Depois de fracassar a negociação do juiz federal Odilon de Oliveira com o PSDB para concorrer ao Governo do Estado ou ao Senado, o magistrado adiou seu projeto de ingressar na política para as eleições de 2014. Ontem, ele apontou sua segurança pessoal como principal motivo para não disputar o pleito. O magistrado evitou falar do veto da senadora Marisa Serrano (PSDB) à sua candidatura. Ele preferiu destacar a questão de segurança ao justificar a desistência de iniciar sua carreira política este ano. O PSDB fechou as portas para Odilon se tornar a terceira via na sucessão estadual. Os tucanos preferiram apostar numa aliança com o PMDB a concorrer ao governo e, assim, não atrapalhar o projeto político-eleitoral do governador André Puccinelli. Apesar de ter direito à proteção da Polícia Federal mesmo depois de aposentado, o juiz considerou arriscado participar de campanha eleitoral, especialmente na região de fronteira, onde recebeu diversas ameaças de morte. Há onze anos ele conta com a proteção de agentes federais. “A proteção de agentes, dependendo da situação em que se encontra o protegido, não significa garantia de vida”, comentou o magistrado. Ele explicou que tomou a decisão após avaliar a possibilidade de disputar o pleito com setores da Polícia Federal. Odilon estuda aposentar-se em 2013, para concorrer às eleições em 2014. Ele reafirmou a sua preferência em se dedicar a política à advocacia, depois de se aposentar da magistratura. “Mas a política não pode ser meio de vida. Político não deve ser profissional, mas sacerdote”, ressalvou o magistrado. Odilon informou, ainda, que agendou reunião com o presidente do PSB, Sérgio Assis, para explicar seu posicionamento. Assim como o PSDB, o partido também havia convidado o magistrado a filiar-se para disputar as eleições de outubro.