Maria Tereza Junqueira de Carvalho Filha,
  • Lourival Soares,
  • Marcos Antonio de Carvalho Torquato,
  • Luciano Fonseca Coppola,
  • Luiza Prado Komiyama,
  • Osvaldo Martins Pinto Filho,
  • Rodrigo Tomaz Silva,
  • Marilene Pelzl Bacargi,
  • Daniel Borin,
  • Aurora Trefzger Cinato Real,
  • Augusto Cesar dos Santos,
  • Nilce Vargas Pereira,
  • Dra. Carolina Martins Neder,
  • Andre de Souza Junqueira Netto,
  • Roberto Haranaka,
  • Altemar Tadeu Dias,
  • Katilene Martins Arteman,
  • Ildeomar Carneiro Fernandes,
  • Benedita da Silva Saraiva,
  • Raimundo Maciel de Oliveira,
  • Katilys Sandes Krambeck,
  • Deiselene da Silva Acosta,
  • Francisco de Assis Santos de Oliveira,
  • Laudemir de Oliveira Recalde,
  • Jéssica de Oliveira Curiel,
  • Matheus Araújo Xavier,
  • Cirene Rondon,
  • Ana Maria de Souza,
  • Nilma Bianca Braga,
  • Gilce Pereira Kawagnani,
  • Glauber Alves Rodrigues,
  • Duprê Garcia Coelho,
  • Maria Bernadete Barbosa Ronda,
  • Otaviano Alves Nogueira,
  • Dra. Tânia Mara Scacabarozi Bertolotto,
  • Dr. Antonio Toshio Kuahara,
  • Dr. Luiz Carlos França da Nova,
  • Virginia Costa de Oliveira Marques,
  • Iara Pacheco Burmann,
  • Nelson Seity Shigemoto,
  • Rosana Sandri,
  • Ramão Humberto Martins Manvailer,
  • Augusto Kanashiro,
  • Eleutério de Souza,
  • Maria Cláudia de Melo Figueira,
  • Alda Soavesso,
  • Aline Cristina Ferreira Pivoto,
  • Regina Sueiro Figueiredo,
  • Sérgio Venâncio,
  • Hélio Taveira Delmondes,
  • Adão Ferreira da Silva,
  • Nilza Campos Gomes da Silva,
  • Clóvis de Barros,
  • Jair Alves de Souza,
  • Manoel Simona de Oliveira,
  • Dr. Roberto Antoniolli da Silva,
  • Arcebil de Souza Maia,
  • Onisio Carlos Correa Febrone,
  • Aline Maria Bezerra de Alencar,
  • José Carlos Grande,
  • Paulo Renan Pache Corrêa,
  • Olavo Augusto Torquato Mozer,
  • Ana Rosa Ribeiro de Moura,
  • Dirlene Basilio Novais,
  • Nadia Nascimento Chaves de Oliveira,
  • Barbara Cavalcanti da Silva,
  • Jorge José Lopes,
  • Arthur Constantino da Silva Filho,
  • Bruno Augusto Uehara Pimenta,
  • Amaroti Gomes,
  • Fátima Elisabete Luiz Gonçalves,
  • Maria do Céu Silva Santos,
  • Jorge Moura da Paixão,
  • Luciana da Cruz Silva,
  • Tânia Alves Sandim,
  • Francisco Carlos Lopes de Oliveira,
  • Suziney Santana Santos,
  • Hiromi Ono Mizusaki,
  • Ioneia Ilda Veroneze,
  • Marcos Vinícius da Silva,
  • Odair José Areca,
  • Raquel Viegas Carvalho de Siqueira,
  • Wilmar Nunes Lopes,
  • Lucila Oliveira Pereira,
  • Ada Lopes da Silva,
  • Samira Pimentel Oliva,
  • Maria Aparecida Gomes de Oliveira,
  • Bartira Souza Campos,
  • Daniella Moraes Antunes,
  • Catarina Martins Nogueira,
  • Viviane Rodrigues,
  • Martha Alves de Souza,
  • Luísa Helena Menezes,
  • Maria Renata Corrêa Lima,
  • Laucídio de Moura Silva,
  • Samira Xavier de Souza,
  • Bruna de Oliveira Mendes

* Colaborou Tatyane Gameiro

Correio B+

Capa B+: Entrevista exclusiva com o ator de "Família é Tudo" da TV Globo, Robson Torinni

"Ao refletir sobre a minha trajetória, sinto um profundo orgulho. Tenho certeza que cada escolha que fiz moldou a pessoa e o ator que sou hoje".

