O prefeito Gilmar Olarte (PP) fez um limpa na Prefeitura de Campo Grande exonerando mais de 500 servidores comissionados do prefeito cassado Alcides Bernal (PP). As demissões foram publicadas no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). O maior número de demissões ocorreu na Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais. Foram 133 assessores de Bernal e do professor Pedro Chaves dispensados por Olarte, segundo reportagem na edição de hoje do jornal Correio do Estado.
Muitos dos demitidos da Secretaria de Governo e Relações Institucionais estavam os assessores responsáveis pelas badernas e manifestações na Câmara Municipal em defesa de Bernal.
A secretaria centralizava ainda com Pedro Chaves as articulações políticas. O suplente do senador Delcídio do Amaral (PT) não conseguiu, porém, construir base sólida de sustentação política para impedir a cassação do mandato de Bernal. O secretario tentou diversas vezes o diálogo com o Legislativo Municipal, mas tinha dificuldades em cumprir suas promessas com os vereadores por falta de autonomia na prefeitura.
Um dos fiel escudeiros de Bernal, Abílio Borges, que organizava os movimentos também foi exonerado ontem. Ele foi nomeado após defender Bernal frente ao Movimento Nacional de Luta pela Moradia. Na lista também consta Juliano Gogosz de Oliveira, presidente do Conselho Municipal da Juventude. Além desses, foram demitidos Mário Marcio Milhomem Santos, Américo Yule de Oliveira Neto, Silvano Venâncio de Carvalho.
A ex-primeira-dama Miriam Elzy Gonçalves, esposa de Bernal, foi exonerada do cargo de presidente de honra do FAC (Fundo de Amparo à Comunidade). As assessoras de comunicação Márcia Scherer e Ana Rita Amarília, que foram protagonistas de escândalos na Câmara Municipal também foram exoneradas. A cantora paraguaia Natália Cabrera e assessora do ex-prefeito também não escapou da “degola”. A reportagem é de Roberta Cáceres.