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OMS preocupada com alta incidência de gripe suína entre jovens

OMS preocupada com alta incidência de gripe suína entre jovens

Redação

30/08/2009 - 21h45
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        Da redação

        A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma estar preocupada com a alta taxa de jovens adultos que não sobrevivem ao vírus H1N1 e aponta que sua taxa de disseminação é quatro vezes mais veloz aos demais.
        As conclusões são da diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, em entrevista publicada neste fim de semana no jornal francês "Le Monde". "O vírus viaja em uma rapidez inacreditável, quase jamais vista", disse. Segundo ela, 30% da população de países com alta taxa de urbanização devem ser afetados e 40% dos mortos são jovens adultos.
        "60% dos casos de morte ocorreram com pessoas com algum problema de saúde. Mas isso significa que 40% eram pessoas em boas condições e jovens que morrem de uma febre viral em cinco a sete dias", disse. "Isso é a questão mais preocupante", disse.
        A potência do vírus em se propagar também é algo que chama a atenção da OMS."Em seis semanas, viaja uma distância que outros levariam seis meses", afirmou. A OMS já indicou que o H1N1 é o vírus hoje predominante entre os vírus da gripe no mundo.
        Chan ainda está preocupada com o fato de que o número elevado de casos em alguns países vem sobrecarregando o sistema de saúde público. Para ele, os recursos para os pacientes de câncer não podem ser reduzidos. "Não podemos roubar Pedro para pagar Paulo. Os governos precisam estar preparados para o pior", disse.
        Na última conta publicada pela OMS, 2,1 mil pessoas haviam morrido já da gripe. Mais de 209 mil casos de infecções já foram oficialmente registrados.
        Para Chan, ainda levará meses antes que uma vacina chegue às populações mais carentes. Segundo ela, a capacidade de produção de vacinas no mundo será de 900 milhões de doses por ano para uma população mundial de 6,8 bilhões de pessoas.
        Ela também insiste que a qualidade da vacina não pode ser colocada em segundo plano, mesmo diante da urgência do produto.
        Os primeiros lotes da vacina contra a gripe suína foram entregues aos governos da França e o Reino Unido na semana passada. Os franceses podem começar uma campanha nacional de vacinação gratuita a partir do dia 28 de setembro. Mas o governo, por enquanto, admite que o número de vacinas é baixo.
        A OMS alerta que o número de casos da gripe suína deve voltar a crescer de forma importante na Europa e Estados Unidos a partir de outubro, quando temperaturas mais frias chegarão nessas regiões do mundo. O vírus H1N1, assim como a gripe sazonal, sofre uma maior disseminação no inverno. A advertência da agência de Saúde da ONU é de que a Europa e Estados Unidos podem ter meses difíceis se a vacina não chegar.
        A estratégia de governos em todo o mundo, portanto, é de acelerar as compras e produção de vacina para que o produto esteja disponível antes da chegada do inverno. A União Europeia divulgou uma recomendação para mulheres grávidas, médicos e enfermeiras e pessoas com doenças respiratórias sejam as primeiras a serem vacinadas. Mas cada governo europeu vai implementar uma estratégia diferente. (informações do Terra)

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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