O açougueiro Orlando Teixeira Lopes, de 23 anos, morreu afogado por volta das 12h de ontem, no Córrego Segredo, no Bairro Estrela do Sul. O jovem nadava com o filho de três anos e com o cunhado de aproximadamente 12 anos quando escorregou e caiu no córrego. O filho estava em suas costas e a vítima ainda conseguiu entregá-lo ao cunhado, mas depois mergulhou no poço formado pelas águas e não voltou à superfície. As crianças saíram ilesas. Populares foram chamados para socorrer Orlando, mas quando chegaram não conseguiram mais encontrá-lo. No último domingo, outro caso de afogamento foi registrado na lagoa localizada na área da Embrapa, na região da saída para Aquidauana. Os primeiros a chegar ao ponto em que Orlando se afogou foram os trabalhadores da obra de urbanização de fundo de vale do Córrego Segredo, que almoçavam próximos do local. “O menino veio nos chamar dizendo que uma pessoa tinha se afogado. Corremos para a área indicada, já telefonando para os bombeiros, que chegaram em cinco minutos. Mas, infelizmente, a tragédia já tinha acontecido”, relataram os trabalhadores. Um barranco com cerca de seis metros dá acesso ao córrego. Próximo da pequena queda d’água havia roupas, provavelmente da vítima e das crianças. De acordo com bombeiros que entraram na água para retirar o corpo, a profundidade do poço é de aproximadamente 2,5 metros. Em um dos primeiros mergulhos, a vítima já foi encontrada. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi acionado, mas apenas constatou a morte do jovem. Orlando morava na Rua Robin Hood, no Conjunto Estrela do Sul; a via é a última do bairro e por ela é possível o acesso ao córrego. A esposa e os irmãos da vítima estiveram no local e relataram que, naquele horário, ele deveria estar no mercado, onde trabalhava no açougue. Um dos vizinhos, João Benedito de Souza, que mora no bairro há três anos, relatou que as crianças e adolescentes costumam nadar no córrego. “Depois do meio-dia, fica cheio de gente. Antes das obras, havia moradores nas margens do córrego e isso dificultava o acesso. Agora que eles saíram, qualquer um pode se aproximar e entrar. Fica o alerta para os pais, para que mais mortes não aconteçam”, alertou.