21/04/2024 21h30

Entrevista exclusiva com o ator de "Família é Tudo" da TV Globo, Robson Torinni Foto: Lucio Luna

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Aplaudido por suas atuações e produções para o teatro, Robson Torinni está em “Família é Tudo”, da TV Globo, como o skatista Cláudio, antigo rival de Tom (Renato Góes). O personagem chega para treinar Max (Caio Vegatti) para competições esportivas e, assim, retomar a rixa com o mocinho. 

O pernambucano também pode ser visto estrelando a série “Entre longes”, rodada no estado do MT, na TV Brasil. E, para este ano ele ainda tem previsão da estreia do filme “Ruas da Glória”.

Com 37 anos e 20 de carreira, o bacharel em teatro produziu seu primeiro espetáculo em 2017, trazendo para os palcos cariocas o sucesso argentino “A Sala Laranja". Sua consagração aconteceu em 2018 quando produziu e estrelou o premiado “Tebas Land”.

Na época, a peça lhe rendeu o Prêmio Botequim Cultural de Melhor Ator e duas indicações a Melhor Ator pelo Prêmio CESGRANRIO e pelo Prêmio Cennyn. A obra, aliás, está novamente em cartaz no Rio até 28 de abril no Teatro Poeira com lotação esgotada. Em julho, participará do Festival de Teatro de Avignon, na França.

Robson Torinni também foi aclamado por sua atuação e produção da peça "Tráfico", que esteve em cartaz no Rio por um ano. O espetáculo recebeu três indicações ao prêmio APTR de Melhor Ator, de Melhor iluminação e de Melhor direção de movimento. A obra ainda teve duas indicações ao Prêmio Cesgranrio de Teatro nas categorias de Melhor Ator e de Melhor Iluminação.

Em seu currículo ainda constam passagens pela Oficina de Atores das Globo e participações em produções da TV e do cinema. 

Robson é Capa do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno, ele fala da nova novela, estreias e carreira.

O ator Robson Torinni é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Lucio Luna - Diagramação: Denis Felipe e Denise Neves

CE - Como você analisa esses seus 20 anos de carreira?
RT -
 Ao refletir sobre a minha trajetória, sinto um profundo orgulho. A cada dia percebo que estou trilhando o caminho que sempre desejei, dedicando-me ao que amo. Tenho certeza que cada escolha que fiz moldou a pessoa e o ator que sou hoje.

CE - Você está entrando em “Família é Tudo” como um vilão. Como se preparou para dar vida a Cláudio, seu personagem, e o que pode adiantar sobre ele?
RT -
 No início foi bem desafiador porque o personagem anda de skate e eu nunca tinha andado. Bateu aquele frio na barriga. Mas logo que comecei a fazer aulas com o professor Fernando acabei me surpreendendo. Foi mais fácil do que imaginava. Ainda não posso  contar muita coisa sobre o Cláudio, mas posso dizer que ele dará muita dor de cabeça para o Tom (Renato Góes) e seus aliados.

CE - Robson, você é um ator bem conhecido no meio teatral, mas que pouco fez audiovisual ao longo da sua carreira. Acha que ainda em 2024 fazer uma novela é fundamental para a visibilidade de um artista brasileiro?
RT -
Absolutamente. O poder do audiovisual é inegável. Ele alcança um público potencial de milhões de pessoas instantaneamente, dando ao artista um reconhecimento massivo e imediato. Conectando-se com um público diversificado em todo o Brasil.

Robson - Divulgação

CE - Você também pode ser visto agora como protagonista da série “Entre longes”, na TV Brasil. O que pode contar sobre esse projeto?
RT -
 "Entre Longes" é um projeto muito especial. Não apenas marca minha estreia como protagonista no mundo audiovisual, mas também pela história que narra e pelos cenários em que se desenrola. A série segue a trajetória da enfermeira suíça Rachel, que, após a Segunda Guerra Mundial, decide recomeçar sua vida no Mato Grosso, onde dedica-se a ajudar aqueles em situação de vulnerabilidade.

Ter a oportunidade de filmar no Mato Grosso foi incrível. Conheci lugares fascinantes que talvez nunca tivesse conhecido se não fosse pela série. Foi uma experiência que me proporcionou uma conexão profunda com a região e enriqueceu minha jornada como artista.

CE - Você está em cartaz no Rio até dia 28 de abril com a peça “Tebas Land”, que já foi muito premiada na primeira montagem em 2018. Como tem sido essa trajetória de sucesso do espetáculo que aborda a relação entre um jornalista e um presidiário?
RT -
 O “Tebas Land” é um filho que só me traz alegrias. Foi o espetáculo onde as pessoas começaram a me olhar com outros olhos. Retomar o espetáculo depois de 4 anos, com casa lotada, tem sido um presente, ainda mais no Teatro Poeira, um dos teatros mais charmosos e de prestígio do Rio de Janeiro. Ficamos em cartaz até dia 28 de abril. Venham!

CE - Em julho, você vai levar “Tebas land” para a França. Como é ver um projeto seu alcançando outras culturas?
RT -
 Eu sempre sonhei em levar algum espetáculo meu para fora do Brasil. E agora vou realizar esse sonho com o “Tebas Land”. Está sendo muito especial e de uma responsabilidade muito grande também. Já que seremos os únicos brasileiros a estarem no Festival de Avignon esse ano. Estou com o coração batendo a mil.

CE - Não bastasse ser ator, você também é o produtor das peças em que atua. Isso foi uma escolha ou uma necessidade de conseguir espaço para mostrar seu trabalho?
RT -
 Foi literalmente uma necessidade para mostrar o meu trabalho e também para fazer os personagens que eu gostaria de interpretar. Além de proporcionar-me liberdade criativa, essa escolha também me concede estabilidade financeira, algo que, infelizmente, não é tão comum na área artística.

CE - No seu currículo de ator e produtor também tem outra peça premiada: “Tráfico”, que fala sobre a vida de um garoto de programa. Como escolhe os projetos nos quais vai se envolver, já que eles sempre têm temas impactantes?
RT - 
Desde o início da minha jornada na produção teatral tinha uma visão clara do tipo de projeto que queria realizar. A primeira condição era que o texto me tocasse profundamente e, em segundo lugar, que abordasse um tema relevante, capaz de gerar reflexão na sociedade. Buscava provocar uma mudança de perspectiva nos espectadores, levando-os a refletir sobre suas próprias atitudes em relação ao mundo.

CE - O que é mais difícil: viver como ator ou como produtor?
RT -
 Como ator você está sujeito à espera que outros o convidem para projetos. Por outro lado, como produtor você tem a liberdade de iniciar novos projetos sempre que desejar, garantindo um fluxo contínuo de trabalho.

CE - Robson Torinni é de Garanhuns. De onde veio o interesse pelas artes?
RT - 
Desde criança sempre falei que seria ator e que viajaria o mundo. Quando comecei a me entender por gente, logo entrei no grupo de teatro do colégio que estudei  em Garanhuns – PE. Acho que já nasci com as artes dentro de mim. E aqui estou. Ator e já viajei para mais de 40 países.

CE - Desde o fim da pandemia, vários artistas estão festejando a lotação de teatros e cinemas como não se via há tempos. A que você atribui esse comportamento?
RT -
 Acredito que pelo fato de termos tido 2 anos de restrições devido à pandemia, as pessoas sentiram a necessidade de buscar entretenimento fora de casa, interpretando isso como uma expressão de liberdade após um longo período de confinamento.

CE - Quais os planos para os próximos 25 anos?
RT -
 Continuar fazendo projetos que eu tenha prazer e ganhar o Oscar.

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